Nada é Definitivo!

"Como o nome do Blog diz, não existe uma única verdade, portanto, sempre temos que investigar tudo o que nos dizem sobre a história, para que possamos chegar mais próximos de uma verdade. Este blog é apenas um dos vários caminhos que existem, sejam bem vindos."

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Eurico Gaspar Dutra



Governo de Eurico Gaspar Dutra

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Eleito graças às bases políticas formadas por Getúlio Vargas, Eurico Dutra foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto após o Estado Novo. Empossado em 1946, ele vivenciou as tensões e problemas que marcavam o desenvolvimento da Guerra Fria no cenário político internacional. Internamente, teve como primeira grande ação, a convocação da Assembleia Constituinte que discutiria as leis a serem integradas a uma nova Carta Magna.
Oficializada em 1946, a nova constituição brasileira determinava a autonomia entre os três poderes e a realização de eleições diretas para os cargos executivos e legislativos estaduais, municipais e federais. Militares e analfabetos não poderiam votar, o voto feminino foi mantido e sua idade mínima reduzida para os 18 anos de idade. De fato, somente as mulheres que atuavam no funcionalismo público com cargos remunerados é que deveriam votar obrigatoriamente.

Na economia, observamos que o país reconquistava os níveis de importação na medida em que as grandes nações industrializadas retomavam o antigo ritmo de produção. Sendo um mercado consumidor de grande interesse, o Brasil absorveu uma significativa quantidade de bens de consumo, principalmente dos Estados Unidos. Em pouco tempo, as reservas cambiais do país foram diminuindo, a indústria nacional desacelerou e a dívida externa voltou a crescer.

Não se restringindo ao campo econômico, a aliança do governo Dutra junto ao governo norte-americano também repercutiu em ações políticas de natureza autoritária. Após receber uma significativa quantidade de votos, o Partido Comunista foi posto na ilegalidade e todos os funcionários públicos pertencentes ao mesmo partido foram exonerados de seus cargos. Pouco tempo depois, o governo do Brasil anunciou o rompimento de suas relações diplomáticas com a União Soviética.

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Observando o agravamento dos problemas econômicos do país, Dutra adotou medidas que facilitavam a importação de combustível e maquinário industrial para o país. Em maio de 1947, o Plano Salte pretendia reorganizar os gastos públicos com saúde, alimentação, transporte e energia. Por meio dessas ações de controle, o governo Dutra conseguiu atingir uma média anual de crescimento econômico de 6%.


Chegando em 1950, os brasileiros preparavam-se para uma nova eleição para presidente da República. Mais uma vez, assim como em 1945, o cenário político nacional experimentava a carência de líderes políticos nacionais. De tal forma, o PSD ofereceu a candidatura do incógnito mineiro Cristiano Machado e a UDN apostou novamente no brigadeiro Eduardo Gomes. O PTB por sua vez, chegava à frente lançando o nome de Getúlio Vargas, que venceu com 48% dos votos válidos.

Fonte: SOUSA, Rainer Gonçalves. "Governo Dutra"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-dutra.htm. Acesso em 28 de novembro de 2019.


terça-feira, 17 de setembro de 2019

Unificação da Alemanha

UNIFICAÇÃO ALEMÃ

Por Ulisses Martins
Graduado em História pela PUC-RJ

A Alemanha era um conjunto de 39 Estados independentes entre si e diversificados. Desde 1815, pelas determinações do Congresso de Viena, esses Estados estavam reunidos na Confederação Germânica, liderada pela Prússia e pela Áustria.

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Cola Web  - Mapa antes da unificação

Em 1834, sob a influência de grupos de industriais, sobretudo da Prússia, estabeleceu-se o Zollverein, uma união aduaneira (uma forma de integração econômica) com o objetivo de eliminar os impostos alfandegários entre os integrantes da Confederação Germânica. Até 1823, quase todos os Estados alemães haviam aderido ao Zollverein, exceto a Áustria. Além de integrar a Confederação Germânica, o Zollverein contribuiu para impulsionar o desenvolvimento econômico alemão.

