Nada é Definitivo!

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sábado, 30 de junho de 2012

COMO FOI À ABDICAÇÃO DE D. PEDRO I


D. Pedro I estava muito prestigiado no Brasil nos momentos anteriores a independência e logo depois com à Proclamação da nossa Independência, em 1822. Tudo estava correndo bem, até que começaram a surgir desentendimentos entre brasileiros e portugueses e sua popularidade foi caindo.
O fato de D. Pedro I ser português, era um dos motivos dos brasileiros ficarem enciumados com suas atitudes. Não obstante, a onda nativista, que crescia num povo cujos sentimentos de nacionalidade acentuava-se, cada dia mais prejudicava a popularidade do Imperador.
Em determinada ocasião, no ano de 1831, o Imperador compareceu em um evento e o povo que estava presente, saudou-o com “Viva D. Pedro I, enquanto Constitucional”, por outro lado, outros gritavam o nome de seu filho, ainda criança, a quem chamavam de D. Pedro II, como se já fosse Imperador.
Um mês depois, impunham os brasileiros a D. Pedro I a mudança do Ministério que acabava de nomear, e a quem o povo apelidou de Ministério dos Marqueses, pois a maioria era marquês.
D. Pedro I respondeu que “tudo faria para o povo, nada, porém, pelo povo”. Foi o bastante para o povo ferver de ódio contra o Imperador;  assim também o exército, a quem  D. Pedro I sempre prestigiara, mesmo que isso, em parte, tivesse concorrido para diminuir sua popularidade.
No dia 6 de abril, foi enviado ao paço de São Cristóvão o Major Miguel de Frias, para saber da decisão do monarca. “Não quero que ninguém se sacrifique por minha causa”, foi a resposta de D. Pedro I, e mandou que as tropas aquarteladas em São Cristóvão fossem reunir-se às tropas revoltosas. Duas hora depois, sem ouvir o conselho de ninguém, dirigia-se ao Major de Frias, com um documento: “Aqui tem a minha abdicação; estimarei que sejam felizes. Retiro-me para a Europa e deixo um país que sempre amei e que amo ainda.”
O documento ainda dizia: “Usando do direito que a Constituição me confere, declaro que hei mui voluntariamente abdicado na pessoa de meu muito amado e prezado filho, o senhor Dom Pedro de Alcântara. Boa Vista, 7 de abril de 1831.” Nomeou José Bonifácio tutor de D. Pedro II e partiu para a Europa, deixando o país que havia criado e governado por dez anos.
Caros companheiros já pensaram se o Sarney resolver deixar o senado e passar o bastão para a família???

Conclusão:
É certo que D. Pedro I, também estava preocupado com o trono de Portugal, tendo em vista que seu irmão D. Miguel, teria usurpado o título monárquico de sua filha, D. Maria da Glória, portanto tinha grande interesse em retornar para seu país de origem para tentar reaver o trono de sua filha, mas por outro lado, sua atitude de abdicar e por consequência, aceitar a vontade do povo, fica na história como uma grande atitude que poderia seguir por nossos governantes atuais, que mesmo contra a vontade do povo, insistem em não largar o poder.
Vocês já imaginaram se houvesse a possibilidade de o povo, depois de analisar um determinado político em suas funções, principalmente aqueles envolvidos em escândalos, tivessem o poder de tirá-lo ou mantê-lo no poder, sem a necessidade dessas CPI’s que ocorrem por ai e acabam em pizza, como seria mais disciplinado os nossos parlamentares?
Infelizmente não é assim, e temos que esperar 4 as vezes 8 anos para tirá-los do poder.
Assim sendo ficar uma apelo aos nossos governantes:
Por que não tomam uma atitude igual a de D. Pedro.
Fica a sugestão para o senhor Demóstenes e companhia.

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