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sexta-feira, 18 de abril de 2014

O imperialismo.


O imperialismo

No final do século XVIII e durante o século XIX, foram muitos os avanços técnicos e científicos, mas foram poucos os capitalistas que tiveram acesso a esse conjunto de inovações. A maior produtividade reduzia o preço de custo, tornando inviável a sobrevivência de pequenos e médios empresários industriais. A oferta de mercadorias se avolumava e a formação de um mercado mundial gerava uma guerra surda entre as nações tecnologicamente avançadas. Paralelamente à concorrência internacional, crescia a necessidade de matérias-primas, de mercados consumidores. Pressionados pelos grandes conglomerados industriais, os governos retomavam as práticas protecionistas. Mas a insuficiência do mercado interno e as barreiras da concorrência internacional não conferiam eficácia a essas atitudes. Era necessário tentar monopolizar novos mercados.

Partilha da África e da Ásia

Desde o início do século XIX, a Inglaterra, primeiro país a sentir as pressões da Revolução Industrial, conseguiu vincular a independência política da América Ibérica a seu domínio econômico. Tratava-se de um domínio indireto, mas não menos eficaz. Era o início do chamado imperialismo informal, que, logo outras nações da Europa também poriam em prática. Indireta sobre a América Latina, essa política ganhou contornos colonialistas sobre a Ásia e a África, onde se estabeleceu o imperialismo formal.


Na prática, a política imperialista e colonialista das potências industrializadas diferiu bastante daquela aplicada durante a Idade Moderna. Nesse primeiro período, buscavam-se metais preciosos e especiarias, agindo-se principalmente sobre a América, através da política mercantilista. No século XIX, o colonialismo é regido pelo capital industrial e financeiro, visando obter matérias-primas, mercados consumidores, alocar o excedente populacional das metrópoles, encontrar mão-de-obra barata, controlar pontos estratégicos e aplicar as sobras de capitais.




Diversas posturas tentaram justificar a ação do imperialismo formal: uma delas se revestia de um caráter evangelizador, outra, fundamentada na concepção de ciência (como sendo aquilo que se pode demonstrar), criou o mito da superioridade da civilização europeia. Esta última entendia o colonialismo do século XIX como uma difusão da civilização europeia ocidental, que arrancaria da barbárie os demais povos. Para seus seguidores, era uma atitude filantrópica, uma missão civilizadora. Todos os barbarismos, aviltamentos e violências cometidas pelos colonizadores europeus na Ásia e na África, sob o prisma da tarefa civilizatória, eram para os colonialistas “o fardo do homem branco”.
Fonte: História Geral de Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.

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