Bismarck e Unificação
Em vários Estados da Confederação Germânica, cresciam as ideias nacionalistas, elaboradas por intelectuais que desejavam a união étnica e cultural dos povos germânicos sob a tutela de um só Estado.

A primeira tentativa, empreendida pela Prússia em 1850, fracassou devido à interferência da Áustria. Em 1862, no entanto, o rei prussiano Guilherme I nomeou como seu primeiro ministro Otto von Bismarck, conhecido como o Chanceler de Ferro, e a Prússia passou a liderar firmemente o processo de unificação, investindo em força bélica.

Bismarck acreditava que a unificação da Alemanha não se concretizaria sem o uso da força militar. Assim, usando de diplomacia, mas também de muita determinação, organizou um poderoso exército e liderou a Prússia em guerras contra a Dinamarca, Áustria e França. Ao final dessas guerras, em 1871, Guilherme I foi proclamado imperador da Alemanha.
Unificada a Alemanha, o processo de industrialização do país acelerou-se, tornando-o uma das economias mais fortes do mundo. Esse crescimento industrial, econômico e militar, por sua vez, exigiu a ampliação dos mercados consumidores para seus produtos, levando a Alemanha a disputar regiões coloniais antes dominadas por Inglaterra e França.
Fonte: educacao.globo.com

Unificação da Itália


UNIFICAÇÃO ITALIANA

Por Ulisses Martins
Graduado em História pela PUC-RJ

A península Itálica era uma região dividida em várias unidades políticas independentes entre si. Com as decisões do Congresso de Viena, passou a ser dominada por austríacos e franceses, bem como pela Igreja Católica. O desenvolvimento industrial levou ao crescimento das cidades e à intensificação do comércio. Para dar continuidade ao processo de crescimento e expansão de suas atividades no exterior, a burguesia local desejava a unificação de toda a região.
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zedovinho.com.br - unifcação da Itália

O rei do Piemonte-Sardenha, Carlos Alberto, liderou a primeira tentativa de unificação em 1848, declarando guerra contra a Áustria. Esta declaração, baseada nos ideais liberais e nacionalistas, incentivou rebeliões em vários estados na península, mas todas foram sufocadas pelas tropas austríacas e pela intervenção francesa. Com a derrota, Carlos Alberto abdicou ao trono em favor de seu filho Vitor Emanuel II.  Mas o ideal de unificação se manteve vivo pelos nacionalistas.

Somente o reino do Piemonte-Sardenha possuía uma constituição liberal. A burguesia incentivou o movimento a favor da unificação da Itália, liderado pelo primeiro-ministro Camillo Benso, conde de Cavour, e por manifestantes políticos como Giuseppe Mazzini, fundador do movimento Jovem Itália, que visava à criação de uma república italiana.

Cavour deu início, apoiado pela França, à guerra contra a dominação austríaca em 1859, conseguindo importantes vitórias. Enquanto isso, no sul da península, Giuseppe Garibaldi formou um exército de voluntários, conhecido como camisas vermelhas, e avançou pelo território.

Ao final de 1860, a unificação estava praticamente concluída. Vitor Emanuel II foi proclamado rei da Itália. Somente Veneza e Roma resistiram por algum tempo, sendo a primeira anexada em 1866 e a segunda, em 1870.

Questão Romana
O Papa Pio IX e a Igreja Católica, não aceitaram a perda de seus territórios. Mesmo com Roma anexada, o papa permaneceu no palácio do Vaticano, considerando-se um prisioneiro.

Essa questão resolveu-se apenas em 1929 com a assinatura do Tratado de Latrão, entre o papa Pio IX e o Estado italiano. Esse tratado determinou a criação do pequeno Estado do Vaticano, com área de 0,44 Km², sob o governo da Igreja Católica.
Fonte: educacao.globo.com



Revolução do Irã.



