O Renascimento
Orgulhoso de seu
momento histórico – a superação das crises do final da Idade Média -, o homem do
século XVI denominou sua época de Renascimento. Pretendia assim dar ideia de
que o período imediatamente anterior teria sido pouco importante – uma idade “média”
colocada entre duas fases áureas da humanidade. Para os renascentistas, os
séculos XV e XVI assistiam ao ressurgimento da brilhante cultura Greco-romana.
Tal pretensão é considerada hoje exagerada, pois a Idade Média não desconhecera
a cultura antiga, aliás preservada em parte graças aos medievais. Assim, não
houve uma quebra de continuidade entre um período e outro. Por isso, atualmente
se prefere datar o Renascimento entre 1300 e 1600.
Thomas More (1478-1535) - É geralmente considerado como um dos grandes humanista do Renascimento - autor do livro Utopia.
Porém, se o homem
renascentista não tinha características
absolutamente novas, sem dúvida havia nele alguns elementos que o
distinguiam de seus antecessores medievais: era
profundamente individualista, racionalista, eclético, hedonista, enfim,
humanista. O homem se autovalorizava, vendo sua existência como uma forma não
apenas de louvar o Criador, mas também de louvar a si mesmo como criador.
Renascimento: Período marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalaram o final da Idade Média e o início da Idade Moderna.
Esse perfil, contudo,
não se aplicava a toda a população europeia da época. A cultura renascentista,
na verdade, foi um fenômeno de elite, um movimento urbano, tendo se manifestado
desigualmente entre as várias regiões. O centro-norte italiano, a parte mais
urbanizada e rica da Europa de então, foi o polo dinâmico desse movimento
cultural. Nas zonas rurais que cobriam a maior parte da Europa, predominava uma
cultura tradicional popular e oral.
Nesse momento de
intensificação das trocas comerciais e dos contatos possibilitados pelas
peregrinações, pela diplomacia e pelas guerras, cultura erudita e cultura
popular naturalmente se interpenetravam. É o que se percebe claramente, por
exemplo, nas obras do italiano Boccaccio, do francês Rabelais, do alemão Dürer
e do espanhol Cervantes.
Fonte: História Geral - Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.
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