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segunda-feira, 21 de abril de 2014

O período entre-guerras: economia e sociedade.


Período entre-guerras: economia e sociedade

Com inspiração nacionalista, o capitalismo procurou se recompor na década de 1920. A experiência socialista na União Soviética foi isolada pela economia mundial. Os mercados se recompuseram e a passagem da economia de guerra para a de paz, com as necessidades imediatistas da reconstrução, montou uma breve e aparente prosperidade. Renovou-se o sistema de crédito internacional. Os Estados Unidos, grandes vencedores econômicos da guerra, cederam fartos empréstimos, inclusive para a Alemanha derrotada. Mas os norte-americanos ainda produziam em ritmo de guerra. A produção logo superou a demanda, desestimulando novos investimentos no setor produtivo e incentivando a especulação. Enormes altas artificiais alimentaram sonhos que, na “quinta-feira negra” (24/10/1929), se transformaram num terrível pesadelo. A quebra da bolsa de Nova Iorque encerrou a euforia dos empréstimos e cobrou os débitos: a depressão americana se tornou internacional.


À margem do processo, os planos quinquenais soviéticos modelavam a primeira economia planificada do mundo. O capitalismo absorveu e transformou essa ideia na década de 1930: o New Deal norte-americano reintroduziu o Estado na economia. Nascia o capitalismo planificado ou neocapitalismo, Com investimentos em obras públicas, ampliação da burocracia, subsídios à agricultura, etc., o governo norte-americano absorveu o desemprego e reorganizou a economia.


Anteriores à Primeira Guerra Mundial, as preocupações do Estado com a segurança e o bem-estar social se ampliaram com a grande depressão. O elitismo censitário dos votos já havia sido substituído pelo sufrágio universal masculino. O importante papel desempenhado pela mão-de-obra feminina durante a guerra tornava inapelável a concessão do direito de voto também para as mulheres. Assim, a manutenção dos governos repousava agora na eficácia de sua ação social, no apoio da maioria da população.

Mulheres trabalhando durante a Primeira Guerra.


A dureza e a internacionalidade da crise acentuaram o papel do Estado, no sentido de reduzir seus efeitos sociais. O crescimento das reivindicações trabalhistas, das greves, a expansão do ideário socialista, a pauperizações da classe média ameaçavam trilhar o caminho das radicalizações. O desalento e a desilusão colocaram em xeque os valores da democracia liberal. Em países que dispunham de recursos, o Estado conseguiu empreender uma ação amenizadora, contornando a crise. Noutros, em que havia uma menor tradição democrática, a exemplo do que acontecera com a Itália na década de 1920, o temor à ascensão do socialismo conduziu ao poder a solução fascista. Logo o mundo saberia “por quem os sinos dobram”...
Fonte: História Geral de Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.

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