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terça-feira, 4 de março de 2014

As invasões bárbaras.

A penetração dos germanos

Os Greco-romanos chamavam de bárbaros os povos estranhos a sua cultura e a seu mundo. Dentre eles, os mais próximos eram os germanos, divididos em duas grandes famílias: a gótica (visigodos, ostrogodos, hérulos) e a teutônica (francos, anglos, vândalos, lombardos). Localizados nas fronteiras setentrionais do mundo romano, os germanos mantinham com ele contatos esporádicos. No século IV, com a crise do império, muitas tribos germânicas foram incorporadas ao exército para policiar as fronteiras romanas. No momento de recuo demográfico da população romana e de sua crescente cristianização, diminuiu a procura pela carreira militar, o que propiciou a germanização do exército imperial.

As migrações bárbaras


Os reinos germânicos


A posterior ocupação dos territórios romanos pelos germanos foi, assim, apenas o resultado de uma evolução que os tornara a força viva do império. Portanto, por cerca de dois séculos houve uma penetração pacífica e apenas na primeira metade do século V aconteceram as verdadeiras invasões germânicas. Estas, na realidade, foram precipitadas pela pressão de um povo oriental, os hunos, que levaram os germanos em fuga a entrarem maciçamente em território romano.

Os hunos estão chegando

Povo guerreiro - Os Hunos


Colocavam-se, desta forma, frente a frente duas civilizações que ao longo dos séculos seguintes iriam se fundindo para formar a Europa, a romana e a germânica. Socialmente, os germanos baseavam-se na família patriarcal e monogâmica e, politicamente, na tribo. Seu chefe era um rei eleito pela Assembleia dos Guerreiros, com a qual dividia as principais decisões. Economicamente, os germanos eram agricultores e pastores, com um artesanato pouco desenvolvido (com exceção da metalurgia) e trocas comerciais esporádicas.

A literatura e o direito eram transmitidos de forma oral de geração a geração; as artes principais eram a ourivesaria e os trabalhos com outros metais. Os povos germanos eram politeístas, com deuses representativos de fenômenos naturais e sociais.

Os principais deuses eram Thor, divindade da guerra, e Freya, da fecundidade.
Thor - divindade da guerra

Freya divindade da fecundidade



Apesar de representarem apenas 5% da população total do Império Romano, em poucos anos os germanos ocuparam pontos nevrálgicos do Império. A cidade de Roma foi conquistada em 476 e o último imperador, Rômulo Augusto, deposto. Quebrava-se a unidade de política anterior. Surgiam vários reinos germânicos, ponto de partida dos futuros países europeus. Começava a Idade Média.
Fonte: História Geral - Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.

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