Nada é Definitivo!

"Como o nome do Blog diz, não existe uma única verdade, portanto, sempre temos que investigar tudo o que nos dizem sobre a história, para que possamos chegar mais próximos de uma verdade. Este blog é apenas um dos vários caminhos que existem, sejam bem vindos."

segunda-feira, 31 de março de 2014

O Estado Novo - período ditatorial no Brasil.


O Estado Novo

As diferenças econômicas entre as diversas regiões brasileiras e o consequente contraste do nível de vida de cada uma acentuavam-se cada vez mais com a industrialização do Centro-Sul e o empobrecimento crescente do Nordeste. Na década de 30 e nas seguintes, a população do Nordeste não teve outra saída senão empreender uma intensa migração para São Paulo e para o Rio de janeiro, buscando melhores oportunidades de trabalho, empregando-se nas fazendas de café ou integrando-se  ao operariado do Centro-Sul.
Migrações nordestinas para o Centro-Sul


Vítimas da pobreza a que ficar entregue o Nordeste desde o século XIX, os nordestinos substituíram os imigrantes europeus na indústria. Desse modo, além da mão-de-obra mais barata, obtinham-se trabalhadores com menor tradição nas reivindicações sindicais. O Estado sentiu, então, necessidade de estabelecer um novo tipo de relação com esses trabalhadores, de forma a manter controle sobre eles.



Impedidas as eleições presidenciais previstas para 1937, Getúlio Vargas tornou-se ditador, criando a partir de então uma série de leis trabalhistas que colocavam o Estado como o árbitro das relações entre capital e trabalho. Inaugurava-se o chamado Estado Novo.


Todas as organizações de trabalhadores passaram a ser diretamente ligadas ao governo e igualmente controladas por ele. Em 1943, foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho, código orientado por princípios corporativistas que ignoravam a existência de conflitos de interesses ou de classes, agrupando diferentes setores numa única categoria. As organizações dos trabalhadores das indústrias, num exemplo significativo, englobavam desde os operários até os funcionários mais graduados da administração. Dessa forma, conseguia-se que as diferenças internas de visões e interesses enfraquecessem por dentro essas organizações.
Propagandas durante o Estado Novo.


Para conquistar legitimidade, o Estado populista utilizava-se dos mais sofisticados meios de propaganda disponíveis. Além disso, desempenhava um papel fundamental a identificação estabelecida entre a pessoa que ocupava a Presidência da República – Getúlio Vargas – e o Estado, Na pessoa do chefe do Estado eram projetadas e canalizadas as aspirações e expectativas da população, tornando-se a relação cidadão/Estado uma relação indivíduo/indivíduo.
Fonte: História do Brasil de Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff.

Nenhum comentário:

Postar um comentário