Nada é Definitivo!

"Como o nome do Blog diz, não existe uma única verdade, portanto, sempre temos que investigar tudo o que nos dizem sobre a história, para que possamos chegar mais próximos de uma verdade. Este blog é apenas um dos vários caminhos que existem, sejam bem vindos."

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Calendários

Existem diferentes formas de contar o tempo pelo mundo
Um exemplo disso é verificar alguns calendários que existiram e outras que ainda são utilizados por outros povos.
Se sua pesquisa necessita de outros calendários, sugiro seguir o site http://www.quediaehoje.net lá você encontrará um número maior de calendários.


O Calendário Maia

O calendário maia é um dos mais complexos e precisos que se tem conhecimento, intercalando calendários solares e siderais.
21 de dezembro de 2012 seria o dia do fim do mundo? A resposta positiva a esta pergunta é baseada no que o calendário dos maias, povos que viviam na região da América Central antes da chegada dos espanhóis, indicam nos ciclos que eles criaram para a contagem do tempo. O calendário maia é um dos mais complexos que se tem conhecimento e um dos mais precisos.
Para exemplo de comparação, nosso calendário, o gregoriano, tem uma defasagem anual de seis horas entre a contagem dos dias e o movimento de revolução da Terra em torno do Sol, necessitando de um dia a mais a cada quatro anos (bissexto) para corrigir a defasagem, correção que não é necessária no calendário maia. Vamos ver mais detalhadamente cada um dos ciclos desse fascinante calendário.
A data de 21 de dezembro de 2012 seria o fim do Longo Ciclo Maia, um calendário que tinha como contagem os dias corridos; o dia era chamado de kin. Vinte kins formavam um uinal; 18 uinals, um tun; 20 tuns, um katun; 20 katuns formavam um baktun; e 13 baktuns formavam o Longo Ciclo, composto de 1.872.000 dias! O atual Longo Ciclo, pelo qual estaríamos passando, iniciou-se no ano de 3.114 a.C. e terminará em 21 de dezembro de 2012, no solstício de inverno, no Hemisfério Norte; ou no de verão, no Hemisfério Sul. Segundo alguns estudiosos dos maias, esta data representaria o fim da civilização e a recriação do mundo, iniciando um novo Longo Ciclo.
Mas além deste Longo Ciclo, os maias se orientavam na contagem da passagem do tempo por mais dois calendários. Um baseado no movimento da Terra ao redor do Sol (calendário solar), cujo ano, o haab, continha 365 dias, divididos em 18uinals, meses de 20 dias cada, e com mais cinco dias epagômenos (dias adicionais), considerados como dias de má sorte. Os uinals eram nomeados, entretanto, não havia uniformidade na nomeação de cada um deles e nem na utilização deste calendário pelas várias comunidades maias, o que poderia fazer com que o início de cada um dos ciclos caísse em dias diferentes para cada uma delas.
Havia ainda outro calendário, este religioso e que se baseava no movimento realizado pelo planeta Vênus, sendo assim um calendário sideral (que se utiliza de astros para a contagem do tempo, que não o sol ou a lua). Neste calendário, chamado de tzolkin, o ano durava 260 dias e era dividido em 13 períodos de 20 dias cada. Se no calendário anterior os uinals se referiam aos nossos meses, notzolkin, eles estabeleciam relações com nossas semanas, e cada dia do uinalneste calendário tinha um nome.
Os maias utilizavam os calendários de forma complementar, indicando os dias em cada um dos calendários, o que levava eles a localizarem um dia em “anos” diferentes, no haab solar e no tzolkin sideral. Os anos de cada calendário não concordavam e as denominações dos dias demoravam a se repetir, o que acontecia apenas a cada 52 anos. Por este motivo, os maias não viam necessidade de marcar seus “anos”, tanto nos haabs quanto nos tzolkin. Era uma forma extremamente complexa para se localizar no tempo, mas bem exata, já que se adequava aos movimentos dos astros celestes.
Entretanto, eles criaram a “roda do tempo”, um mecanismo que conjugava as indicações dos dois calendários em dois círculos (engrenagens), o que possibilitava a indicação exata dos dias em ambos os calendários.
Por Tales Pinto
Graduado em História

