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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

União Ibérica.

A União Ibérica

O jovem rei de Portugal, D. Sebastião, morreu combatendo os árabes no norte da África. Sua derrota em Alcácer-Quibir, em 1578, levou ao trono português o velho Cardeal D. Henrique, que faleceu dois anos depois, também sem deixar descendentes. Abriu-se então uma intensa disputa pela Coroa lusitana, vencida afinal por Filipe II, rei da Espanha, da  família Habsburgo.

D. Sebastião em pintura atribuída a  Cristóvão de Morais.

Batalha de Alcácer-Quibir, 1578. in: Miscellanea (Miguel Leitão de Andrade, 1629)

Cardeal Dom Henrique Cardeal Rei

Felipe II



A nobreza e a burguesia portuguesas, atraídas pelas riquezas espanholas, apoiaram a nascente União Ibérica. A partir de  1580, toda a península estava ligada a uma só Coroa. Um imenso império, que envolvia todos os cinco continentes, passou a traduzir a nova dimensão do poderia ibérico.


No entanto, um ano após a união dinástica, já ocorria a primeira perda do império filipino. Parte dos Países Baixos, sob a liderança da Holanda, desligou-se de Madri, capital do império, proclamando a República das Províncias Unidas, uma perda que os espanhóis tentariam reverter, inutilmente, durante anos. Parceiros comerciais de Portugal, os holandeses financiavam e distribuíam grande parte do açúcar brasileiro. Mas a nova situação política em que ambos se encontravam trouxe mudanças nas relações entre esses dois Estados. A partir de 1624, ataques a possessões de Portugal, sobretudo em áreas canavieiras do Brasil e de obtenção de escravos na África, puseram frente a frente holandeses e portugueses. Por trinta anos, luso-brasileiros envolveram-se em lutas pela retomada de áreas ocupadas no Brasil e na África.

Por volta de 1620, a situação dos domínios filipinos começou efetivamente a se alterar: a prata americana já não era mais tão abundante; Estados europeus rivais continuavam a fustigar importantes possessões imperiais; e as sucessivas guerras enfraqueciam as finanças reais, gerando descontentamentos e revoltas internas. Para as classes dominantes portugueses já não era tão atraente a integração com a Espanha, pois sua riqueza diminuía e as revoltas das camadas populares aumentavam.


Os problemas econômicos tornaram-se, assim, a principal causa da Restauração, que iria desvincular novamente Portugal dos domínios espanhóis. Em 1640 era afinal aclamado um novo rei português, dando início a lutas que só terminariam em 1668.
Fonte: História do Brasil - Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff. 

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