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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Ditadura Militar no Brasil.


A consolidação da República Militar no Brasil

Com poucas experiências democráticas, diversas vezes interrompidas por golpes civis e militares, a história da América Latina caracteriza-se por uma constantes instabilidade política. Uma onda de levantes autoritários varreu o continente a partir de 1953. As gritantes diferenças sociais entre ricos e pobres nesses países levaram vários líderes políticos a ensaiarem reformas nas estruturas socioeconômicas. Qualquer tentativa reformista, a curto prazo, sempre contrária aos interesses dominantes, era invariavelmente impedida, em geral com ajuda norte-americana.
Presidente Castelo Branco 

No Brasil, o golpe militar começou a ser planejado na Escola Superior de Guerra (ESG) a partir da década de 50. Criada em 1948, subordinada às Forças Armadas e intimamente ligada aos órgãos de defesa dos Estados Unidos, a ESG teve um papel decisivo na formação política e intelectual dos principais líderes militares brasileiros, insatisfeitos e inquietos com a democracia do período populista. De seu ponto de vista, a defesa interna do país articulava-se à defesa externa. Assim, do mesmo modo  que se deveriam eliminar da vida pública os representantes da esquerda política (os chamados inimigos internos), o Brasil deveria aliar-se aos países que combatiam o bloco soviético (os chamados inimigos externos). A democracia tinha de ser tutelada pelo poder militar.


Ditadura Militar.

Presidente Artur Costa e Silva.

Depois de uma série de cassações políticas que alteraram sua composição, o Congresso Nacional escolheu o General Castelo Branco para ocupar a Presidência da República. As eleições presidenciais, inicialmente marcadas para 1965, foram adiadas devido ao resultado conseguido pela oposição nos pleitos estaduais. Os antigos partidos foram então extintos, e em 1966 instituiu-se o bipartidarismo. Os cidadãos perderam o direito de eleger diretamente o presidente e os governadores. Os setores mais radicais do movimento de 64 ganhavam força, e, em 1967, o Congresso Nacional escolhia o General Artur Costa e Silva como sucessor de Castelo Branco. A chamada linha dura consolidava-se no poder.
Fonte: História do Brasil de Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff.



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