Nada é Definitivo!

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segunda-feira, 17 de março de 2014

As grandes navegações e os descobrimentos.


Os descobrimentos

Desde a Antiguidade, o homem já cruzava os mares em busca de novas terras e mais riquezas. Os fenícios haviam atravessado o estreito de Gibraltar, entrado no oceano Atlântico e alcançado as ilhas Britânicas. Os vikings chegaram até a América do Norte, onde fundaram uma pequena e efêmera colônia. Ainda  que não esteja comprovado, é possível que os chineses também tenham chegado até a América. Contudo, tais episódios foram relativamente isolados e não tiveram maiores repercussões. Como tentativa de resposta aos problemas colocados aos europeus pela crise do século XIV, é que se entrou efetivamente no período chamado de Grandes Descobrimentos.

Os vikings


De fato, no século XV os portugueses alcançavam o arquipélago da Madeira, as ilhas de Cabo Verde e o litoral atlântico da África, podendo assim contornar esse continente para chegar à Índia. Paralelamente, Colombo atingia a América, integrando-a de forma definitiva à civilização europeia. No século XVI os europeus chegavam à China e ao Japão e atravessavam o istmo do Panamá, descobrindo o oceano Pacífico. Isso tornava possível  a circunavegação do globo, realizada por Fernão de Magalhães em 1519-1522 e por Francis Drake em 1580. No início do século XVII descobria-se a Austrália. Rompiam-se assim os limites geográficos conhecidos e o mundo se ampliava para os europeus.

Viagens de Colombo
Cristóvão Colombo
Fernão de Magalhães


Naturalmente, um processo como esse, que se estendeu pelo menos por dois séculos, respondia a uma série de fatores. Dentre os econômicos estava, sobretudo, a forte necessidade de trigo, ouro e, ainda que de forma menos premente, especiarias. Como fator político pesava a crescente centralização monárquica, que levava os reis a verem com bons olhos a descoberta e ocupação de ricos territórios estrangeiros por parte de seus súditos. Outro importante elemento motivador foi o espírito cruzadístico ainda existente em Portugal e Espanha, que identificava a expansão territorial à a expansão  do cristianismo. Por fim, também significativo era o componente psicológico, o espírito de aventura que arrastava os homens de então em busca de locais paradisíacos, utópicos, como o reino de Preste João, o País da Cocanha e o Eldorado.

O perigo do mar - criaturas lendárias
Filme sobre Cristóvão Colombo.



Enfim, os descobrimentos mesclavam aspectos modernos e medievais. Não se pode ver no fenômeno apenas uma manifestação burguesa e capitalista. Cristóvão Colombo, por exemplo, era, em certo sentido, um homem mais da Idade Média do que do Renascimento. Ele queria chegar ao Oriente para localizar o Paraíso Terreno; em alto-mar ele viu sereias. Sua mentalidade não diferia em essência da dos séculos anteriores.
Fonte: História Geral - Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.

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