Nada é Definitivo!

"Como o nome do Blog diz, não existe uma única verdade, portanto, sempre temos que investigar tudo o que nos dizem sobre a história, para que possamos chegar mais próximos de uma verdade. Este blog é apenas um dos vários caminhos que existem, sejam bem vindos."

sábado, 28 de setembro de 2013

Guerra de Trincheiras na Primeira Guerra Mundial.

Como foi a luta de trincheiras na Primeira Guerra Mundial?
por Roberto Navarro

Foi um verdadeiro atoleiro, onde os dois lados rivais no conflito passaram anos imobilizados sem conseguir avançar no território inimigo. Iniciada em 1914 por causa de disputas econômicas e geopolíticas, a Primeira Guerra Mundial opôs as Potências Centrais (Alemanha, Império Austro-Húngaro e Turquia) contra os Aliados (França, Inglaterra, Rússia e Estados Unidos). Ela durou até 1918, terminando com a vitória dos Aliados, após a morte de mais de 20 milhões de pessoas! Na Frente Ocidental, as trincheiras se tornaram o centro das operações militares.
Por causa delas, a Primeira Guerra viveu anos de impasse, pois nenhum dos lados tinha força suficiente para superar as linhas de defesa escavadas pelo inimigo. "Por mais de dois anos ambos os lados em combate avançaram menos de 15 quilômetros tanto numa como noutra direção", afirma o historiador americano John Guilmartin Jr., da Universidade de Ohio.
Os campos de batalha onde ficavam as trincheiras eram um lamaçal constante e um lugar extremamente perigoso. Estudos indicam que quase 35% de todas as baixas sofridas na Frente Ocidental foram de soldados mortos ou feridos quando estavam numa trincheira!
Neste infográfico, você confere como era a vida na trincheira. Depois, ao virar a página, verá o que acontecia durante os duros combates! :-)


Na maior fossa
No dia-a-dia dos soldados, faltava água e comida e sobravam ratos, lama e doenças
BURACO APERTADO
Uma trincheira típica tinha pouco mais de 2 m de profundidade e cerca de 1,80 m de largura. À frente e atrás, largas fileiras de sacos de areia, com quase 1 m de altura, aumentavam a proteção. Havia ainda um degrau de tiro, 0,5 m acima do chão. Ele era usado por sentinelas de vigia e na hora de atirar contra o inimigo
SEM DESCARGA
Os "banheiros" eram latrinas: buracos no chão com 1,5 m de profundidade. Quando estavam quase preenchidas, eram cobertas com terra e escavavam-se novos buracos - trabalho feito em geral por soldados que levavam alguma punição. Quando não dava tempo de chegar até a latrina, o jeito era mandar ver na cratera de bomba mais próxima...
TOCA "VIP"
A linha de frente para o inimigo não era a única trincheira. Havia outras linhas na retaguarda, interligadas por caminhos escavados na terra. Esses caminhos levavam também a abrigos usados como hospitais, postos de comando ou depósitos. Escorados por madeira, eram abrigos subterrâneos e não a céu aberto como as trincheiras


PÃO E ÁGUA
A maior parte da comida era enlatada. A ração diária do Exército inglês só dava direito a um pedaço de pão, alguns biscoitos, 200 g de legumes e 200 g de carne. Para reabastecer o cantil com água, muitos soldados recorriam a poças deixadas pela chuva... Para aliviar o sofrimento, suprimentos diários de rum, vinho ou conhaque eram oferecidos às tropas
ANDANDO NA PRANCHA
Boa parte das trincheiras foram feitas em regiões abaixo do nível do mar, onde qualquer buraco fazia jorrar água. A chuva constante piorava a situação, criando uma camada de água enlameada no chão das trincheiras. Para evitar esse barro todo, pranchas de madeira eram colocadas a alguns centímetros do solo
FOLGA BEM GOZADA
Nos períodos de calmaria, cada soldado ficava oito dias em trincheiras da linha de frente. Depois, passava quatro dias nas trincheiras da retaguarda, mais tranqüilas. Aí finalmente vinham quatro dias de folga, gozados em acampamentos militares a quilômetros do campo de batalha - muitas vezes com bordéis cheios de prostitutas na vizinhança
DE SACO CHEIO
Proteção barata e eficiente, os sacos de areia eram capazes de barrar os tiros inimigos. As balas dos fuzis da época só penetravam cerca de 40 cm neles. Eram tão úteis que cada soldado sempre carregava dois sacos vazios, que podia encher rapidamente para se proteger