Calendários Romanos

Em diversas sociedades, a necessidade da mensuração do tempo motivou a construção de calendários. Nesta perspectiva, os calendários assumem o formato de “regrador” e orientador da vida, estabelecendo aos membros da sociedade uma função para os dias e anos. Sendo assim, além de objetos científicos, eles passam a ganhar também um caráter cultural, ligado inclusive a crenças e religiosidade.
Os mais primitivos calendários do velho continente são o hebreu e o egípcio. Ambos tinham um ano civil de 360 dias. Por volta do ano 5000 a.C. e depois de muitas reformas, os egípcios estabeleceram um ano civil invariável de 365 dias. O atraso de aproximadas 6 horas por ano em relação ao ano trópico fez com que as estações egípcias fossem atrasando lentamente.
O CALENDÁRIO ROMANO PRIMITIVO
Na tradição Romana, a origem da construção dos calendários civis se confunde com as origens da cidade de Roma (753 a.C.),  sendo atribuída a Rômulo, fundador lendário de Roma, a introdução do primeiro calendário romano.
No Calendário Romano Primitivo, o ano tinha 304 dias distribuídos por 10 meses. Os quatro primeiros tinham nomes próprios dedicados aos deuses da mitologia romana, sendo os restantes designados por números ordinais (ver Tabela 1). Tratava-se de um calendário sem nenhuma base astronômica, pois os períodos que nele eram definidos não possuíam quaisquer relações com movimentos do Sol ou da Lua.

O CALENDÁRIO DE NUMA POMPÍLIO
Numa Pompílio, o segundo Rei de Roma (715-673 a.C.), instituiu um calendário com base astronômica solar, composto de 355 dias distribuídos por 12 meses. Por considerar meses com dias pares “azarados”, diminuiu um dia a cada um dos seis meses de 30 dias. A estes 6 dias juntou mais 50, formando dois novos meses, Januarius e Februarius. Este último, ter 28 dias (número par), foi dedicado a Februa, deus da purificação dos mortos, a quem os romanos ofereciam sacrifícios para pagar pelas faltas cometidas durante todo o ano. Por este motivo, passou a ser o último mês (ver Tabela 2).

O CALENDÁRIO JULIANO
Os romanos cada vez mais sentiam a necessidade de coordenar o seu ano lunar com o ciclo das estações e estabeleceram um sistema solar-lunar rudimentar, introduzindo no seu calendário, de dois em dois anos, um novo mês, Mercedonius, cuja duração era de 22 ou 23 dias. Dessa forma, existia um ano de 377 dias e outro de 378 entre dois anos com 355 dias. Ao analisarmos a média a cada 4 anos, vemos que ela é de 366,25 dias, 1 dia a mais que o ano trópico. Entretanto, as intercalações de Mercedonius passaram a ser feitas de acordo com interesses políticos – os Pontífices alongavam ou encurtavam o ano conforme as suas simpatias com que estava no poder. A desordem foi tanta que chegou ao ponto de o começo do ano estar adiantado cerca de 3 meses em relação ao ciclo das estações.
Julio Cesar, ao chegar ao poder em Roma, estava decidido a acabar com o problema, chamando o astrônomo grego Sosígenes para que examinasse a situação. que concluiu que o Calendário Romano estava 67 dias adiantado em relação ao ciclo das estações. Júlio César, então, ordenou que aquele ano (46 a.C.), além do Mercedonius, existiriam mais 2 meses – um de 33 e outro de 34 dias – resultando em um ano civil de 445 dias, o maior de todos os tempos. Ficou conhecido como o Ano da Confusão.
Depois disso, foi adotado o calendário solar, conhecido por Juliano, que começou a vigorar no ano 45 a.C., mediante um sistema que devia desenrolar-se por ciclos de quatro anos, com três comuns de 365 dias e um bissexto de 366 dias, a fim de compensar as quase seis horas que havia de diferença para o ano trópico. Suprimiu-se o Mercedonius e Februarius passou a ser o segundo mês do ano. Como homenagem, o mês Quintilis passou a se chamar Julius (ver Tabela 3)

