Nada é Definitivo!

"Como o nome do Blog diz, não existe uma única verdade, portanto, sempre temos que investigar tudo o que nos dizem sobre a história, para que possamos chegar mais próximos de uma verdade. Este blog é apenas um dos vários caminhos que existem, sejam bem vindos."

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A abertura política no Brasil.


A abertura política no início dos anos 80

Ainda sob as rédeas curtas do governo militar, o processo de abertura política foi pouco a pouco se consolidando. Em 1980, novos partidos puderam ser formados, expressando mais claramente os interesses atuantes na sociedade brasileira. Mantendo o papel de partido oficial do governo, o Partido Democrático Social (PDS) viria a substituir a Arena. O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) tentaria manter em suas fileiras a maior parte da oposição. Os trabalhistas do período anterior a 1964 acabariam divididos entre o Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Leonel Brizola e o PTB de Ivete Vargas.
Saem de cena ARENA e MDB e entram PDS e PMDB

Leonel Brizola


Reunindo parte da esquerda estudantil dos anos 60 e 70 e novos líderes sindicais, sobretudo do ABC paulista, surgia o Partido dos Trabalhadores (PT). Mesmo perdendo muitos militantes para os novos partidos, o PMDB conseguiria vencer as eleições diretas para governadores de 1982 nos principais estados. O PDS governamental manteria o controle político apenas no Nordeste e nos estados do extremo sul. O PDT obteria uma importante vitória no Rio de Janeiro, com a eleição de Leonel Brizola. Por outro lado, no Congresso Nacional, o PDS conseguiria manter a maioria parlamentar, contado inclusive com o apoio do recém-recriado PTB.

Surgia no ABC paulista o PT


O principal objetivo a curto prazo das oposições passou a ser eleger diretamente o sucessor do General Figueiredo na Presidência da República. O movimento “Diretas Já” começou reunindo alguns milhares de pessoas em poucas cidades do Brasil. Ganhando a simpatia da maior parte da população do país, assumiu proporções gigantescas. Em 1984, milhões de pessoas saíram às ruas, na maior mobilização popular da história brasileira. Mesmo assim, o governo militar manteve a eleição através do Colégio Eleitoral.



Na votação de uma emenda à Constituição, a maior parte dos deputados do PDS posicionou-se contra a alteração que restituiria as eleições diretas para presidente. Sem conseguir aprová-la, o PMDB aliou-se a uma ala dissidente do partido governamental, resolvido a concorrer às eleições indiretas, com o governador licenciado de Minas Gerais, Tancredo Neves (PMDB), como candidato à presidência, e o senador pelo Maranhão, José Sarney (ex-PDS, então PMDB), como candidato à vice-presidência. O PDS concorreria e seria derrotado com a chapa dos deputados federais Paulo Maluf e Flávio Marcílio. O Brasil tinha finalmente um presidente civil, mais uma vez um presidente não eleito pelo voto direto.
Fonte: História do Brasil de Flavio de Campos e Miriam Dolhnikoff.

Nenhum comentário:

Postar um comentário