A Revolução Industrial
Por
volta de 1760, na Inglaterra, o capitalismo começava a completar a sua
formação. É a chamada Revolução Industrial, envolvendo, dentre outras, grandes
transformações sociais e tecnológicas. Assistiu-se a uma gradual extensão da utilização
de máquinas, à substituição da energia humana e animal pela força motriz, à
falência do sistema doméstico de produção diante do surgimento do sistema
fabril.
Emprego de mulheres e crianças nas indústrias
O
advento do maquinismo, encarecendo os meios de produção (ferramentas, máquinas,
instalações, etc.), consolidou a tendência a sua concentração nas mãos de uma
pequena parcela da sociedade. Por sua vez, os que se viram desprovidos dos
meios de produção foram forçados a vender sua capacidade de trabalho em troca
de um salário. É a definitiva separação entre capital e trabalho, entre
burguesia e proletariado.
As máquinas começam a fazer parte da revolução.
Iniciado
pela Inglaterra, primeiro país a se tornar industrializado, o processo de
revolução industrial não se deu de forma simultânea noutras partes. Países como
França, Alemanha e Itália ainda eram agrários em 1815. Outras partes
industrializaram-se tardiamente ou apenas sediaram algumas indústrias.
Charlie Chaplin em cena do filme Tempos Modernos.
Propagando-se
em épocas e ritmos diferentes, a Revolução Industrial também não correspondeu a
um processo único. É possível distinguir dois momentos: o primeiro, entre 1760
e 1850-70, em que prevaleceram o ferro e o carvão; o segundo entre 1850-70 e
1914, em que prevaleceram o aço e a eletricidade. O primeiro se caracterizaria
mais pelas invenções, enquanto o segundo, pelos avanços técnico-científicos
aplicados à indústria. Apesar de corresponderem a processos intimamente
ligados, as diferenças entre esses dois momentos levaram alguns autores a
mencionarem uma segunda revolução industrial.
Industrias automobilísticas.
As
inovações técnico-científicas da segunda etapa erradicaram os resquícios da
antiga ordem socioeconômica. As enormes somas necessárias para a implantação da
nova maquinaria viabilizaram a concentração do capital, além de possibilitarem
a expansão das indústrias para áreas do
mundo ainda subdesenvolvidas. Romperam-se as fronteiras nacionais; a
sociedade urbana e industrial foi impulsionada. O capital foi se tornando ainda
mais concentrado. Os negócios e as mercadorias começaram a derrotar as
distâncias e os oceanos.
Cecil Rhodes.
O mundo foi se tornando cada vez menor; logo, um
imperialista inglês, Cecil Rhodes, notando o escasseamento das áreas de
expansão, comentaria que “anexaria os planetas, se pudesse”.
Fonte: História Geral de Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.
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