O CALENDÁRIO DE AUGUSTO CÉSAR
No ano 730 de Roma, o Senado romano decretou que Sextilis, passasse a chamar-se Augustus, pois durante este mês o imperador César Augusto pôs fim à guerra civil que desolava o povo romano. E para que o mês dedicado a César Augusto não tivesse menos dias que o dedicado a Júlio César, Augustus passou a ter 31 dias. Este dia “saiu” do mês de Februarius, que ficou com 28 dias nos anos comuns e 29 nos bissextos. Também para que não houvesse tantos meses seguidos com 31 dias, reduziram-se para 30 dias os meses de September e November, passando a ter 31 dias os de October e December. Assim se chegou a uma distribuição, sem lógica, dos dias pelos meses, que ainda hoje perdura, e que se transcreve com os nomes atuais em língua portuguesa.
Referências:
[1] Borges, A. S. Tempo e Poder: A Ordenação do Tempo no Calendário Romano Republicano. Trabalho de Conclusão de Curso de História, UFRJ, 2007.
[2] Marques, M. N. Origem e Evolução do Nosso Calendário. Observatório Astronômico de Lisboa, 2006.
[3] Stalliviere, I. C. Calendários Romanos. Museu de Topografia Prof. Laureano Ibrahim Chaffe, UFRGS, 2009.

Calendário Cristão

Papa Gregório XIII

O ponto de partida da era Cristã foi a escolha do ano zero para o nascimento de Jesus. Isto foi fixado no século VI, por um monge armênio, chamado Denis, o Pequeno.
Denis reteve como primeiro ano da era cristã (ano 1, portanto) o ano 754 da era romana e colocou o dia primeiro do ano no dia 25 de março, dia da concepção pela Virgem Maria de Cristo. Porém ele cometeu um erro de cálculo, pois o Rei Herodes já estava morto em 754, e portanto historiadores e teólogos cristãos consideram a data provável do nascimento entre o ano 8 e 4, sendo mais plausíveis os anos entre 7 e 6 antes da nossa era e portanto sete ou seis anos antes do zero convencional.
Em 1565 d.C., Carlos IX fixa de novo o começo do ano em primeiro de janeiro. Dezessete anos mais tarde, o Papa Gregório XIII confirma esta decisão quando da reforma do calendário juliano. 
O calendário gregoriano dividia o ano em trezentos e sessenta e cinco dia e um quarto, em dozes meses de tamanhos desiguais e em cinqüenta e duas semanas além do recurso aos anos bissextos.
A reforma deste papa aconteceu quando o equinócio coincidia com o dia 11 de março de 1582 depois de Cristo. Suprimiu dez dias, organizou os bissextos quando as duas primeiras cifras são divisíveis por quatro. De acordo com esta norma o ano de 1600 e 2000 são bissextos enquanto que os anos de 1700, 1800 e 1900 foram normais. Começou a ser usado nos países ditos católicos, mas as nações protestantes não o aceitaram imediatamente. A Alemanha só o assumiu em 1700 d.C., a Inglaterra em 1751 d.C., a Bulgária em 1917, a Rússia em 1918, a Romênia em 1919 e a Grécia só em 1923.

Calendário Cristão

É o próprio calendário gregoriano, com a inclusão de festas religiosas móveis, definidas a partir da Páscoa. Os períodos e acontecimentos anteriores passam a ser datados com a sigla a.C. (antes de Cristo) e contados de trás para a frente.
O Calendário Cristão é hoje o calendário quase universal, pelo menos como paradigma nas relações internacionais.
Fonte: www.quediaehoje.net

Calendário Chinês
O calendário surgiu com o terceiro herói cultural, Huang-ti, o Senhor Amarelo ou Senhor Augusto.
Foi introduzido em 2.637 a.C., baseado nas fases da lua e, posteriormente, no ano lunissolar de 12 meses.
Cada mês pode ter 29 ou 30 dias e o ano tem 354 ou 355 dias. Comporta dois ciclos: um de 12 anos (354 ou 355 dias, ou 12 meses lunares) e um de sete anos (com anos de 383 ou 384 dias, ou 13 meses). 
Os chineses inserem meses adicionais em intervalos fixos para resolver a diferença entre o ano solar (365 dias) e o ano lunar (354 dias).
O ano novo começa sempre em uma lua nova, entre 21 de janeiro e 20 de fevereiro.
Calendário Chinês


Calendário Chinês
O calendário chinês é o mais antigo registro cronológico que há na história dos povos. E com o calendário, onde cada ano recebe o nome de um dos 12 animais: galo, cão, porco, rato, búfalo, tigre, gato, dragão, serpente, cavalo, cobra e macaco, surgiu o horóscopo chinês, os 12 signos animais ou subdivisões do mundo (que formam o Astral Chinês).
Os anos do Dragão repetem-se a cada 12 anos. O ano do Dragão Dourado ocorre uma vez a cada 3000 anos (ocorreu no nosso ano 2000) e é suposto trazer a harmonia completa dos cinco elementos da filosofia chinesa (metal, madeira, água, fogo e terra), o que se refletiria em um sentimento de felicidade para todos.

