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terça-feira, 29 de julho de 2014

Segunda Guerra Mundial


Segunda Guerra Mundial
Texto elaborado por Leandro Carvalho - Mestre em História
A Segunda Guerra Mundial aconteceu em virtude da tentativa da efetivação dos regimes nazifascistas pelo mundo por seus principais líderes: Adolf Hitler e Benito Mussolini.

Adolf Hitler

Benito Mussolini


Sobre o início da Segunda Guerra Mundial, alguns pesquisadores apontam como umas das principais causas do conflito a imposição do Tratado de Versalhes (1919), principalmente sobre a Alemanha, e a Crise de 1929 que iniciou nos Estados Unidos, mas que se expandiu por toda a Europa.


O período que compreende o final da Primeira Guerra Mundial (1919) e início da Segunda Guerra (1939) ficou conhecido como período do “entre guerras”, no intervalo de tempo entre os dois maiores conflitos da humanidade é possível perceber uma rápida ascensão do Regime Nazista na Alemanha e Fascista na Itáliae a disseminação dessas ideologias entre a população europeia.

Os Estados Totalitários formados pela Alemanha e Itália iniciaram sua política de expansão territorial no ano de 1931, a Itália invadiu a região da Abissínia (Etiópia); a região da Manchúria (China) foi tomada pelo Japão. A Alemanha começou sua política expansionista dentro do próprio território europeu, incorporou a região do Sarre e ocupou militarmente a região da Renânia.

As pretensões imperialistas do nazi-fascismo, principalmente da Alemanha, eram agregar a região da Áustria e toda a região do leste europeu, ou os chamados Sudetos, que compreendiam as regiões que faziam fronteiras com a República Tcheca (Boêmia e Morávia). A Inglaterra e a França concederam aos alemães a ocupação destas regiões na conferência de Munique. Entretanto, ingleses e franceses asseguraram a proteção e a não invasão alemã de outros territórios no leste europeu (Polônia), ou seja, a Alemanha comprometia-se a não empreender uma nova expansão territorial sem o conhecimento franco-inglês. Dando continuação à política dos acordos, no ano de 1939, Hitler assinou com Stálin o pacto germano-soviético de não agressão e neutralidade entre Alemanha e União Soviética por dez anos.

Joseph Stalin - líder soviético

Outro fato que fortaleceu a aliança dos países do Eixo aconteceu entre 1936 e 1939, na Espanha. O golpe militar empreendido pelo general Franco, que ficou conhecido como A Guerra Civil Espanhola, dizimou milhões de pessoas. Os principais líderes nazifascistas, respectivamente Hitler e Mussolini, apoiaram o golpe do general Franco e enviaram armas recém-criadas pela indústria bélica alemã para serem testadas diretamente em vidas espanholas. O apoio nazifascista consolidou a aliança que ficou conhecida como Eixo Berlim-Roma.  

General Francisco Franco

Na década de 1930 do século XX, o Japão se despontava no continente asiático como uma grande potência imperialista, o país incorporou alguns territórios, principalmente a região da Manchúria, na China. Essa expansão territorial rapidamente levou o país a entrar em conflito com a União Soviética e alguns outros países imperialistas do ocidente. Desde então, o Japão iniciou uma aliança com a Alemanha e Itália, constituindo a aliança denominada Eixo Roma-Berlim-Tóquio. A principal política destes três países era o duro combate ao comunismo internacional que desencadeou o acordo chamadopacto anti-Komintern e a expansão territorial.  

Hideki Tojo - Comandante Japonês

A chamada Liga das Nações, órgão internacional que presava a paz mundial, nada fazia para barrar a expansão territorial alemã, italiana e japonesa. Em setembro de 1939, a Alemanha nazista invadiu a Polônia em retalhamento ao Tratado de Versalhes, que tinha incorporado o chamado ‘corredor polonês’ (território que tinha saída para o Mar) à Polônia, território que pertencia antes à Alemanha.

