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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A civilização helenística

A Civilização helenística
O próspero período clássico não levou ao surgimento de um espírito nacionalista e ao estabelecimento de uma unidade política entre as Cidades-Estados gregas. Pelo contrário, a prosperidade geral de alguma forma acentuou as disputas internas e permitiu que, em 338 a. C., toda a Grécia fosse submetida por Filipe da Macedônia.

Filipe da Macedônia


Seu filho e sucessor, Alexandre Magno, em poucos anos conquistou o vasto e poderoso Império Persa e parte da Índia, constituindo o maior império conhecido até então. Mas esse vasto território não sobreviveu unido à morte prematura do conquistador: seus generais dividiram o império em três reinos, que, enfraquecidos por lutas internas, foram submetidos por Roma nos séculos II e I a. C. Portanto, a obra política de Alexandre foi efêmera, mas a fusão de elementos gregos e orientais propiciada por suas conquistas deu origem a um mundo novo, a civilização helenística.

Alexandre Magno

Mapa mostra os domínios conquistados pelo Império Macedônio


No plano econômico, ela significou uma expansão das atividades mercantis e artesanais, facilitadas pela unidade política criada por Alexandre naqueles extensos territórios. Assim, desenvolveu-se uma economia internacional, com cada região se especializando em determinadas atividades e havendo intensa troca de mercadorias entre elas. Prenunciava-se a vida econômica do Império Romano. Se até o final do século III a. C. a Grécia beneficiou-se com as conquistas alexandrinas que abriram grandes mercados aos seus produtos e proporcionaram grandes pilhagens aos seus soldados, depois desse período ela passou a segundo plano. O eixo econômico deslocou-se para as regiões orientais, donas de recursos naturais e de população bem maiores.


Farol de Alexandria

Colosso de Rodes

No plano cultural, a fusão entre o dinamismo dos gregos e o tradicionalismo dos povos orientais egípcios, mesopotâmicos e persas produziu resultados importantes. Nas artes predominaram a suntuosidade oriental, em obras como o Farol de Alexandria e o Colosso de Rodes, e o equilíbrio grego, em obras como a Vênus de Milo. A filosofia grega, influenciada por certo fatalismo da visão de mundo dos orientais, levou a correntes de pensamento mais adequadas àquele momento: o estoicismo, que pregava a aceitação do destino, o ceticismo, que negava a possibilidade de se chegar à verdade, o cinismo, que defendia o desprezo à convenções sociais. Nas ciências, os conhecimentos teóricos dos gregos e o pragmatismo dos orientais permitiram o despontar de grandes nomes, como Euclides na Geometria, Arquimedes na Física, Aristarco de Samos na Astronomia.
Fonte: História Geral - Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.


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