A doença que predominava nas Grandes Navegações - O
Escorbuto
De
todas as calamidades físicas que se abatiam sobre os marujos dos séculos XVI e
XVII, nenhuma era mais devastadora e repulsiva do que o escorbuto. Doença
provocada pela carência de vitamina C, o escorbuto provoca hemorragias e causa
o rompimento das paredes de vasos sanguíneos. Os primeiros marinheiros
ocidentais afetados por essa terrível enfermidade foram os homens da esquadra
de Vasco da Gama, em 1497. A doença em geral se manifestava após 70 dias em
alto-mar. De início, era chamada de “mal de Luanda”, pois em geral atacava os
marujos quando os navios se encontravam ao largo da costa de Angola.
Escorbuto
O
nome “escorbuto” provém da palavra holandesa scherbuik, que quer dizer “ventre
aberto” e deu origem ao francês scorbut. Há inúmeras e horrendas descrições dos
estragos feitos pelo escorbuto entre os passageiros da chamada “Carreira da
Índia”. O efeito mais conhecido da doença é o inchaço das gengivas, que apodreciam,
ficavam muitíssimo malcheirosas e tinham que ser cortadas a navalha. As vítimas
do escorbuto em geral morriam após dois meses de grandes sofrimentos. No século
XVIII, o capitão inglês James Cook concluiu que o consumo de limões e laranjas
(ricos em vitamina C) evitava a doença.
SINTOMAS
Os principais sintomas
desta doença envolvem manifestações dermatológicas, sangramentos espontâneos,
inflamações e dores. Podemos destacar, por exemplo:
§ Mialgia;
§ Dor óssea;
§ Edemas;
§ Hipertrofia gengival;
§ Depressão;
§ Alterações de humor;
§ Cabelos quebradiços;
§ Queda de dentes;
§ Dor nas articulações;
§ Feridas com dificuldade de cicatrização;
§ Fraqueza.
Fonte:
A Viagem do Descobrimento – Eduardo Bueno – Editora Objetiva.
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