VIDA INSANA
O terror da guerra e a quase insuportável vida nas trincheiras enlouquecia muitos soldados. Alguns feriam a si próprios para serem mandados de volta pra casa - fraude que, se descoberta, podia ser punida com fuzilamento! Os mais desesperados saíam da trincheira para ser mortos pelo inimigo
ATAQUE ANIMAL
Corpos em decomposição, enterrados em covas rasas perto das trincheiras, atraíam ratos, que proliferavam sem controle. Além de transmitir doenças, eles chegavam a roubar comida do bolso dos soldados e a roer o corpo dos feridos! Na total falta de higiene, piolhos disseminavam a febre das trincheiras, doença contraída por mais de 10% dos soldados
SILÊNCIO PERIGOSO
Na maior parte do tempo não havia ofensivas contra as trincheiras. Era uma guerra de espera, mas ainda assim muito perigosa. Atiradores passavam o dia de olho no vacilo de algum soldado que erguesse a cabeça pra fora do buraco. Especialistas em mineração tentavam fazer túneis até a linha inimiga para explodir as trincheiras por baixo!
ONDE ELAS FICAVAM
Conhecido como Frente Ocidental, o cenário onde as trincheiras ficaram famosas na Primeira Guerra estendia-se por cerca de mil quilômetros, indo do litoral do mar do Norte até a fronteira da Suíça. Por toda essa extensão ficavam, frente a frente, as linhas de trincheiras dos alemães e dos Aliados
No calor da batalha!Nos difíceis ataques às trincheiras inimigas, soldados usavam até lança-chamas
PROFISSÃO PERIGO
Durante as ofensivas, os soldados eram instruídos a não parar para atender colegas atingidos. Cada um levava um kit de emergência e deveria cuidar de si até a chegada dos padioleiros, que retiravam os feridos em macas. Por causa do fogo cruzado e da lama que atrapalhava o deslocamento, era um trabalho superarriscado
FOI MAL AÍ...
O "fogo amigo" provocou grandes baixas. Na confusão que rolava durante uma ofensiva, os soldados podiam ser atingidos por metralhadoras de suas próprias trincheiras. Calcula-se que, só no Exército britânico, cerca de 75 mil soldados tenham sido mortos pela própria artilharia
TERRITÓRIO SELVAGEM
Para conquistar uma trincheira inimiga era preciso atravessar a terra de ninguém, o espaço entre as duas linhas que se enfrentavam. A distância entre as linhas variava de 100 m a 1 km, num terreno enlameado e cheio de crateras de bombas. No ataque, os soldados corriam em ziguezague para tentar escapar dos tiros
CAMINHO LIVRE
No caminho até a trincheira inimiga, era preciso driblar rolos de arame farpado com até 2 m de altura - e debaixo de muitos tiros... Para destruir essas barreiras, soldados treinados levavam um bastão de 2 m que tinha explosivos na ponta. Eles introduziam o bastão no meio do arame e detonavam o explosivo, abrindo caminho para a tropa
TOCHA HUMANA
O lança-chamas foi usado pela primeira vez em combate na Primeira Guerra. Dois homens operavam o equipamento, lançando jatos com um alcance de 25 a 40 m. Seus operadores corriam grande perigo: um único tiro no tanque de combustível e eles iam pelos ares!
TRÂNSITO CAÓTICO
As batalhas provocavam um engarrafamento nas trincheiras de comunicação, que interligavam as linhas de frente e da retaguarda. Por elas chegavam tropas de reforço e partiam feridos, além de serem transportadas munições. Na confusão, neste apertado labirinto, vários soldados se perdiam pelo caminho