Até o ano de 1942, os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) empreenderam enormes vitórias na Europa, incorporaram vários territórios. No ano de 1941, Hitler rompeu o acordo feito com a União Soviética e invadiu o país em busca de minérios, cereais e petróleo; até o final do ano de 1941, os alemães realizaram duras baixas no exército soviético, fato que mudou significativamente no ano de 1942, quando os soviéticos fizeram os alemães saborear duras perdas.

Os países aliados (Inglaterra, França) passaram a ter o apoio da União Soviética e dos Estados Unidos da América. A União Soviética entrou na guerra a partir do momento em que Hitler rompeu com o pacto germano-soviético; os Estados Unidos já promoviam acordos de solidariedade com a Inglaterra, na chamada Carta do Atlântico, negociada pelo presidente Norte Americano Franklin Roosevelt e pelo primeiro-ministro inglês Winston Churchill. Após os ataques japoneses à base naval de Pearl Harbor, os Estados Unidos declararam guerra ao Japão.

Ataque a Pearl Harbor



A partir do ano de 1941, com a entrada da União Soviética e dos Estados Unidos, os aliados começaram a reverter a situação nem um pouco confortável em que se encontravam. A Batalha de Stalingrado ocorrida na Rússia foi uma das primeiras grandes baixas no exército alemão. A partir de então, formava-se a primeira frente de luta dos aliados que direcionavam a marcha para a tomada de Berlim.

Outra baixa nos países do Eixo foi a vitória dos Estados Unidos sobre a marinha japonesa em 1942, na Batalha de Midway. As forças inglesas e norte-americanas derrotaram no ano de 1943 as tropas do Eixo, no norte da África, na Batalha conhecida como El Alamein. Delineava, então, o fracasso do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial. O golpe final foi dado pelos soviéticos (Exército Vermelho), que tomaram e marcharam sobre Berlim no ano de 1945.

O nazista Hitler suicidou-se com um tiro de pistola e sua esposa Eva Braun envenenou-se; o líder fascista Mussolini e sua esposa foram fuzilados pela resistência italiana e seus corpos foram expostos em praça pública na cidade de Milão.

Hitler e Eva 

Mussolini e esposa - corpos expostos

Após a morte dos líderes nazifascistas, uma última batalha ainda aconteceu, o conflito entre Japão e Estados Unidos no Pacífico. 

Imagem da Bomba na hora da explosão

Os Estados Unidos dominaram as ilhas de Iwojima e Okinawa, a rendição japonesa foi logo consolidada. Em agosto de 1945, os Estados Unidos, com a vitória já consolidada, resolveram mostrar para o mundo o seu poder bélico e lançaram sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki duas bombas nucleares que as arrasaram, ceifando vidas de milhares de pessoas, decretando o fim da Segunda Guerra Mundial, mas iniciando uma nova etapa da história da humanidade, a chamada fase nuclear.

Fonte: brasilescola.com


Revolução Industrial


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


Revolução Industrial foi um processo de grandes transformações econômico - sociais que teve início principalmente na Inglaterra do século XVIII e se espalhou por diversos países até o século XX.
Consequências da Revolução Industrial
A expansão do comércio internacional dos séculos XVI e XVII trouxe um extraordinário aumento da riqueza, permitindo a acumulação de capital capaz de financiar o progresso técnico e o alto custo da instalação de indústrias.
A burguesia europeia, fortalecida com o desenvolvimento dos seus negócios, passou a investir na elaboração de projetos para aperfeiçoamento das técnicas de produção e na criação de máquinas para a indústria. Logo verificou-se que maior produtividade e maiores lucros para os empresários poderiam ser obtidos acrescentando-se o emprego de máquinas em larga escala.

O surgimento da mecanização operou significativas transformações em quase todos os setores da vida humana. Na estrutura socieconômica, fez-se a separação definitiva entre o capital representado pelos donos dos meios de produção, e o trabalho, representado pelos assalariados, eliminando-se a antiga organização corporativa da produção utilizada pelos artesãos.
Submetidos a remuneração, condições de trabalho e de vida sub-humanas, em oposição ao enriquecimento dos patrões, os trabalhadores associaram-se em organizações trabalhistas como as trade unions (sindicatos) fomentando ideias diante do novo quadro social da nova ordem industrial.


