Nada é Definitivo!

"Como o nome do Blog diz, não existe uma única verdade, portanto, sempre temos que investigar tudo o que nos dizem sobre a história, para que possamos chegar mais próximos de uma verdade. Este blog é apenas um dos vários caminhos que existem, sejam bem vindos."

quinta-feira, 29 de maio de 2014

NEOCOLONIALISMO


O que é Neocolonialismo?
Processo de dominação política e econômica das potências capitalistas sobre determinada nação.
Um bom exemplo foi o que ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial.

Segue alguns textos sobre o tema:
O Neocolonialismo
Durante o século XIX, principalmente em sua segunda metade, desenvolveu-se um processo de conquistas sobre a África e Ásia, denominado Neocolonialismo. Praticamente todo o continente africano foi conquistado, exceção à Etiópia e a Libéria, pelas potências europeias. Os territórios dominados por Portugal e Espanha eram os mais antigos.

O Neocolonialismo foi a principal expressão do imperialismo, forma assumida pelo capitalismo a partir da Segunda Revolução Industrial. O domínio das potências europeias não foi apenas econômico, mas completo, ou seja, militar, político e social, impondo à força um novo modelo de organização do trabalho, que pudesse garantir, principalmente, a extração de minérios, para as industrias da Europa. `A violência militar e a exploração do trabalho, somam-se as imposições sociais, incluindo a disseminação do cristianismo entre os povos nativos, num processo de aculturação e na maioria dos casos, de destribalização.

Do ponto de vista ideológico, o neocolonialismo foi justificado por uma teoria racista, que julgava que os povos asiáticos e, principalmente africanos, não poderiam, sozinhos, atingir o progresso e o desenvolvimento, cabendo ao europeu levar-lhes essa possibilidade.
Essas características, que compõem o quadro de exploração afro-asiático, refletiam a nova ordem da economia a partir do século XIX, quando a burguesia tornou-se hegemônica em alguns países. Essa classe proprietária, possuía o poder econômico, passou a servir de modelo social e, por último, conquistou o poder político. A hegemonia burguesa e a rápida industrialização deu origem aos grandes conglomerados empresariais e ao capitalismo monopolista, que passou a buscar mercados monopolizados.
A Partilha Afro-asiática foi um processo desigual, tendo a Inglaterra formado um verdadeiro Império Colonial, ao passo que, Alemanha e Itália (que se unificaram tardiamente) ficaram com um número menor de territórios, fato que é considerado uma das causas para a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
Um dos processos mais destacados durante o avanço do imperialismo foi a abertura dos mercados chineses, primeiro através da Guerra do Ópio (1839-42), que terminou com a derrota da China, que foi forçada a aceitar o Tratado de Nanquim, pelo qual os chineses se comprometiam a abrir cinco portos ao comércio inglês, destacando-se Xangai e Cantão, e além disso cediam o de Hong Kong. Na década de 50, uma intervenção franco-britânica obrigou o governo chinês a fazer novas concessões. Pelo Tratado de Pequim (1860) abriram-se 11 outros portos no país e foram ampliadas as vantagens aos comerciantes estrangeiros.
O Domínio econômico estrangeiro e a fraqueza do Império, fez surgir no país, diversos movimentos de cunho nacionalista, que atingiu o auge em 1900, quando os representantes estrangeiros em Pequim foram perseguidos e, em resposta, houve a intervenção militar conjunta da Inglaterra, França, EUA, Rússia, Alemanha e Japão.
Fonte – historianet.com.br

Outro texto sobre o assunto:
Neocolonialismo
Entre os séculos XVI e XVII, os interesses econômicos europeus estavam direcionados essencialmente para a América, em busca de mercados fornecedores de produtos tropicais e metais preciosos. 
Portugal e Espanha assumiram a liderança no colonialismo, orientados pela política econômica mercantilista e sustentada pelo monopólio do pacto colonial. No entanto, a industrialização europeia nos séculos XVIII e XIX obrigou as metrópoles a buscarem novos mercados consumidores, diante da produção em grande escala, substituindo o exclusivismo comercial pela política econômica liberal. 

