Cultura no Império
A
transferência da Corte para o Brasil e a posterior independência do país
inauguraram um novo período na cultura nacional. Com o impulso dado à
infra-estrutura de produção e distribuição, a publicação de livros e jornais,
proibida no período colonial, tornou-se prática comum. Fundou-se a Imprensa
Régia, criaram-se as primeiras bibliotecas públicas, construíram-se novos
teatros.
Imprensa
Primeiras Bibliotecas.
O
ensino superior era de competência do governo central, enquanto o ensino básico
era encargo dos governos provinciais. Na década de 1820, surgiram os primeiros
estabelecimentos de ensino superior: as faculdades de Direito de Olinda e São
Paulo, seguidas logo pela Faculdade de Medicina no Rio de janeiro e a Academia
Militar, entre outras. As faculdades de Direito logo se tornaram estágio
obrigatório para aqueles que pretendessem ingressar na vida pública.
Faculdade de Direito de Olinda-PE
Faculdade de Direito - Largo São Francisco
O
século XIX foi marcado também por um novo tipo de preocupação intelectual: a
necessidade de moldar uma nação a partir dos pressupostos considerados
adequados pela elite dominante. Escritores, dramaturgos, pintores e
intelectuais transformaram a realidade brasileira em objeto primordial de suas
obras e estudos. Na literatura, o Romantismo foi o exemplo mais claro desse
compromisso. Muitos autores, como José de Alencar, eram também políticos, e em
ambas as atividades tinham como objetivo, nessa fase de construção do Estado
nacional, elaborar uma identidade nacional.
A
referência europeia continuava sendo obrigatória, e nesse sentido teve enorme
influência a Missão Francesa que veio ao Brasil em 1816 trazendo artistas
europeus, como os pintores Debret e Taunay.
Jean Baptiste Debret nasceu em Paris, na França, em 18 de abril de 1768.
O Brasil foi então redescoberto
pela Europa, através dos inúmeros viajantes que o percorreram durante todo o
século XIX, retratando o país em textos e gravuras.
Fonte: História do Brasil - Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff.
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