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domingo, 30 de março de 2014

A América Latina no século XIX - A luta de Independência dos países da América.


A América Latina no século XIX

O início do século XIX assistiu à emancipação da América ibérica. O movimento foi nitidamente aristocrático. Em geral, o antagonismo entre as elites econômicas coloniais e os interesses metropolitanos foi a raiz da luta emancipacionista. Diferentemente das colônias hispânicas, o Brasil libertou-se quase sem incidentes e manteve sua integridade territorial, enquanto a parcela espanhola das América esfacelou-se, resultado das pressões externas e internas, das diferenças econômicas e dos particularismos regionais.

Simon  Bolívar - o libertador.
José de San Martin
 Foi protector do Peru, San Martín expulsou os espanhóis, reformou o regime de trabalho indígena - abolindo a escravatura - e fundou a Biblioteca Nacional. 

O auxílio inglês na América Latina foi sem dúvida definido por seus interesses: seria mais fácil exercer sua preeminência num continente dividido. À herança do centralismo colonial, seguiram as tendências ao federalismo. O sonho de Bolívar de uma América unificada e forte se desmoronou oficialmente no Congresso do Panamá, em 1826.
As independência dos países da América Latina.

No Brasil monárquico, o café tomou a economia e perpetuou o escravismo. Nos vice-reinos e capitanias hispânicas, em geral triunfaram as repúblicas. Ali, o processo armado da libertação colaborou para uma militarização das instituições, cuja fragilidade favoreceu o desenvolvimento dos poderes locais: os caudilhos. Apenas na segunda metade do século XIX é que se encaminham os Estados nacionais.

A teoria indicava o caminho das democracias liberais, mas, na prática, as lutas entre os caudilhos é que apontavam os rumos. Os ditadores, os golpes, as constituições se sucediam. O clero católico e uma aristocracia prepotente disputavam o comando das massas mestiças e índias. Quase inexistiam os grupos intermediários. Pressões internas e externas eram exercidas sobre o escravismo. Não bastassem os problemas regionais, as guerras se sucediam entre os novos países. As razões dos conflitos eram múltiplas e iam das questões fronteiriças à disputa de desertos, como o Chaco.


Obs: Chaco é uma província da Argentina situada na região do Chaco argentino. Com uma extensão territorial de 99 633 km²  tem como capital a cidade de Resistencia.

Por seu turno, a independência política não implicou a econômica. Um consórcio de países europeus, tendo à frente a Inglaterra, substitui Portugal e Espanha. As matérias-primas da América Latina seguiam agora para as indústrias europeias; em troca recebia manufaturados, investimentos de capitais diretos do Velho Mundo, imigrantes e empréstimos.


À margem da revolução industrial, a América ibérica prosseguiu dependente, uma região periférica do capitalismo internacional. A chegada do século XX anunciou o início do declínio europeu. Mas o recuo da Europa correspondeu à ascensão dos Estados Unidos. O novo senhor que se avizinhava não deu espaço aos países latino-americanos; não houve a possibilidade de “cem anos de solidão”...
Fonte: História Geral de Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.

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