A economia colonial no século do ouro
O
século XVIII é conhecido como a idade do ouro do Brasil. A descoberta de
jazidas desse metal, principalmente na região de Minas Gerais, trouxe grandes
alterações para a economia e sociedade coloniais. Ainda assim, o açúcar manteve
sua posição de destaque entre as exportações. Ao lado desses dois produtos,
também o algodão recebeu um grande impulso externo, graças à nascente indústria
têxtil inglesa, enquanto a pecuária e o fumo permaneciam como importantes
gêneros auxiliares das atividades canavieira e mineradora.
A
produção de ouro, que atingiu o auge em torno de 1750, permitiu à metrópole
portuguesa viver um período de riqueza e opulência; período, no entanto, bem
curto. Com a queda da produção registrada na segunda metade do século XVIII,
novas dificuldades surgiram para a economia lusitana. Foram então adotadas
medidas para dar maior lucratividade aos negócios imperiais, aumentando ainda
mais o controle sobre a economia colonial. Para isso, criaram-se novas
companhias comerciais, à semelhança de suas antecessoras do século XVII.
Através
da Companhia do Grão-Pará e Maranhão e da Companhia de Pernambuco e Paraíba,
procurava-se monopolizar determinadas atividades econômicas nas mãos de alguns
poucos e grandes negociantes.
Nesse
tempo, a cidade do Rio de janeiro, transformada em capital do Brasil pela
proximidade com as áreas mineradoras, era o principal porto exportador da
América portuguesa. O restante das exportações praticamente se restringia ao
Norte e ao Nordeste. No Sul, o contrabando, iniciado no final do século XVI,
continuava a escapar do controle metropolitano.
Já a
Capitania de São Paulo, desde os primeiros tempos da colonização, voltara-se
para o interior, visando o apresamento de índios, a procura de metais e a
circulação do gado, e também devido ao incipiente comércio de alimentos.
Seguindo os cursos dos rios, os paulistas abriram uma série de caminhos que
permitiram a comunicação e o comércio com as áreas mineradoras, ampliando os
domínios da Coroa portuguesa.
Fonte: História do Brasil - Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff.
Nenhum comentário:
Postar um comentário