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sábado, 15 de março de 2014

Tensões sociais no período monárquico.


Tensões sociais no período monárquico

A imposição de um Estado nacional a um conjunto muito heterogêneo de grupos sociais originou uma série de revoltas na primeira metade do século XIX. Além do problema representado pela unidade artificial de regiões distintas, tais grupos tinham seus interesses negligenciados ou diretamente combatidos pelo governo central. As reivindicações e os resultados obtidos variavam conforme os agentes de cada uma dessas revoltas.


Algumas foram realizadas exclusivamente por grandes proprietários e comerciantes, descontentes com sua reduzida participação nas decisões políticas de caráter nacional. Em outras, essencialmente urbanas, a população e as tropas do Exército regular, pressionadas pela miséria, rebelaram-se em torno de bandeiras republicanas. Mas foi a maioria da população livre, constituída de camponeses pobres, índios aldeados, trabalhadores mal pagos e mestiços desempregados, a responsável por grande parte dos movimentos ocorridos no período. Alguns deles foram iniciados por setores da aristocracia regional, que no decorrer dos acontecimentos muitas vezes perdiam o controle do movimento. Um exemplo foi a Balaiada, da qual escravos e trabalhadores livres pobres assumiram a liderança. Violentamente reprimidas por tropas do governo central, essas revoltas acabavam servindo como um argumento para fortalecê-lo ainda mais.

Balaiada

                                                        Revolução Praieira – 1848 – 1850

Revolução Farroupilha 1835 - 1845



As rebeliões realizadas exclusivamente por grandes proprietários, com a Praieira e a Farroupilha, obtiveram importantes concessões do governo, enquanto, de um modo geral, os movimentos de caráter popular não conseguiam superar sua fragmentação, permanecendo isolados em suas províncias.
Fonte: História do Brasil - Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff.

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