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quarta-feira, 21 de maio de 2014

A Guerra Fria.


O Mundo bipolarizado - A luta entre URSS e EUA

Com a rendição do Japão em agosto de 1945, encerravam-se as operações militares da Segunda Guerra Mundial. Porém, uma dúvida pairava no ar: a guerra havia mesmo acabado? Estranhamente, as tropas não se desmobilizavam e as indústrias bélicas não reduziam suas atividades. Internacionalmente, apesar da criação da ONU (1945), assentava-se um clima de insegurança e instabilidade. O capitalismo e o socialismo, aliados da véspera contra os fascismos, retomavam seu confronto. Voluntariamente ou não, o mundo se bipolarizava ao redor dos Estados Unidos e da União Soviética. Conflito ideológico, militar, político, a Guerra Fria se instalava.
Primeira reunião do Conselho de Segurança da ONU, em 17 de janeiro de 1946, em Londres, Inglaterra.


EUA  X   URSS

Detendo até 1949 o monopólio nuclear, os Estados Unidos tomam a dianteira. A Doutrina Truman assegurava o auxílio norte-americano aos países que sofressem ameaças socialistas; o Plano Marshall reconstruía a Europa ocidental. O terror mundial aumentava diante das réplicas soviéticas: desce a Cortina de Ferro a partir da Tcheco-Eslováquia; o Cominform queria coordenar o socialismo internacional; o Comecon propunha a integração econômica do bloco vinculado a Moscou.

O bloqueio de Berlim, a vitória de Mao Tsé-tung na China e a ascensão soviética à condição de potência nuclear, em 1949, aumentavam a tensão. Os Estados Unidos organizam, então, a OTAN; e a União Soviética responde com o Pacto de Varsóvia (1955). Tratava-se de uma batalha entre surdos e mudos: não havia declaração formal de hostilidades, que se efetivavam na prática.
No dia 4 de abril de 1949, foi assinado o acordo que criava a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Pacto de Varsóvia
O Pacto de Varsóvia foi assinado em 14 de maio de 1955, tornando real a divisão que já havia no mundo desde a Segunda Guerra Mundial

Por sorte, o confronto não foi cego: a ameaça de um embate nuclear levou Estados Unidos e União Soviética a se enfrentarem através de terceiros. Palmo a palmo, foram disputados os pontos estratégicos. A Guerra da Coréia trouxe a imagem do apocalipse, mas o incêndio foi controlado a tempo. Seu maior saldo foi detectar a existência de um perigoso equilíbrio entre os blocos.


A instalação do “telefone vermelho” ligando Washington a Moscou rompeu o silêncio dos mudos, mas o som era ainda pouco audível. Moscou abateu um avião U-2 norte-americano sobre sue território; o Oriente Médio e o Vietnã assistiram à crescente escalada norte-americana. Na América Central, São Domingos não teve a mesma sorte que Cuba contra os norte-americanos. Por seu turno, a Hungria e a Tcheco-Eslováquia sentiram o peso dos tanques soviéticos. Na África e na Ásia começava o refluxo das metrópoles. Símbolo da divisão do mundo, o muro da vergonha em Berlim ainda não podia ser pichado em um de seus lados. Adiava-se o apocalipse; “os vivos ainda enterrariam seus mortos”.
Fonte: História Geral de Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.

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