Nada é Definitivo!

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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Novas Linhas de Rumo - lutas entre capitalismo e socialismo.


Novas linhas de rumo – lutas entre capitalismo e socialismo.

O término da Segunda Grande Guerra não trouxe a paz. A bipolarização que a ela se seguiu encerrou definitivamente o eurocentrismo, passando as rédeas para as mãos dos Estados Unidos e da União Soviética através da Guerra Fria. Em Berlim, na Coréia e em Cuba, o mundo se aproximou perigosamente do conflito nuclear. O capitalismo caçou bruxas e o socialismo levou o inverno às primaveras do Leste europeu. A Europa ocidental não se submetia facilmente aos desejos de Washington; Moscou se atritava com Pequim. Existiam outras trilhas que não eram as americanas ou soviéticas: os países não alinhados ganhavam terreno. A verdade retomou sua ambiguidade e dialética.

EUA  X  URSS


A igualdade destrutiva dos blocos força um triunfo da razão: é melhor coexistir pacificamente. O capitalismo faz reformas sociais e o socialismo começa a se abrir. O Vietnã e o Afeganistão agradecem o interesse, mas dispensam opiniões externas. Os países do Leste europeu retomam seus caminhos. Todavia, há quem ache melhor manter a liberdade na gaiola dourada da Paz Celestial. O mundo percebe que os inimigos não eram tão irreconciliáveis. Moscou superlota lanchonetes e Washington teme que o saquê supere o uísque. O medo do retrocesso é neutralizado pela população nas ruas de Moscou sob a bandeira da Rússia. O Leste se aproxima do Oeste. O medieval São Bernardo já preconizava: “a perfeição está na unidade”.

Para tanto também é necessário unir o Norte ao Sul. A grandeza de alguns não pode ser paga com o subdesenvolvimento de muitos. A descolonização desvenda miséria, aviltamente cultural, apartheid, conflitos religiosos, raciais, fronteiriços. Tal é a herança do Terceiro Mundo deixada pela missão civilizadora do homem branco... Mas a liberdade, mesmo que apenas política em muitos casos, vai chegando por meio de revoluções, acordos, desobediência civil, não-violência... Intervenções ainda ocorrem. Concedem-se territórios a alguns povos desabrigando outros. A desigualdade tratamento acentua radicalismos, intolerâncias.


A desculpa da segurança ainda se mostra um bom pretexto para anexar territórios, mas apenas para alguns. O desespero de outros chega ao terrorismo, tirando a razão de quem, porventura, a tivesse. As potências cuidam para que os conflitos se mantenham locais e convencionais, mesmo que à custa de armas “inteligentes”. Muitas revoluções ainda são religiosas: a fé continua catalisando descontentamentos. Cecil Rhodes desejava anexar os planetas; a corrida espacial parece consegui-lo. No entanto, parece que nem isso basta para alguns.

Cecil John Rhodes  foi um colonizador e homem de negócios britânico.


Mas a chance ainda é do ser humano. O ano de 1990 mostrou que um muro não pode efetivamente separar os homens.

A Queda do Muro de Berlim.

Chinês parando tanques.

 A imagem de um solitário chinês paralisando uma coluna de blindados mostra ao mundo que não existe o melhor, quando imposto: é preferível o pior, desde que por opção. O ditado imprime a palavra, mas não impede a interpretação. Errar não é apenas humano, mas um direito humano...
Fonte: História Geral de Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.

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