VAMOS ENTENDER UMA POUCO SOBRE O CASO IRÃ

Texto elaborado pelo Professor David Pereira – Pós graduado em História.

No decorrer da década de 50, os EUA intervieram no Irã. Depuseram e prenderam o primeiro-ministro nacionalista Munhammad Mossadeq, que pretendia estatizar as reservas de petróleo iranianas. O Irã é um dos maiores produtores mundiais de petróleo. Seus habitantes são, em sua imensa maioria, seguidores do islamismo xiita.

Com fim da 2ª Guerra Mundial, subiu ao poder no Irã um governo alinhado aos interesses das potências ocidentais vitoriosas, comandado pelo Reza Pahlevi. Em 1953, o xá instalou uma ditadura com o apoio dos EUA, de quem comprava armamento moderno. Esse governo era acusado de ser ditador e corrupto e ainda de querer impor costumes ocidentais rejeitados pela maioria muçulmana.
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terra.com.br - xá Reza Pahlevi
No início de 1979, a maioria muçulmana saiu às ruas contra Reza Pahlevi, que fugiu do país.
Duas semanas depois, o líder religioso muçulmano Ruhollah Khomeini, que vivia exilado na França, retornou triunfante ao Irã e proclamou uma República Islâmica. Khomeini era agora AIATOLÁ,  líder tido como intérprete da vontade divina.

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www.1.folha.uol.com.br - Aiatolá Khomeini

O Irã vira uma Estado teocrático chefiado por agora Aiatolá Khomeini – antiocidental e radicalmente contrário aos Estado Unidos. Seu governo baseava-se na Sharia, lei islâmica que estabelecia normas para a vida social e punições para diversos crimes. As mulheres foram obrigadas a usar véu, não podiam estudar e foram proibidas de usar maquiagem e pintar as unhas. Enfim, o governo Khomeini era uma expressão do fundamentalismo islâmico.

Nas duas últimas décadas, a economia iraniana tem crescido e o Irã se consolidou como uma importante liderança no Oriente Médio. Externamente, porém, o Irã sofreu uma forte oposição liderada pelos Estados Unidos e por Israel, que incluía sanções econômicas.
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A oposição contra os EUA
www1folha.uol.com.br

O Irã também não reconhece o Estado de Israel. O Irã também é acusado de ter interesse em armas nucleares, o que deixa o país sempre na mira dos EUA.

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Obra para entender a Revolução Iraniana
guiadoestudante.abril.com.br

Xiita: corrente do islamismo para a qual somente os descendentes de Ali (marido de Fátima, filha de Maomé) podem ser considerados sucessores legítimos de Maomé.
Xá: título dos monarcas iranianos até 1979.
Estado teocrático: país em que a vida política e social está subordinada a normas religiosas.
Fundamentalismo: radicalismo religioso e político que defende o retorno a raízes religiosas, étnicas e culturais.
Fonte: Livro História sociedade e cidadania de Alfrendo Boulos;
             Guia do Estudante, editora abril, 2016.

Faixa de Gaza.



Faixa de Gaza
Israel  X  Palestina
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Em 1948, por decisão da ONU (Organização das Nações Unidas), foi criado o Estado de Israel em um território que viviam a maior parte dos Palestinos, assim, foi dividido a região entre os Judeus (Israel) e os palestinos (conhecidos como um dos povos árabes da região).

Esse fato não agradou os outros países árabes – Líbano, Egito, Irã, Iraque, Jordânia, Síria, etc.

Em 1967, agentes secretos do grupo Mossad de Israel, descobriu que esses países árabes, comandados pelo Presidente do Egito Nasser, desejava fechar o canal de Suez para impedir que os israelenses tivesse acesso. Com aproximadamente 550.000 mil soldados árabes, eles estariam empenhados em atacar Israel.
Israel se antecipou com as informações obtidas pelo Mossad – com 250.000 soldados bem treinados e com seus aparelhos de guerra sofisticados, conseguiu destruir 450 aviões dos árabes e derrotou o exército árabe em 6 dias.