A Revolução Industrial estabeleceu a definitiva supremacia burguesa na ordem econômica ao mesmo tempo que acelerou o êxodo rural, o crescimento urbano e a formação da classe operária. Era o início de uma nova época, onde a política, a ideologia e a cultura gravitavam em dois polos: a burguesia industrial e o proletariado.
Desde então se estabeleciam as bases do progresso tecnológico e científico, visando a invenção e o constante aperfeiçoamento dos produtos e técnicas, para melhor desempenho industrial. Abriam-se as condições para o imperialismo colonialista e a luta de classes, formando as bases do mundo contemporâneo.
Revolução Industrial na Inglaterra
Foi na Inglaterra que tudo começou e por isso a Revolução Industrial Inglesa foi pioneira na Europa e no mundo.

A Inglaterra possuía boas reservas de carvão, que depois de minado era usado para mover toda a maquinaria a vapor usada na indústria, e existia capital suficiente para investir nas novas tecnologias que estavam surgindo nas fábricas.
Revolução Industrial no Brasil
Enquanto na Europa acontecia a Revolução Industrial, o Brasil, ainda colônia portuguesa, estava longe de uma revolução industrial.
industrialização no Brasil só começou verdadeiramente em 1930, já cem anos após a Revolução Industrial na Inglaterra.
A Primeira Revolução Industrial foi gerada pela Revolução Comercial, que ocorreu na Europa, entre os séculos XV e meados do século XVIII. A expansão do comércio internacional e o aumento da riqueza, permitiu o financiamento do progresso técnico e a instalação de indústrias.
Revolução Industrial na Inglaterra
A Primeira Revolução Industrial teve início na Inglaterra por volta de 1750, e logo alcançou a França, a Bélgica e posteriormente a Itália, a Alemanha, a Rússia, o Japão e os Estados Unidos. Por essa época, as atividades comerciais comandavam o ritmo da produção.
Na revolução industrial inglesa a principal manufatura era a tecelagem de lã. Mas foi na produção dos tecidos de algodão que começou o processo de mecanização, isto é, da passagem da manufatura para o sistema fabril. A matéria prima vinha das colônias (Índia e Estados Unidos). Cerca de 90% dos tecidos ingleses de algodão eram vendidos o exterior, o que teve papel determinante na arrancada industrial da Inglaterra.
A Mecanização
Diversos inventos revolucionaram as técnicas de produção e alteraram o sistema de poder econômico. A grande fonte de riqueza deslocou-se da atividade comercial para a industrial. Quem desenvolvesse a capacidade de produzir mercadorias passaria a ter a liderança econômica no mundo. E foi isso o que aconteceu com a Inglaterra, foi o primeiro pais a se industrializar utilizando a máquina na produção:
  • a máquina de fiar, que transforma em fios as fibras têxteis de algodão, seda e lã, para o fabrico de tecidos. Essa invenção revolucionou a técnica de produção, transformando a Inglaterra no maior produtor de fios para tecidos. Essa invenção substituiu a roca, um dos mais simples e antigos instrumentos de fiar.
  • o tear mecânico, inventado em 1785, em substituição ao tear manual, aumentou de forma considerável a produção de tecidos, colocando a Inglaterra na liderança mundial da época.
  • a máquina a vapor, cujo uso na indústria de tecido, nas usinas de carvão mineral, na industrialização do ferro, nas embarcações (navios a vapor), nas estradas de ferro (locomotiva a vapor), entre outras, representou uma revolução no transporte de passageiros e cargas.
Embarcações a vapor

