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segunda-feira, 21 de abril de 2014

A Segunda Guerra Mundial.


A Segunda Guerra Mundial

O mundo assistiu surpreso ao início do novo conflito. Poucos acreditavam que o expansionismo fascista fosse tão longe. Não que faltassem indícios, mas pelo caráter nitidamente anticomunista desses regimes, o capitalismo os entendera como baluartes contra a União Soviética e a depressão.

Mussolini e o fascismo na Itália.


A ineficácia da Liga das Nações, a política de apaziguamento franco-britânica e o isolacionismo dos Estados Unidos deram aos fascismos uma inesperada liberdade de ação. O ensaio maior que antecedeu o conflito se fizera com a participação ítalo-germânica na Guerra Civil Espanhola (1936-39). Ali se testaram os novos armamentos, cuja violência ficou imortalizada no magnífico painel de Picasso: Guernica.

Guerra Civil Espanhola.

Painel de Picasso - Guernica - Representação da Guerra Civil Espanhola


Apenas quando Hitler anunciou suas pretensões sobre a Polônia é que os ocidentais se deram contra do perigo que os fascismos representavam. Mas já era tarde. À ameaça de guerra anunciada pela França e Inglaterra, a Alemanha respondeu com o pacto de não agressão nazi-soviético. Hitler adiava seu confronto com a União Soviética, enquanto tentava dobrar as potências ocidentais.

Adolf Hitler (1889 - 1945)

A velocidade e dinâmica do conflito surpreendeu os regimes anti-fascistas. Os rápidos deslocamentos dos blindados, o apoio aéreo e fulminantes ações da infantaria substituíram as trincheiras. A linha Maginot, orgulho do exército francês, foi simplesmente contornada. A guerra de movimento, excetuado o front soviético, provocou proporcionalmente um número menor de baixas que o da Primeira Guerra. A superioridade aérea se mostrou imprescindível. No mar, a guerra submarina se consolidou. Particularmente no Pacífico, os grandes navios de combate começaram a ceder seu espaço para os porta-aviões.

Linha Maginot

Em 1941, com uma posição quase sólida no Ocidente, a Alemanha deu início à operação Barba Ruiva: a invasão da União Soviética. No mesmo ano, em dezembro, o ataque japonês a Pearl Harbor tirava os Estados Unidos de seu isolacionismo.

Ataque japonês em Pearl Harbor

A guerra ganhava estranhos contornos ideológicos: o capitalismo unia-se ativamente ao socialismo no combate aos fascismos. Mas a aliança era temporária. O ano de 1943 marcou o início do recuo dos regimes fascistas em todas as frentes da guerra. A partir daí, a vitória aliada era apenas uma questão de tempo. À medida que as tropas, passando por Roma, avançavam em direção a Berlim e, no Pacífico, já se avistava Tóquio, as questões da política internacional do pós-guerra já ocupavam um lugar mais importante que as batalhas.

Bomba de Hiroshima


A violência da guerra, coroada pelas explosões atômicas de Hiroshima e Nagasaki. Tornou o nacionalismo ideologicamente insuficiente para mobilizar os povos. Algo de mais concreto era exigido. O capitalismo, através do Estado do bem-estar, teve de redimensionar e melhorar sua política social. Um mundo diferente iria emergir da guerra, mas ainda não seria a “primavera dos povos”.
Fonte: História Geral de Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.

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