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Nesse momento, Israel tomou do Egito toda a península do Sinai e a Faixa de Gaza (uma região com menos de 400KM², próximo do Mar Mediterrâneo).

Em 1973, ocorre mais uma tentativa de enfrentar Israel, foi a Guerra do Yom Kippur (dia do perdão para os Judeus), também conhecida como Guerra Árabe-Israelense, foi um conflito militar entre uma coalizão de estados árabes liderados por Egito e Síria contra Israel. Novamente Israel sai vencedora.

Em 1979, após um acordo entre Egito e Israel, foi devolvida toda a península do Sinai para o Egito, que concordou em reconhecer o Estado de Israel, porém a Faixa de Gaza habitada por Palestinos permaneceu com Israel.

Em 1994, Yasser Arafat que foi o líder da Autoridade Palestiniana, presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e líder da Fatah se aproxima de Israel com alguns acordos, tudo parecia que caminhava para uma solução de paz.
Em 2000, ocorre a Intifada, que trata-se de jovens palestinos com pedras nas mãos que atacam guardas Israelenses na fronteira e ocorre ainda ataques suicidas de palestinos contra alvos civis em Israel.





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conflitos entre Palestinos e Israelenses

Em 2005, Israel concorda em sair do local desde que os palestinos reconhecessem o Estado de Israel.
Em 2006, os palestinos se recusam a esse reconhecimento, assim, Israel resolve cortar a ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Consequências

Crise econômica, social e política do lado em que vivem os palestinos.

Paralelamente, ocorre uma guerra civil entre os grupos políticos palestinos Hamas X Fatah, muitos são mortos, o grupo Hamas venceu em 2007.

O grupo Hamas (mais radical e contra o Estado de Israel), cortou relações com o Egito e Israel, fecharam os jornais israelenses, e reforçam ataques contra Israel através de foguetes teleguiados. Como Israel tem equipamentos avançados, muitos deles são interceptados, porém alguns atingem áreas civis de Israel deixando algumas vítimas.

Em 27 de dezembro de 2008, ocorre a Guerra de Gaza, durou 22 dias, muitas mortes do lado da palestina, isso porque Israel possuí um dos melhores exércitos e equipamentos militares do mundo. A partir desse momento, Egito e Israel passaram a controlar a fronteira, tudo é revistado e checado.

Para burlar esse bloqueio, o grupo Hamas usa tuneis que mantem contato com o Irã, este país é fornecedor de armas para o Hamas.

Como estão as coisas nesse momento

Esse clima criou uma situação de dependência dos palestinos com Israel, pois este país controla a eletricidade, as comunicações e a água potável, assim os palestinos não conseguem cultivar plantações, e permanecem dependentes de comida e água de Israel. Portanto os palestinos vivem em constante crise humanitária.

O grupo Hamas continua lançando foguetes conta hospitais, escolas e bairros civis em Israel, a maioria são interceptados.

Em reposta, Israel contra-ataca e acaba jogando bombas para o lado dos palestinos, como consequência, ocorre a morte de vários civis. Devido a esses ataques a comunidade internacional faz duras críticas contra Israel.

Israel, para se defender desses críticas, alega que propositalmente as bases do Hamas estão sempre próximos de áreas civis.

Do outro lado, o grupo Hamas continua enviando pipas e balões incendiários em fazendas do lado de Israel, pois o grupo não aceita reconhecer o Estado Judeu.

E assim quem sofre são os civis dos dois lados.

