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sábado, 19 de abril de 2014

Oposição política e luta armada na ditadura militar no Brasil.


Oposição política e luta armada durante a Ditadura Militar.

As restrições políticas impostas pelo governo militar desencadearam uma imensa onda de protestos no país. Antigos aliados, descontentes com o endurecimento do regime, juntavam-se à oposição. O ex-governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda, inimigo histórico dos líderes trabalhistas e um dos principais articuladores do golpe de 64, rompia com o governo militar e coordenava uma Frente Ampla pela redemocratização, juntamente com o presidente deposto João Goulart e o ex-presidente Juscelino Kubitschek.

Carlos Lacerda
João Goulart



Grandes manifestações estudantis exigiam o fim da ditadura militar, tornando os confrontes com a polícia cada vez mais frequentes. O movimento operário ressurgia nas greves de Contagem e Osasco, ambas prontamente reprimidas. O governo não cedeu às pressões populares, intensificando ainda mais a repressão política.

Movimento operário.

No final de 1968, o Congresso Nacional é fechado, e novamente parlamentares e cidadãos têm seus direitos políticos cassados, a censura à imprensa é institucionalizada e intensifica-se a perseguição aos oposicionistas. A partir daí, a luta política seria profundamente alterada. Como em outros países do mundo, na mesma época, a juventude brasileira sonhava em tomar o poder. Muitos grupos de esquerda, compostos em sua maioria por estudantes, trocaram a resistência civil pela luta armada contra o regime. Guerrilhas urbanas e rurais foram organizadas com a expectativa de tentar derrubar o governo militar e estabelecer uma república socialista no Brasil. Sequestros foram realizados para libertar militantes aprisionados.


Um grande aparato repressivo, ligado ao poder executivo federal, foi montado para combater as forças de oposição. O Brasil vive a sua “guerra suja”: centenas de militantes de esquerda são torturados nas prisões e muitos passam a integrar as listas de “desaparecidos”. Devido à grande inferioridade militar, ao isolamento do restante da sociedade, às suas divisões frequentes e à eficácia dos órgãos repressores, a tentativa guerrilheira é derrotada.
Vitoriosos, os militares inundam o país com uma intensa guerra de propaganda. 


O tricampeonato mundial de futebol de 1970 ajuda na elaboração de slogans ufanistas: “Este é um país que vai para frente”, “Ninguém segura este país”, “Brasil: ame-o ou deixe-o”. Era o regime militar tentando tornar-se sinônimo da própria nação.
Fonte: História do Brasil de Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff.


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