A Difusão da Indústria 
No início do século XIX, a industrialização que havia se iniciado na Inglaterra começou a expandir-se para outras regiões. 
A Bélgica iniciou sua industrialização precocemente graças aos investimentos ingleses e à abundância de carvão e ferra na região. 
Na França, a estrutura do Antigo Regime dificultava o desenvolvimento industrial. Com a revolução de 1789, a burguesia capitalista assumiu o poder, mas foi a partir de 1830, no governo de Luís Felipe, que a revolução industrial francesa tomou corpo, desenvolvendo-se efetivamente com Napoleão III durante o Segundo Império. Entretanto, a ausência de carvão e a perda de ricas jazidas de ferro da Alsácia-Lorena para a Alemanha dificultaram o processo. 
A Alemanha e a Itália encontraram condições favoráveis para o desenvolvimento de seu parque industrial somente a partir da unificação política, concretizada em 1870. 
Fora da Europa, os Estados Unidos foi o único país da América que encontrou condições de industrializar-se, graças à descoberta de ouro na Califórnia, à Guerra de Secessão e ao investimento de capitais ingleses. No final do século XIX, a produção industrial norte-americana já superava a Inglaterra e a Alemanha. Além disso, o expansionismo dos Estados Unidos chegou ao Japão, cuja modernização provocada pela Revolução Meiji (Era das Luzes), em 1868, assimilou a tecnologia norte-americana, partindo daí para um programa sistemático de industrialização. 

Os Monopólios e as Invenções Tecnológicas 
A industrialização inglesa, no século XVIII, provocou a formação de grandes empresas que passaram a monopolizar a produção, substituindo o capitalismo concorrencial. A partir de 1860, iniciou-se uma segunda etapa da Revolução Industrial. Nessa nova fase, o aço substituiu o ferro como material industrial básico, o vapor deu lugar à eletricidade, e o petróleo passou a ser utilizado como força motriz em lugar do carvão. Destacou-se, também, a introdução de uma maquinaria automática, o crescimento da produção, a extrema divisão do trabalho e uma verdadeira revolução nos meios de transporte e comunicação. 
Nesse momento, o capitalismo industrial foi sobrepujado pelo capitalismo financeiro, originando a concentração de empresas e enormes complexos industriais. Com isso, surgiram grandes conglomerados econômicos, como os trustes, cartéis e holdings. 
O crescimento desenfreado da indústria gerou um grande excedente de produção, que entrou em choque com o desemprego provocado pela larga utilização de máquinas no processo industrial. As grandes potências, visando manter o ritmo de desenvolvimento, necessitavam de mercados. Surgiu, assim, uma expansão imperialista que atingiu principalmente a África e a Ásia, que se tornaram palco de disputas e rivalidades na divisão do mercado mundial. 

A Corrida Colonialista 
A razão básica da colonização era econômica. A Europa tinha vários países passando pela Revolução Industrial, que necessitavam de matérias-primas essenciais para a industrialização, tais como carvão, ferro e petróleo; produtos alimentícios, normalmente carentes na Europa; mercados consumidores para os excedentes industriais; e locais para o investimento de capitais disponíveis na Europa, principalmente na construção de estradas de ferro e exploração de minas. Em termos sociais, a colonização era uma válvula de escape para a pressão demográfica. No plano político, o motivo essencial era a preocupação dos Estados europeus em aumentar seus contingentes militares.

O Processo da Partilha Colonial 
Em 1830, a França deu o primeiro passo na conquista da África. Seus exércitos iniciaram a conquista da Argélia, processo que somente foi completado em 1857. Leopoldo II, da Bélgica, deu novo impulso ao colonialismo, em 1876, reunindo, em Bruxelas, um congresso de presidentes com o objetivo de, segundo ele, difundir a civilização ocidental. 
Os países europeus lançaram-se rapidamente à aventura africana. A França conquistou a Argélia, Tunísia, África Equatorial, Costa da Somália, Madagascar; os ingleses anexaram a Rodésia, União Sul Africana, Nigéria, Costa do Ouro, e Serra Leoa; a Alemanha, que entrou tardiamente na corrida colonial, adquiriu apenas Camerum, África Sudoeste e África Oriental; a Itália anexou o litoral da Líbia, Eritréia e Somália. 
Os antigos países colonizadores da Europa, Portugal e Espanha, ficaram com porções reduzidas: a Espanha, com o Marrocos Espanhol, Rio do Ouro e Guiné Espanhola; Portugal, com Moçambique, Angola e Guiné Portuguesa. 
A Conferência de Berlim, convocada por Bismarck, primeiro-ministro da Alemanha, foi o marco mais importante na corrida colonialista. Sua finalidade primeira foi legalizar a propriedade pessoal do rei Leopoldo II, da Bélgica, sobre o Estado Livre do Congo e estabelecer as regras da partilha da África entre as principais potências imperialistas. 
A corrida colonial africana produziu inúmeros atritos entre os países colonialistas, constituindo-se mesmo num dos fatores básicos do desequilíbrio europeu, responsável pela eclosão da Primeira Guerra Mundial. 