TÁTICA VENENOSA
Na Primeira Guerra, mais de 91 mil soldados foram mortos por gases venenosos e outras armas químicas. Esses produtos podiam ser lançados por projéteis da artilharia ou por granadas carregadas pelos soldados. Eram usadas substâncias como o gás de cloro, que provocava asfixia nas vítimas
BOMBANDO POR TRÁS
Os soldados que avançavam contra a linha inimiga tinham apoio da artilharia. As baterias de canhões ficavam na retaguarda - cerca de 10 km atrás das linhas de frente - e disparavam pouco antes da ofensiva da tropa. Como a comunicação era precária, nem sempre a sincronia era perfeita. Às vezes bombas caíam sobre a própria tropa...
MÁQUINA MORTÍFERA
A mais poderosa arma para barrar os ataques eram as casamatas com metralhadoras. Muito usadas pelos alemães, eram minifortalezas com paredes espessas e fendas por onde a metralhadora disparava. Produziam tantas baixas que seus ocupantes eram os soldados mais odiados: um metralhador capturado geralmente era executado no ato!
SOLDADO PESO PESADO
O equipamento pessoal e o armamento dos soldados, mais ou menos comum a todos os exércitos, pesava cerca de 30 kg. O peso do equipamento atrapalhava a movimentação e vários exércitos trataram de reduzi-lo no decorrer da guerra
POR DENTRO DO LANÇA-CHAMAS
1. Um lança-chamas tinha três cilindros: dois com líquido combustível (como óleo diesel) e um com um gás inflamável pressurizado. Quando a arma era acionada, o gás entrava nos cilindros com combustível, forçando-o a sair com grande pressão pelas mangueiras
2. No corpo da arma, havia um sistema de ignição: em geral, uma resistência elétrica, acionada por bateria. Ela aquecia o líquido combustível até ele pegar fogo e sair do lança-chamas na forma de um jato incendiário


Fonte: Revista Mundo Estranho.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte?

Conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte?

É uma combinação de fatores étnicos, políticos, econômicos, religiosos e sociais que surgiram ainda na Idade Média. A história começa no século XII, quando o monarca inglês Henrique II tentou anexar a ilha da Irlanda ao seu reinado. Os irlandeses resistiram até o século XVII, mas, a partir daí, milhares de britânicos passaram a se transferir para lá. "O processo foi organizado para atrair colonos da Inglaterra, da Escócia e do País de Gales através de generosas ofertas de terras, com o objetivo de transplantar toda uma sociedade para a Irlanda", diz o antropólogo John Darby, da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos.
Os recém-chegados eram, em sua maioria, protestantes - enquanto os irlandeses seguiam a religião católica. Assim, o mesmo território passou a ser ocupado por dois grupos hostis, um acreditando que suas terras haviam sido usurpadas e o outro temendo rebeliões. Entre as várias províncias da ilha, a de nome Ulster, ao norte, concentrou a maior parte dos imigrantes britânicos.
A partir do século XIX, essa região se industrializou e se urbanizou mais rápido, aumentando as diferenças econômicas em relação ao sul do país, ainda dependente da agricultura. Como as tensões continuavam, em 1920 o parlamento inglês criou duas regiões com autogoverno limitado na ilha: a de Ulster, ou Irlanda do Norte, com predomínio de protestantes, e a dos condados restantes, a Irlanda, com maioria católica.
Dois anos depois, a soberania da Irlanda aumentou, abrindo caminho para que a parte sul da ilha se tornasse um país totalmente independente da Inglaterra. Mas os católicos que viviam na Irlanda do Norte - hoje 40% da população - continuaram insatisfeitos. E foi lá que se acirraram os conflitos entre grupos armados dos dois lados, como o Exército Republicano Irlandês (o IRA, católico e pró-independência) e os movimentos unionistas (protestantes e pró-Inglaterra).
O mais famoso episódio desse histórico conflito ocorreu em 30 de janeiro de 1972, quando soldados britânicos mataram 14 católicos que faziam parte de uma manifestação na cidade de Derry, na Irlanda do Norte, incidente conhecido como Domingo Sangrento (o Sunday Bloody Sunday cantado pelo U2). Essa violência caiu a partir dos anos 90 - mas, até 2000, a lista de vítimas do conflito apresentava um total de mais de 3 600 mortos.

