Nada é Definitivo!

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Taylorismo, Fordismo e Toyotismo.


Vamos falar um pouco sobre Capitalismo e a Revolução Industrial?
Para isso discutiremos um pouco do que foi o Taylorismo, Fordismo e Toyotismo.

Devemos lembrar que durante o século XX, houve mudanças no mundo capitalista. Como não poderia deixar de acontecer, as relações de trabalho também foram modificadas.
Algumas  mudanças observadas foram com relação a burguesia industrial, que  da mesma forma que se preocupava com o aumento da produtividade, foi o que ocorreu quando não poupou esforços para aprimorar as técnicas de produção, do outro lado, também viu a necessidade de melhorar o rendimento do trabalhador.
Foi nesse momento que identificamos a criação do primeiro modelo de administração do trabalho, ou seja, a concepção de produção conhecida como TAYLORISMO, desenvolvida pelo engenheiro norte-americano Frederik Winslow Taylor (1856-1915).

Frederik Winslow Taylor 

Pois bem, o Taylorismo dizia que era importante a fragmentação do trabalho industrial, ou seja, cada trabalhador passou a exercer uma atividade específica no sistema industrial. Para isso seria necessário oferecer aos  trabalhadores instruções sistemáticas e adequadas, consequentemente produziriam mais e com melhor qualidade. Não devemos esquecer que tempo é dinheiro.
Resultado, economia de mão-de-obra; elimina-se o desperdício de tempo; aumenta a produtividade ao trabalho.
Para Taylor a hierarquização no trabalho era a forma de evitar a desordem, vigiar a execução dos trabalhos por parte dos operários, pois quando a organização ficava por conta dos trabalhadores, não havia uma fiscalização e, portanto, ocorria o desperdício de tempo e matéria-prima. Assim, ele entendia a importância de separar o trabalho manual do trabalho intelectual.
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, Henry Ford (1863-1947), desenvolveu o FORDISMO, método de produção caracterizado pela produção em série.


Não encontro defeitos. Encontro soluções. Qualquer um sabe queixar-se".
Henry Ford



Vamos entender:
Em uma fábrica de veículos, as peças são colocadas em uma esteira. Os veículos passam de um trabalhador para outro para que cada um faça uma etapa do trabalho.
Os funcionários não precisam sair do seu local de trabalho, assim produzem mais em menos tempo. Como vimos tempo é dinheiro.
O trabalhador vira especialista em sua função, não havendo necessidade da utilização de mão-de-obra muito capacitada, portanto o empresário não precisa pagar tão bem o seu funcionário. Entenderam o raciocínio?
Logo percebemos que se para os empresários esse sistema era vantajoso, não podemos dizer o mesmo com relação aos trabalhadores, pois além do trabalho ser repetitivo, portanto, muito desgastante, ainda temos a alienação (lembra da ideia de Marx), uma vez que não tinham a visão geral sobre todas as etapas de produção. Não obstante, o sistema baseava-se no pagamento mínimo, uma vez que a qualificação profissional era baixa. Por que pagar grandes salários, afinal eles (trabalhadores) não sabem nem o que estão produzindo, quanto mais vão ter entendimento de quanta vai custar a mercadoria. (Pensamento do capitalista).
Mais adiante, surge no Japão uma nova estratégia, o TOYOTISMO.
Elaborado por Taiichi Ohno, a nova estratégia surgiu nas fábricas da montadora de automóvel Toyota, após a Segunda Guerra Mundial.

                                                                     Taiichi Ohno
O elemento básico era a flexibilização da produção, ou seja, produzia o necessário, reduzindo ao máximo os estoques, ou seja, se tem procura, tem produção.
Os japoneses investiram na duração e qualificação de sua mão-de-obra, incentivou o trabalhador a exercer várias funções dentro da fábrica. Agora o trabalhador tem que se qualificar.
Uma característica desse modelo é a Qualidade Total.
Outra vantagem observada é que o modelo consumia menos energia e matéria-prima. Lembramos que após a segunda guerra muitos países enfrentavam dificuldades financeiras.
Os resultados do Toyotismo todos nós conhecemos, as empresas japonesas conquistaram uma grande credibilidade no mercado internacional. Esse modelo investiu também no trabalhador.
Vocês podem notar que os japoneses conseguiram juntar o útil e o agradável.
Conclusão:
Seria  tão bom se todos lucrassem com o desenvolvimento e o progresso de uma empresa, os funcionários trabalhariam com mais dedicação, pois passam a ter a consciência que quanto mais se qualificarem, quanto mais se esforçarem, também terão parte nos lucros, porém sabemos que não é isso o que acontece em muitas empresas atualmente, muitos empresários só pensam na ganância do lucro e pouco se importam com o seu trabalhador, logo , este por sua vez, tem pouco interesse em atender o cliente de forma satisfatório, se torna um ciclo vicioso, mal funcionário é demitido, o cliente muitas vezes sai insatisfeito e muitas empresas, principalmente as nacionais não conseguem se estabelecer por muito tempo nesse mercado tão concorrido.
Como podemos verificar, durante essa pequena explanação sobre os três modelos acima citado, têm suas vantagens e desvantagens para os trabalhadores, mas o certo é que para os empresários foi a soma dos três modelos que serviram e servem até hoje para ampliar seus lucros e muitas vezes explorar seus trabalhadores.
"Não há e nem nunca houve essa coisa chamada sociedade, o que há e sempre haverá são indivíduos."  Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

E não é isso que prega o Capitalismo?

Dica de filme: Tempos Modernos

Professor David.

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