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terça-feira, 1 de abril de 2014

O fim do Estado Novo


O fim do Estado Novo

Até 1942, em plena Segunda Guerra Mundial, o governo Vargas manteve uma política externa ambígua, que procurava tirar proveito das tensões e diferenças de interesses entre as grandes potências. Essa indefinição fez com que Estados Unidos e Alemanha disputassem o apoio político brasileiro em troca de ajuda econômica e militar.

DIRETORIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA MARINHA
O presidente Getúlio Vargas conversa com soldados

A entrada oficial dos norte-americanos na guerra, o torpedeamento de navios brasileiros por submarinos alemães, as manifestações populares encabeçadas pela União Nacional do Estudantes (UNE) e os empréstimos norte-americanos para a construção da usina siderúrgica de Volta Redonda levaram, por fim, o governo a se posicionar. Declarando guerra às forças do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), o Brasil enviou tropas para a Itália em 1943.
A decisão trouxe consequências determinantes à política interna do país: na opinião pública um sentimento antifascista logo se definiria com antiditatorial.

Estudantes apoiam entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

Intelectuais, liberais, comunistas e dissidentes getulistas exigiam o fim do Estado Novo. Nesse quadro, o governo tentou manter o processo de liberalização, já irreversível, sob controle. Acabou por marcar eleições presidenciais e parlamentares, concedeu anistia aos presos políticos e permitiu a livre organização partidária.

A União Democrática Nacional (UDN) tornou-se a principal força oposicionista. O governo Vargas estimulou a criação de dois outros partidos, representantes de setores ligados ao Estado Novo – Partido Social Democrático (PSD) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Aproveitando-se de um incidente entre o presidente e o ministro do Exército, uma articulação conservadora depôs Getúlio Vargas, mantendo as eleições programadas e dando poderes constituintes ao parlamento eleito. Dois militares foram os principais candidatos à presidência: o General Eurico Gaspar Dutra e o Brigadeiro Eduardo Gomes.


A democracia populista surgia sob a batuta militar e o controle do PSD, que além da presidência obteve a maioria absoluta no Congresso Constituinte. Democracia relativa, que logo se mostraria também provisória: em 1947 o PCB era posto na ilegalidade, e seu eleitos cassados sob a alegação de servirem ao governo soviético. Se a Segunda Guerra ajudara a trazer a abertura política, a Guerra Fria imporia os limites do regime brasileiro.
Fonte: História do Brasil - Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff.

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