Fonte: www.quediaehoje.net

 

Calendário Islâmico

1. História e Motivação

O calendário islâmico, que se baseia no ciclo lunar, foi introduzido pela primeira vez no ano 638 d.C pelo companheiro próximo do Profeta e segundo califa, 'Umar ibn al-Khattab (592-644 d.C). Ele tomou essa decisão, numa tentativa de racionalizar os vários sistemas de datas usados naquela época. 'Umar consultou seus conselheiros sobre a data de início da nova cronologia muçulmana e finalmente foi acordado que o acontecimento de referência mais adequado para o calendário islâmico era a Hégira. Para a data do início verdadeiro do calendário foi escolhido (com base no ano lunar, contando-se para trás) o primeiro dia do primeiro mês (1° de Muharram) do ano da Hégira. O calendário islâmico (Hégira) (com datas que caem dentro da era muçulmana) é normalmente abreviado pela letra H., tirado das línguas ocidentais derivadas do latim, Anno Hegirae. Portanto, 1° Muharram, do ano 1, corresponde ao dia 16 de julho do ano de 622 da era cristã.
A Hégira, que narra a migração do Profeta Mohammad (saw) de Meca para Medina, em setembro de 622 d.C., é o acontecimento histórico central dos primórdios do Islam e que teve como consequência o estabelecimento da primeira cidade-estado muçulmana, um ponto decisivo na história mundial e islâmica. Para os muçulmanos o calendário com base na Hégira não é só um sistema afetivo de contagem de tempo e de datas de acontecimentos religiosos importantes (por exemplo, o jejum e a peregrinação a Meca). Tem uma importância histórica e religiosa muito mais profunda.
Mohammad Ilyes (Ilyes 84) menciona Nadvi, que escreveu:
"(O advento do século 15) é, na verdade, uma ocasião ímpar para se meditar que a Era Islâmica não teve início com base em vitórias das guerras islâmicas, nem com o nascimento ou a morte do Profeta (saw), ou com a própria Revelação. Ela começa com a Hégira, ou o sacrifício pela causa da Verdade e pela preservação da Revelação. Foi uma escolha inspirada divinamente. Deus quis ensinar ao homem que a luta entre a Verdade e o Mal é eterna. O ano islâmico lembra aos muçulmanos, anualmente, não as honrarias ou as glórias do Islam e sim o seu sacrifício, preparando-os para fazer o mesmo."
De um ponto de vista histórico, Ilyes cita Samiullah que escreve:
"Todos os eventos da história islâmica, principalmente aqueles que aconteceram durante a vida do Santo Profeta e posteriores, são mencionados com base no calendário da Hégira. Mas nossos cálculos no calendário gregoriano nos afasta daqueles acontecimentos que estavam repletos de lições educativas e instruções orientadoras.
... E este estudo cronológico só é possível com a adoção do calendário com base na Hégira para indicar o ano e o mês lunar de acordo com nossas mais estimadas tradições."