A Inglaterra passou, assim, da manufatura para a maquinofatura. Produzia e vendia seus produtos industriais em todo o mundo, graças, entre outros fatores, à expansão do sistema colonial. Dessa forma, no século XVIII, o pais tornou-se a maior nação capitalizada do mundo, sendo Londres a capital financeira internacional.
A Segunda Revolução Industrial nasceu com o progresso científico e tecnológico ocorrido na Inglaterra, França e Estados Unidos, por volta da segunda metade do século XIX.
Entre 1850 e 1950, a busca por descobertas e invenções foi longa, o que representou maior conforto para o ser humano, e a dependência dos países que não realizaram a revolução científica e tecnológica ou industrial. O mundo todo passou a comprar, consumir e utilizar os produtos industrializados fabricados na Inglaterra, França, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Bélgica e Japão.
Inventos da Segunda Revolução Industrial
Entre as várias descobertas e invenções realizadas durante a Segunda Revolução Industrial estão:
  • novos processos de fabricação do aço, permitindo sua utilização na construção de pontes, máquinas, edifícios, trilhos, ferramentas etc;
  • desenvolvimento técnico de produção da energia elétrica;
  • invenção da lâmpada incandescente;
  • surgimento e avanço dos meios de transporte (ampliação das ferrovias seguida das invenções do automóvel e do avião;

Ampliação das ferrovias

  • invenção dos meios de comunicação (telégrafo, telefone, televisão e cinema);
  • avanço da química, com a descoberta de novas substâncias; a descoberta do múltiplo aproveitamento do petróleo e seus derivados como fonte de energia e lubrificantes; o surgimento dos plásticos; desenvolvimento de armamentos como o canhão e a metralhadora; a descoberta do poder explosivo da nitroglicerina etc;
  • na medicina surgiram os antibióticos, as vacinas, novos conhecimentos sobre as doenças e novas técnicas de cirurgia.
A lista de invenções e descobertas é enorme, o que representou maior conforto para o ser humano. Uma das principais consequências foi o crescimento das cidades. Em 1800, Londres chegou a 1 milhão de habitantes. A classe operária se concentrava nas cidades. As condições de trabalho eram precárias e colocavam em risco a saúde do trabalhador. Mulheres e crianças faziam parte do operariado. A jornada diária de trabalho durava 16 horas e os operários não tinham férias. Em 1830 surgiram os primeiros sindicatos que gradativamente conquistaram melhores condições para o trabalhador.
Crianças trabalhando em máquinas

A Terceira Revolução Industrial começou em meados do século XX, onde a eletrônica aparece como verdadeira modernização da indústria. Para alguns iniciou-se nos Estados Unidos e em alguns países europeus, quando a ciência descobriu a possibilidade de utilizar a energia nuclear, do átomo. Para outros, seu início foi por volta de 1970, com o descobrimento da robótica, empregada na linha de montagem de automóveis. Para outro grupo, iniciou-se a partir dos anos 1990, com o uso do computador pessoal e a internet.
As invenções e descobertas
Muitas invenções e descobertas no campo da ciência e tecnologia ocorreram de 1950 até nossos dias. Entre elas estão:
  • novas ligas metálicas que permitiram avanços na metalurgia e na construção de aeronaves;
  • progresso na eletrônica, permitindo o aparecimento da computação e automação no processo produtivo;
  • uso da energia atômica para fins pacíficos, como a produção de eletricidade (usinas termo nucleares), em equipamentos médicos entre outros;
  • desenvolvimento da biotecnologia e da engenharia genética;
  • conquista espacial, com a descida do homem na Lua, foguetes, estações espaciais, ônibus, satélites artificiais, sondas para estudo de planetas e satélites.
A Terceira Revolução Industrial ganhou destaque a partir dos avanços tecnológicos e científicos na indústria, mas também abrange progressos na agricultura, na pecuária, no comércio e na prestação de serviços. Enfim, todos os setores da economia se beneficiaram com as novas conquistas produzidas através de grandes investimentos empregados nos centros de pesquisas dos países desenvolvidos.

Fonte: todamatéria.com.br

O Renascimento e o Humanismo.

