Nada é Definitivo!

"Como o nome do Blog diz, não existe uma única verdade, portanto, sempre temos que investigar tudo o que nos dizem sobre a história, para que possamos chegar mais próximos de uma verdade. Este blog é apenas um dos vários caminhos que existem, sejam bem vindos."

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A Igreja e a Ditadura.

Em 1964 existiam três tendências no clero brasileiro. A primeira, mais conservadora, era formada pela alta hierarquia da Igreja: bispos e padres favoráveis ao golpe militar e às forças sociais dominantes.
A segunda, reformista, seguia as orientações do papa João XXIII e do concílio Vaticano II, que procurou atualizar a Igreja e torná-la mais participante na vida do povo. Seu principal representante no Brasil, dom Hélder Câmara, difundiu Comunidades Eclesiais de Base nas favelas e na periferia das grandes cidades.

Dom Hélder Câmara

A terceira tendência, por fim, era eminentemente revolucionária e identificada pelo militares como "comunista". Formada por leigos, padres, freiras, alguns estrangeiros, sugeria que, se fosse preciso, era justo usar a violência para combater a miséria.
Durante os anos de ditadura no Brasil, os setores mais progressistas da Igreja participaram ativamente das manifestações estudantis e operárias, apoiando os camponeses em torno da questão da terra e lutando contra a tortura aos presos políticos.
Fonte: 1968-1974: A Guerra Silenciosa - Silvia Szterling - Editora ática.

Nenhum comentário:

Postar um comentário