Fonte: Revista Mundo Estranho

DIFERENÇA ENTRE REINO UNIDO E GRÃ-BRETANHA.

DIFERENÇA ENTRE REINO UNIDO E GRÃ-BRETANHA.
INGLATERRA
É um país que tem como capital a cidade de Londres. Ao longo da história, a Inglaterra conseguiu se impor politicamente sobre alguns países vizinhos e passou a controlar um Estado batizado de Reino Unido (veja a seguir). No século 19, com a Inglaterra à frente, o Império Britânico se tornou um dos maiores da história, com uma extensão territorial equivalente a um quarto do planeta!
GRÃ-BRETANHA
É o nome da grande ilha onde ficam três países: Inglaterra, País de Gales e Escócia. Com quase 230 mil km2 de área, ela tem perto de 1000 km de comprimento de norte a sul e pouco menos de 500 km de leste a oeste. O termo "Grã-Bretanha" muitas vezes é usado como sinônimo de "Reino Unido" - o que não é inteiramente correto, pois um dos países que formam o Reino Unido não fica nessa ilha.
BRETANHA
O nome deriva da grande ilha onde fica a Inglaterra, mas, quando alguém menciona apenas "Bretanha", está se referindo não a um território inglês, mas a uma região na França. A província da Bretanha é a maior área costeira francesa e tem como capital a cidade de Rennes. Por volta do século 6, essa região foi invadida por habitantes da atual Grã-Bretanha, os bretões, dando origem ao nome em comum.
REINO UNIDO
É um Estado formado por quatro países: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. A chefe de Estado é a rainha Elizabeth II e o de governo um primeiro-ministro, eleito por um Parlamento central, em Londres. Nas grandes questões de governo, como política econômica, quem manda é esse Parlamento. Mas Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte também têm assembleias nacionais, com certa autonomia para tratar de questões mais locais, como saúde.
ILHAS BRITÂNICAS
É um arquipélago formado por cerca de 5 mil ilhas. As duas maiores são a Grã-Bretanha e a ilha da Irlanda - onde ficam dois países, a Irlanda do Norte (membro do Reino Unido) e a República da Irlanda, também chamada de Eire (um Estado independente). Além das duas "grandalhonas", fazem parte desse arquipélago milhares de ilhas menores, como as Órcades, Shetland, Hébridas, Man e ilhas do Canal (como Jersey).
Texto elaborado por Danilo Cezar Cabral
Fonte: Revista Mundo Estranho.
Outro texto sobre o tema para tirar outras dúvidas:

Reino Unido, Inglaterra e Grã-Bretanha

Apesar de frequentemente utilizadas como sinônimos, as expressões Reino Unido, Inglaterra e Grã-Bretanha possuem diferenças.

Bandeira da Inglaterra, que representa toda a Grã-Bretanha e todo o Reino Unido.

Diversas vezes, em jornais, programas televisivos e em livros didáticos, deparamo-nos com as expressões Reino Unido, Grã-Bretanha e Inglaterra e não temos a menor ideia da diferença entre elas. Em muitos casos, essas palavras são utilizadas como sinônimas, porém nem sempre isso é verdade. Veja o que significa cada expressão:
Grã-Bretanha: São duas ilhas da Europa que abrigam Inglaterra, Escócia e País de Gales. É uma união entre três países que são administrados por um mesmo governo e possui uma área de 244.820 km².
Reino Unido: É a Grã-Bretanha somada à Irlanda. É a totalidade do reino liderado pela Inglaterra e que tem a família real inglesa como chefe de estado e o primeiro-ministro inglês como líder de governo. A Irlanda ainda é governada pela Inglaterra, porém é encarada como um Estado independente, Eire.
Inglaterra: É o principal país do Reino Unido, tendo Londres como capital, local onde se encontram a família real e a sede administrativa do governo.
Portanto, a Inglaterra faz parte da Grã-Bretanha, que faz parte do Reino Unido.
Texto elaborado por Rodolfo Alves Pena - Graduado em Geografia
Fonte: www.brasilescola.com