O RENASCIMENTO E O HUMANISMO
Texto elaborado por Alessandro Lyra Braga



Humanismo
O Humanismo foi uma ruptura taxativa com o teocentrismo medieval, ou seja, uma nova visão do Homem no Mundo, passando assim a prevalecer, dentre os intelectuais, a visão antropocêntrica, com o Homem como o centro das indagações e preocupações, onde se procurava entendê-lo como indivíduo.


O Humanismo também deve ser entendido como uma retomada dos valores da antiguidade clássica, greco-latina, valorizando as obras da Antiguidade Clássica. Os humanistas esforçaram-se em reencontrar e reunir as obras dos antigos pensadores, quase todas dispersas nos mosteiros e conventos, conservadas e copiadas por monges ao longo de toda a Idade Média. No entanto, não devemos acreditar que tenha sido o Humanismo um fenômeno intelectual que pregasse o retorno ao modo clássico de pensar, apenas usava este modo como ponto de partida para uma nova maneira de entender o mundo e o indivíduo, de glorificar o Homem. Assim, pela nova concepção de pensamento do Humanismo, o centro dos olhares intelectuais passava a ser o Homem, valorizando-se as ciências e as artes, e deixando mais de lado, mas sem abandonar, a religião e a Teologia Cristã, base doutrinária da Igreja Católica Apostólica Romana. Que, só por se considerar, se auto-nomear católica, a Igreja já se considerava universal (católica = universal).

www.infoescola.com - imagem


Como fenômeno, o Humanismo foi possível graças a uma série de importantes acontecimentos, como o aperfeiçoamento da imprensa, já que livros poderiam ser editados em maior número e seu acesso passou a ser mais fácil e barato. Também o contato mais freqüente com outros povos, possibilitado pelas grandes navegações, e até a miscigenação cultural, mesmo que contida, oriunda da queda de Constantinopla, quando intelectuais bizantinos imigraram, principalmente para a Itália, trazendo consigo toda uma gama de informações e materiais de alto valor erudito. Além disso, o Humanismo despertou toda uma nova forma de ensinar, influenciando ainda o desencadeamento e evolução do Renascimento. Também, como fator que contribuiu para a difusão do Humanismo, está o mecenato, prática comum entre burgueses ricos, príncipes e até Papas, que, no interesse em dar projeção às suas cortes, financiavam as atividades artísticas, humanísticas.

O Humanismo também provocou modificações nos métodos de ensino, pois valorizou o aprendizado de línguas clássicas, como o grego e o latim, possibilitando um novo estudo da Natureza e desenvolvendo a análise e a crítica na investigação científica, gerando uma renovação cultural, influindo diretamente no desencadeamento e na evolução do Renascimento.

Renascimento
Já o Renascimento, como fenômeno histórico, nada mais foi do que a própria expressão, personificação, do movimento humanista nas artes, letras, ciências, filosofia e até na música.
Durante praticamente toda a Idade Média, no que se refere às artes e saberes, a Europa também se encontrava atrelada à Igreja Católica Apostólica Romana. Desta forma, praticamente apenas arte que simbolizasse aspectos religiosos, a chamada arte sacra, era produzida.


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No entanto, com o desenvolvimento de toda uma burguesia, que pretendia se firmar como uma classe dominante ou bem próxima do poder, surgiu a figura dos mecenas, verdadeiros financiadores de obras colossais, tanto em tamanho, como em conteúdo artístico, que as financiava por uma questão de status, para mostrar o quanto de poder financeiro possuíam. Também isto passou a ser comum dentre aqueles monarcas absolutistas que queriam se perpetuar na História pelos grandes feitos. Alguns faziam até mesmo alusão às pirâmides do Egito, como imponência e prova de reconhecimento eterno.