Texto elaborado pelo professor David Pereira – Pós graduado em História.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Nazismo



Nazismo
O nazismo caracterizou-se por ser, no século XX, um dos regimes políticos desenvolvedores de ideologias perversas e de projetos políticos totalitários.
O termo nazismo advém da abreviatura “nazi”, que sintetiza o nome do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Esse partido foi fundado logo após o término da Primeira Guerra Mundial em 1918. Aquele que viria a ser seu principal articulador e líder absoluto, Adolf Hitler, entrou para o partido em 1919. Com Hitler, o partido nazista começou a defender posicionamentos políticos que se tornaram uma das ideologias mais perversas da história.
Imagens G1 - Globo   -   Adolf Hitler


Contexto histórico
A situação da Alemanha no contexto de ascensão do nazismo caracterizou-se pelas tentativas de reorganização política e reestruturação econômica com a chamada República de Weimar, que se ergueu logo após a derrota alemã na Primeira Guerra e as pesadas resoluções do Tratado de Versalhes. Dessa forma, nos anos 1920, a Alemanha chegou a conseguir uma recuperação econômica que se tornou estável até o ano de 1929, quando o mundo sofreu o grande abalo econômico decorrente da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
Nesse entretempo, Hitler já havia dado início às suas articulações dentro do partido nazista, procurando penetrar a estrutura do Parlamento de Weimar via eleições. No entanto, a representação nazista não chegava a 4% das cadeiras ocupadas. No ano de 1923, Hitler tentou tomar o poder no estado da Baviera, em Munique, mas foi preso e condenado. No seu julgamento, suas palavras expressavam o ódio às sanções do Tratado de Versalhes e o ressentimento nacionalista e racista que daria o tom da sua ideologia.

Minha Luta (Mein Kampf) e Ideologia Nazista
Nos seis meses em que ficou preso, Hitler desenvolveu sua ideologia no livro intitulado Minha Luta (Mein Kampf, em alemão), que se tornou política do Estado totalitário quando os nazistas tomaram o poder em 1933. Entre as ideias defendidas pelos nazistas, estava o antissemitismo, isto é, aversão aos judeus e atribuição da culpa da decadência econômica alemã a esse povo, além da atribuição da “degenerescência moral e física” da população alemã também à presença dos judeus e de outros povos (como poloneses, ciganos, negros etc.) na Europa e, em especial, nos países germânicos (Alemanha e Áustria).
eugenia (a ideologia da raça superior e perfeita) também era marca do nazismo e estava diretamente associada ao arianismo, isto é, à eleição da raça branca como uma raça superior às demais. A política do “espaço vital”, ou seja, um espaço geográfico que comportasse a expansão da raça ariana, também estava prevista nos planos de Adolf Hitler. A construção dos campos de concentração, onde os trabalhos forçados e o extermínio de povos considerados inferiores eram gerenciados, expressou toda a perversidade dessa proposta política.

Características da política nazista
Com a crise econômica de 1929, todo o esforço de reestruturação econômica da Alemanha arrefeceu. O partido nazista, nesse período de crise, conseguiu conquistar simpatizantes de todos os nichos da sociedade alemã, desde veteranos de guerra e trabalhadores até intelectuais e grandes industriais, atraídos pela proposta econômica nacionalista e corporativista dos nazistas. Já nas eleições de 31 de julho de 1932, os nazistas conseguiram 37% dos votos, ocupando assim 230 cadeiras no Parlamento. Era o primeiro passo para a dominação total.
A pressão da presença nazista no Parlamento obrigou o então presidente Paul Von Hindenburg a nomear Hitler Chanceler da República. Com o incêndio do Reichstag (Parlamento), os nazistas puderam pressionar, mais uma vez, Hindenburg a assinar em fevereiro de 1933 um decreto de emergência, suspendendo assim os direitos civis da população sob a justificativa de que a Alemanha sofria de risco que provinha do próprio interior da sociedade.
Em março de 1933, Hindenburg aprovou a lei que permitiu ao Chanceler legislar independentemente do Parlamento. Começava assim a ditadura nazista, propriamente dita, na qual o lider, Füher, tinha plenos poderes. A ditadura de Adolf Hitler teve como características a militarização da sociedade alemã, a máquina de propaganda intensiva em torno da figura do líder, bem como um cuidadoso culto de sua personalidade e dos ritos e símbolos que o partido desenvolveu.

Autor do texto: Cláudio Fernandes em Idade Contemporânea