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segunda-feira, 17 de março de 2014

Reformas Religiosas.


As reformas religiosas

As modificações ocorridas no campo religioso no século XVI foram produto das mesmas tendências individualistas, burguesas e tradicionalistas que geraram o Renascimento. Esses elementos, no entanto, foram processados de formas diversas nos movimentos reformistas.

O individualismo renascentista, por exemplo, prendia-se à liberdade intelectual, enquanto o protestante dizia respeito a uma religião livre dos conceitos impostos pela Igreja Católica. Já o fortalecimento da burguesia, cuja visão de mundo e cujos recursos econômicos contribuíram para o que chamamos de Renascimento, também esteve ligado, em algumas regiões, às origens da Reforma Protestante. De fato, muitos burgueses consideravam as restrições às atividades mercantis uma postura antiquada da Igreja e por isso se afastaram dela.


Finalmente, o tradicionalismo integrou tanto o movimento renascentista quanto o reformista pois ambos baseavam-se em autoridades do passado: os autores clássicos no caso do Renascimento, a Bíblia no caso da Reforma Protestante, a Bíblia e os teólogos medievais no caso da Reforma Católica.



Apesar desses pontos em comum, o espírito reformista era oposto ao renascentista. Enquanto este colocava o home como centro de tudo, aquele atribuía a Deus o papel fundamental. O Renascimento era um fenômeno essencialmente otimista, que chamava a atenção para as qualidades criativas do homem. As reformas religiosas, tanto as protestantes quanto a católica, enfatizavam o lado pecador do homem, insistindo para que ele se entregasse totalmente a Deus. Não foi por acaso que essas reformas surgiram em um contexto de angústia coletiva, com a Europa abalada pela Guerra dos Cem Anos, pela peste negra, pelo Cisma Papal, pela ameaça turca. Como tais dificuldades eram interpretadas como castigos divinos, pensava-se automaticamente em alterações purificadoras (“reformas”) na vida religiosa. As mudanças feitas à revelia da Igreja foram as Reformas Protestantes (Lutero, Calvino); as realizadas dentro da Igreja (Concílio de Trento, Companhia de Jesus) constituíram a Reforma Católica.
Concílio de Trento
Fonte: História Geral - Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.

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