O principal berço do Humanismo e do Renascimento foi a Itália, que também fora no passado o centro da Civilização Romana, que serviram em grande parte para influenciar os humanistas e os renascentistas, servindo para posteriormente espalhar o movimento renascentista por toda a Europa.

sinaisdahistóra.blogspot.com - imagem

Os renascentistas consideravam a Idade Média como um período de trevas, a “noite de mil anos”. No entanto, as bases do renascimento foram lançadas em plena Idade Média. Muitos consideram que o Humanismo e o Renascimento tenham sido a ruptura com os valores medievais, e não uma continuidade evolutiva. De fato, o Renascimento representou uma reação aos padrões culturais medievais. Conceitos como teocentrismo foram preteridos em favor do antropocentrismo, a razão contrapôs a fé, o paganismo (não ateísmo) se opôs à religiosidade.


Porém, não foi apenas no campo das artes que o Renascimento tantas mudanças proporcionou. No campo das Ciências (Renascimento Científico) as mudanças foram ímpares, sendo que muitos cientistas daquela época, principalmente aqueles que se dedicaram ao estudo da Física, ainda hoje são glorificados e laureados, como é o caso de Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Johann Kepler. No campo literário (Renascimento Literário), Luís de Camões, Nicolau Maquiavel, Dante Alighieri e William Shakespeare foram alguns dos grandes expoentes do Renascimento, certamente com grande destaque. No campo das artes plásticas (Renascimento Artístico), destacaram-se, entre outros, pintores como Rubens, El Greco e mesmo o grande mestre Michelangelo, autor das pinturas que decoram a Capela Sistina. No entanto, talvez o nome que mais personifique o espírito do Renascimento e sua base humanista seja a figura de Leonardo da Vinci que se destacou em praticamente todas as áreas do pensamento humano, sendo ainda hoje bastante contemporâneo.
A relação do movimento renascentista com a burguesia é percebida no interior das grandes cidades comerciais italianas do período. Gênova, Veneza, Milão, Florença e Roma eram grandes centros de comércio onde a intensa circulação de riquezas e idéias promoveram a ascensão da nova classe artística italiana e de um novo modo de perceber o mundo. O período renascentista, para seu melhor entendimento, pode ser dividido em três períodos: o Trecento (século XIV), o Quattrocento (século XV) e o Cinquecento (século XVI). Cada período abrangendo, respectivamente, uma parte do período que vai do século XIV ao XVI.

O Trecento, também chamado de pré-renascimento foi o período que representa a fase inicial de elaboração da nova cultura renascentista, quando terão início alguns dos princípios mais importantes da nova forma artística e de pensamento Humanista, embora ainda estejam presentes uma grande quantidade de aspectos medievais. Abrangia quase que exclusivamente aos artistas italianos, em especial os da cidade de Florença.

O Quattrocento é a época das grandes realizações do Renascimento, quando ocorreu o florescimento das cidades-estado italianas independentes, como Florença, Veneza e Milão. Neste período, Florença tem um papel de destaque na cultura italiana e européia, principalmente pela ascensão da família Médici, que terão controle sobre a cidade por mais de meio século, tornando-a o centro de irradiação do Renascimento clássico cenário das suas manifestações mais importantes.
É um período de grandes realizações, da consagração do Humanismo, quando o estudo da língua grega se torna possível na Universidade de Florença, por exemplo.
No Quattrocento, as classes dominantes florentinas, por exemplo, passa a patrocinar grandes artistas, sob a forma de mecenato, financiando algumas das mais importantes obras do Renascimento. Com o acúmulo de riquezas e as expansões econômicas advindas desse acúmulo, Florença passa a “exportar” artistas para outras regiões da Itália e da Europa, difundindo assim o renascimento a outras regiões. Nas artes plásticas, principalmente na pintura, o Quattrocento florentino redescobriu a técnica perdida de criar a ilusão de volume, aprimorando o uso da perspectiva linear, com os correspondes efeitos de luz.

