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terça-feira, 11 de março de 2014

A Cultura no Brasil Colonial.


Cultura colonial

A cultura colonial brasileira foi fortemente marcada pela religiosidade católica. Na antiga Terra de Santa Cruz, integrante do chamado Império de Deus por Portugal, a difusão dos valores cristãos foi sempre um referencial fundamental tanto do pensamento quanto das expressões artísticas. Numa época em que o acesso à leitura era extremamente limitado, e normalmente restrito aos membros do clero, a palavra evangelizadora e as mensagens visuais constituíam os principais meios de difusão cultural. Assim, ao lado da catequese de indígenas e africanos e da  pregação nas cerimônias religiosas, a arquitetura das igrejas e mosteiros e as pinturas e esculturas sacras formavam o núcleo da cultura europeia que tentava se estabelecer no Novo Mundo e que ia sofrendo as influências do novo meio.


Ao lado disso, e durante muitos séculos, viajantes e cronistas europeus retratariam em pinturas e textos suas impressões sobre o peculiar mundo colonial, seus povos, seus costumes e seus conflitos. Durante o período da dominação holandesa no Nordeste, o príncipe Maurício de Nassau estimularia a presença na colônia de vários pintores e artistas, numa outra e distinta tentativa de implantar a cultura europeia no mundo colonial.

Maurício de Nassau

Internamente, os colégios jesuítas monopolizaram o ensino até 1760, condicionando também a formação dos escritores laicos. O surgimento de um público leitor significativo só se daria em meados do século XVIII, com a formação de pequenos círculos literários urbanos, denominados academias.

Dois estilos principais nortearam a cultura colonial na América portuguesa: o Barroco e o Arcadismo. O primeiro expressava a crise espiritual do período posterior ao Renascimento, sobrepondo duas formas de sensibilidade: a fé e a racionalidade. Entre seus principais representantes estão o pregador Antônio Vieira, o poeta Gregório de Matos, o músico Lôbo de Mesquita e o escultor Antonio Francisco Lisboa ( o Aleijadinho).

Imagens Barroco

Arcadismo na Pintura

Os doze profetas - atribuídas a Aleijadinho



Já durante o Arcadismo, característico do século XVIII, sobressaiu-se uma tendência que aliava simplicidade, racionalidade e clareza, expressando as críticas iluministas ao clero, à nobreza e ao sistema colonial. Seus representantes mais significativos na colônia foram os escritores Cláudio Manuel da Costa, Basílio da Gama, Tomás Antonio Gonzaga e Alvarenga Peixoto.
Fonte: História do Brasil - Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff.

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