A Penetração Europeia na Ásia 
A Ásia mantivera-se isolada até o século XIX. Apenas alguns portos estavam abertos aos comerciantes ocidentais que aí recebiam os produtos orientais para comercialização no Ocidente, permanecendo, assim, quase que imune às influências ocidentais. 
Essa situação modificou-se radicalmente, no transcorrer do século XIX. Os países ocidentais passaram do simples comércio portuário para a política de zonas de influência, promovendo uma verdadeira partilha. A Rússia era o país mais interessado na expansão territorial da Ásia, devido à proximidade com seu território. 
Os ingleses haviam tomado a Índia dos franceses em 1763, ficando uma companhia inglesa encarregada da exploração. Em 1858, com a revolta dos cipaios (nativos que serviam nos exércitos coloniais) prontamente reprimida, a Índia passou a integrar o Império Britânico. 
Na China, a Guerra do Ópio, motivada pela destruição de carregamentos de ópio pertencentes a súditos ingleses, pelos chineses, permitiu a conquista de Hong-Kong, Xangai, Nanquim. A reação contra a invasão da China partiu de uma sociedade secreta conhecida como boxers, que promoviam atentados contra os estrangeiros residentes na China. As nações europeias organizaram uma expedição conjunta para punir a sociedade e o governo chinês que a apoiava, surgindo daí a Guerra dos Boxers, que completou a dominação da China pelas potências europeias. 
Por outro lado, os japoneses ocuparam a Coréia, e os alemães, a península Chantung, enquanto a França dominava a Indochina. 

A Administração Colonial
Na área de dominação francesa, foram dois os tipos básicos de colonização: colônias e protetorados (situação de um Estado posto sob a autoridade de outro). As colônias ficavam sob direta supervisão do Ministério das Colônias, sendo governadas localmente por um governador geral, responsável pela atividade local. Os protetorados, por sua vez, mantinham elevado grau de autonomia. Praticamente todas as decisões eram tomadas por elementos indígenas, com a supervisão de um representante da metrópole. 
Entre as colônias inglesas, a variedade era muito grande: as colônias da Coroa, que dependiam diretamente da metrópole; as colônias com certo grau de autonomia, com um parlamento eleito localmente; e os domínios, que eram praticamente independentes. 
A forma de organização administrativa nas demais colônias, pertencentes aos outros países europeus, não variava muito em relação aos dois tipos apresentados, isto é, colônias propriamente ditas e dependências semi-autônomas. 

A Exploração Colonial
De uma maneira geral, os países colonialistas da Europa procederam de maneira empírica (sem caráter científico, baseando-se na experiência) na organização do sistema de exploração colonial. 
Os ingleses se constituíram em exceção, porque possuíam um imenso império colonial que lhes permitia uma variedade extraordinária de recursos materiais e humanos. A política livre-cambista, adotada na Inglaterra após 1850, estendeu-se às colônias, uniformizando as relações econômicas. 
A França, por sua vez, adotou uma política tarifária variante. Dependia da colônia e dos tipos de produtos que produzia e consumia. 
A exploração econômica das terras foi concedida a particulares, uma vez que somente as grandes companhias capitalistas tinham condições de empreender a exploração, que necessitava de uma vultosa soma de capitais.
Fonte: historia do mundo.com.br


Nenhum comentário:

Postar um comentário