2. Especificação e Método

O ano islâmico (Hégira) consiste de 12 meses (lunares). São eles:
(1) MuHarram 
(2) Safar 
(3) Raby` al-awal 
(4) Raby` al-THaany 
(5) Jumaada al-awal 
(6) Jumaada al-THaany 
(7) Rajab 
(8) SHa`baan 
(9) RamaDHaan 
(10) SHawwal 
(11) Thw al-Qi`dah 
(12) Thw al-Hijjah
As datas mais importantes do ano islâmico (Hégira) são: 1° de Muharram (ano novo islâmico); 27 de Rajab (Isra e Miraj); 1° de Ramadhan (primeiro dia do jejum); 17 de Ramadhan (Nuzul al-Qur'an); os últimos dez dias do mês de Ramadhan, que inclui o Laylatu al-Qadar; 1° de Shawwal (Eid ul-Fitr); 8-10 deTw al-Hijjah (a peregrinação a Meca); e 10 de Tw al-Hijjah (Eid al-Adha).
É considerado um mandamento divino usar o calendário (Hégira) com os 12 meses lunares sem intercalação (Ilyes 84), conforme se depreende dos versículos alcorânicos a seguir:
"Perguntar-te-ão sobre os novilúnios. Dize-lhes: Servem para auxiliar o homem no cômputo do tempo e no conhecimento da época da peregrinação." (Alcorão 2:189)
"Para Deus, o número dos meses é de doze, como reza o Livro Divino, desde o dia em que Ele criou os céus e a terra. Quatro deles são sagrados; tal é o cômputo exato. Durante estes meses não vos condeneis, e combatei unanimemente os idólatras." (Alcorão 9:36)
"A transposição do mês sagrado é um excesso de incredulidade, com que são desviados,ainda mais,. os incrédulos; permitem-no num ano e o proíbem noutro, para fazerem concordar o número de meses feitos sagrados por Deus, de maneira a tornarem lícito o que Deus vedou. Suas más ações os iludiram. Sabei que Deus não guia os incrédulos." (Alcorão 9:37)
Considerando que o calendário islâmico é lunar, quando comparado com o ano solar ou luni-solar, ele é mais curto do que o ano gregoriano em cerca de 11 dias e os meses do ano islâmico não têm qualquer ligação com as estações, que estão relacionadas com o ciclo solar. Por isto, as festividades muçulmanas que sempre caem no mesmo mês do ano com base na Hégira podem ocorrer no verão ou no inverno. Somente após 33 anos do ciclo é que os meses lunares completam uma volta e caem na mesma estação.
Por razões religiosas, o início de um mês no calendário da Hégira não é marcado pelo começo de uma nova lunação e sim pela visão da lua crescente em um dado local. Do ponto de vista do Fiqhi, uma pessoa pode começar o jejum do Ramadan, por exemplo, baseado na visão "local" (ikhtilaf al-matale') ou na visão da lua em qualquer lugar do mundo muçulmano (ittehad al-matale'). Embora diferentes, tanto uma como outra são posições Fiqhi válidas .
Astronomicamente, alguns dados são definitivos e conclusivos (isto é, o tempo do nascimento de uma lua nova). No entanto, determinar a VISIBILIDADE do crescente não é definitivo ou conclusivo;depende de uma série de fatores, principalmente de natureza ótica. Daí a dificuldade em se confeccionar calendários islâmicos que sejam confiáveis (no sentido de que eles sejam consistentes com a visibilidade real do crescente).
Esforços para se obter um critério astronômico de se predizer o momento da primeira visibilidade lunar remontam ao período babilônico, com importantes melhorias e estudos feitos mais tarde por muçulmanos e outros cientistas. Estes esforços resultaram no desenvolvimento de vários critérios de se predizer a primeira visão possível de um crescente. No entanto, ainda permanece uma medida de incerteza. Além do mais, houve muito pouco trabalho no sentido de se estimar a visibilidade do crescente em escala global. Enquanto isto durar, não existe qualquer programa de calendário da Hégira que seja 100% confiável e a visão real do crescente permanece fundamental, principalmente para fixar datas importantes como o início do Ramadan e dos dois eids.
As ligeiras diferenças nos calendários islâmicos impressos no mundo, portanto podem apresentar dois aspectos: (1) a ausência de um critério global para a primeira visibilidade; e (2) o uso de diferentes critérios de visibilidade (ou método de cálculo). As condições metereológicas e as diferenças na localização do observador também explicam porque algumas vezes existem diferenças na observância das datas islâmicas no mundo.
Aqueles que quiserem informações adicionais sobre o assunto devem consultar o excelente livro de Mohammad Ilyas, "A Modern Guide to Astronomical Calculations of Islamic Calendar, Times & Qibla", Berita Publishing, 1984, (ISBN: 967-969-009-1). O livro contém uma discussão cuidadosa do sistema islâmico de calendário e fatos históricos e científicos relacionados. Também apresenta uma proposta válida para um Calendário Islâmico universal, baseado no critério de visibilidade global e no conceito de um Dia Lunar.
Fonte: www.quediaehoje.net

História do calendário Judaico

O calendário judaico, diferentemente do gregoriano, é baseado no movimento lunar. Onde cada mês se inicia com a lua nova (quando é possivel visualizar o primeiro reflexo de luz sobre a superfície lunar. Antigamente o calendário era determinado simplesmente por observação.