Na fase final do Renascimento, chamado de Cinquecento, o movimento renascentista ganhou grandes proporções, dominando várias regiões do continente europeu. Neste momento, as cidades-estado italianas começam a enfrentar graves problemas econômicos, principalmente devido às grandes navegações portuguesas e espanholas, o que acaba por gerar problemas sociais, tirando da Itália o eixo dos principais acontecimentos, e passando a Inglaterra a ter uma grande expansão de seu poder na Europa, além da independência da Holanda, após uma longa guerra de libertação contra os espanhóis, tendo, mais tarde, importante papel no movimento da Reforma. Também é neste período que surgem os movimentos da Reforma e da Contra-Reforma. Os precursores e disseminadores da Reforma foram fortemente influenciados pelos humanistas e defendiam o retorno do homem às suas origens cristãs, mas com outra concepção de sua relação com Deus, assim, o homem poderia estar próximo de Deus, que não seria mais um deus punitivo e sim um deus benevolente.
Leonardo da Vinci


No aspecto artísticos, os grandes destaques para este período são Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael.

FONTE: www.debatesculturais.com.br


sexta-feira, 11 de julho de 2014

Você sabe o que é a Camada do Ozônio?

O que é a camada de ozônio?
Em volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície terrestre, o ozônio contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida. Mas, nas alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície), é um filtro a favor da vida. Sem ele, os raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta.
Na atmosfera, a presença da radiação ultravioleta desencadeia um processo natural que leva à contínua formação e fragmentação do ozônio, como na imagem abaixo:


O que está acontecendo com a camada de ozônio?
Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Desde então, têm se acumulado registros de que a camada está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Pólo Sul e, recentemente, do Pólo Norte.
Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. Tais substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa. A lista negra dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs.



Como os CFCs destroem a camada de ozônio?
Depois de liberados no ar, os CFCs (usados como propelentes em aerossóis, como isolantes em equipamentos de refrigeração e para produzir materiais plásticos) levam cerca de oito anos para chegar à estratosfera onde, atingidos pela radiação ultravioleta, se desintegram e liberam cloro. Por sua vez, o cloro reage com o ozônio que, conseqüentemente, é transformado em oxigênio (O2). O problema é que o oxigênio não é capaz de proteger o planeta dos raios ultravioleta. Uma única molécula de CFC pode destruir 100 mil moléculas de ozônio.
A quebra dos gases CFCs é danosa ao processo natural de formação do ozônio. Quando um desses gases (CFCl3) se fragmenta, um átomo de cloro é liberado e reage com o ozônio. O resultado é a formação de uma molécula de oxigênio e de uma molécula de monóxido de cloro. Mais tarde, depois de uma série de reações, um outro átomo de cloro será liberado e voltará a novamente desencadear a destruição do ozônio.

Quais os problemas causados pelos raios ultravioleta?
Apesar de a camada de ozônio absorver a maior parte da radiação ultravioleta, uma pequena porção atinge a superfície da Terra. É essa radiação que acaba provocando o câncer de pele, que mata milhares de pessoas por ano em todo o mundo. A radiação ultravioleta afeta também o sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças como herpes.
Os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultravioleta. Todos as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação podem diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. A vida marinha também está seriamente ameaçada, especialmente o plâncton (plantas e animais microscópicos) que vive na superfície do mar. Esses organismos minúsculos estão na base da cadeia alimentar marinha e absorvem mais da metade das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta.

O que é exatamente o buraco na camada de ozônio?
Uma série de fatores climáticos faz da estratosfera sobre a Antártida uma região especialmente suscetível à destruição do ozônio. Toda primavera, no Hemisfério Sul, aparece um buraco na camada de ozônio sobre o continente. Os cientistas observaram que o buraco vem crescendo e que seus efeitos têm se tornado mais evidentes. Médicos da região têm relatado uma ocorrência anormal de pessoas com alergias e problemas de pele e visão.

O Hemisfério Norte também é atingido: os Estados Unidos, a maior parte da Europa, o norte da China e o Japão já perderam 6% da proteção de ozônio. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) calcula que cada 1% de perda da camada de ozônio cause 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira, causados por catarata, em todo o mundo.

Fonte: www.wwf.org.br