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quinta-feira, 20 de março de 2014

Representação dos deuses egípcios.


OS DEUSES EGÍPCIOS ERAM REPRESENTADOS ora sob forma humana, ora sob forma de um corpo humano com cabeça de animal e ora ainda sob a forma de animais, considerados sagrados.





O culto de tais animais era um aspecto importante da religião popular dos egípcios e remonta a épocas pré-históricas. Os homens da pré-história egípcia tinham o maior respeito em relação aos fenômenos da natureza e às características amedrontadoras ou admiráveis dos animais, seja a ferocidade do leão, a força do crocodilo ou os desvelos da vaca com sua cria. Ao irem paulatinamente surgindo as divindades, passavam a ser representadas sob a forma de animais, ainda que dirigissem as atividades humanas ou, pelo menos, com elas se preocupassem.


A adoração de divindades sob a forma zoomorfa, ou seja, sob forma de animais, é atestada pela primeira vez por volta da metade do IV milênio a.C. Dessa época foram encontradas sepulturas de animais, tais como chacais, gazelas, carneiros e touros, arranjadas com bastante cuidado e contendo oferendas. Paletas de culto passam a ser esculpidas com formato de animais e trazem, tanto na frente quanto no verso, animais gravados em relevo.
No final daquele milênio, são criadas pequenas figuras que representam com grande vivacidade os macacos, as rãs, os hipopótamos e outros bichos. Por sua vez, as representações antropomorfas das divindades, ou seja, deuses com forma humana, surgem por volta de 2700 a.C. De maneira geral a divindade com forma humana traz o seu atributo na cabeça ou no lugar dela, tratando-se normalmente do hieróglifo do seu nome.

Finalmente, a forma compósita associando os elementos animais aos elementos humanos é atestada pela primeira vez na III dinastia (c. 2649 a 2575 a.C.) e esse tipo de representação passa a ser tão normal quanto as duas anteriores. Excepcionalmente pode aparecer a divindade com corpo de animal e cabeça humana.



O olho direito do falcão - Hórus.



OS EGÍPCIOS utilizavam vários amuletos protetores, tanto em vida quanto em suas múmias. Entre os mais antigos encontra-se o Olho Uedjat que já aparece no Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) e é um dos mais comuns em todos os períodos da história egípcia. Ele simbolizava o olho direito do falcão, isto é, de Hórus, o qual foi perdido durante a luta desse deus com seu tio Seth, que o fracionou em 64 partes. Entretanto, diz a lenda, o olho foi restaurado por Thoth.
Além do olho propriamente dito, desenhado com traços bem marcados, o amuleto apresenta uma protuberância que reproduz a lágrima que normalmente brilha na face daquela ave de rapina. Podia ser feito de ouro, prata, granito, hematita, cornalina, lápis-lazúli, porcelana, madeira, etc. O que vemos acima, pertencente ao acervo do Museu do Louvre, é de faiança egípcia e mede 10,3 cm de altura por 13 cm de largura. Sua proveniência é desconhecida, mas foi datado como sendo do Período Tardio (c. de 712 a 332 a.C.).


Estatueta de bronze da deusa gata Bastet.
Museu Britânico.


UMA GATA OU UMA MULHER com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubastis, cujo nome em egípcio — Per-Bastet — significa Casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas espalhadas pelo mundo. Essa divindade também estava associada à Lua e protegia os partos e as mulheres grávidas de doenças e dos maus espíritos. Tornou-se ainda padroeira dos festivais, muito populares até a época romana, nos quais as bebedeiras eram comuns. 

Fonte: www.fascinioegito.sh06.com

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