O grande problema com o calendário lunar é que se compararmos com o calendário gregoriano, temos em um ano solar 12,4 meses lunares, o que ocorre uma diferença a cada ano de aproximadamente 11 dias, para compensar esta diferença, a cada ciclo de 19 anos acrescenta-se um mês inteiro (Adar II).
São acrescidos no terceiro, sexto, oitavo, décimo-primeiro, décimo-quarto, décimo-sétimo e décimo-nono anos desse ciclo.

Início da contagem

O ínício da contagem do calendário judaico se refere à criação do mundo.

Os mêses do calendário judaico

O primeiro mês do calendário judaico e o mês de Nissan, quando temos a comemoração de Pessach. Entretanto, o ano novo judaico ocorre em Tishrei (qundo é acrescentado um número ao ano anterior).

Fonte: www.quediaehoje.net

Calendário Egípcio

Primeiro calendário da história da humanidade e começa com a enchente anual do rio Nilo. Surge por volta de 3000 a.C. O ano tem 365 dias, divididos em 12 meses de 30 dias e mais cinco dias extras, dedicados aos deuses.
Os egípcios são os primeiros a utilizar um calendário solar , embora os 12 meses de 30 dias sejam de origem lunar. O ano tem 365 dias - e 6 horas a menos que o ano solar, o que significa atraso de um dia a cada quatro anos.



Havia três estações determinadas pelo fluxo do rio Nilo: Cheias (akket); Semeio (pert) e Colheita (shemu). A relação entre as estações definidas pelo Nilo e as estações naturais era feita pelo nascer heliacal da estrela Sirius, conhecida dos egípcios pelo nome de Sothis. A primeira aparição da estrela no céu da manhã, depois da sua conjunção com o sol determinava o início da contagem das estação das Cheias.
O calendário egípcio foi reconhecido pelos astrônomos gregos e tornou-se o calendário de referência da astronomia por muito tempo. Copérnico usou-o para construir suas tábuas da lua e planetas.
Já no ano 238 a.C., o Rei Ptolomeu III tentou acrescentar um dia extra ao calendário a cada 4 anos, como no ano bissexto atual. No entanto sua proposta não teve eco. Somente entre 26 a.C. e 23 a.C., a modificação é realizada, sob o império romano na mão de Augusto que introduziu tal modificação no calendário.

Meses Egípcios


O ano egípcio de 23-22 aC possui o mês correspondente a agosto com 30 dias. A partir de então, este mesmo mês voltou a possuir 29 dias salvo nos anos bissextos, quando tinha um dia a mais. Esse novo calendário passou a se chamar Alexandrino.
Esta reforma não foi aceita integralmente e os dois calendários permaneceram paralelos até pelo menos 238 dC. Os astrônomos e astrólogos mantiveram a notação antiga. Ptolomeu usava-o, salvo no tratado de fenômenos anuais em que o novo calendário tinha mais conveniência.
Os persas adotaram o antigo calendário egípcio em 500 aC. Não é bem certo se foi adotado exatamente ou com modificações. Os armênios ainda o adotam. Os três últimos meses do calendário armênio correspondem exatamente aos três primeiros do antigo calendário egípcio. Em seguida vêm os cinco dias finais, característicos deste.
O calendário alexandrino é ainda usado na Etiópia, na igreja Cóptica e para fins de agricultura no moderno Egito e vizinhos do norte da África.
Fonte: www.quediaehoje.net

calendário revolucionário francês ou calendário republicano 
 O '''calendário revolucionário francês''' ou '''calendário republicano''' foi criado pela Convenção Internacional em 1792, durante a Revolução Francesa (1789) para simbolizar a quebra com a ordem antiga e o início de uma nova era na história da humanidade. Este calendário tinha características marcadamente anticlericais e passou a basear-se nos fenômenos da natureza.
Era um calendário de base solar composto de doze mês|meses de 30 dias, distribuídos em três semanas de dez dias (decâmeros ou décadas). Para completar o ano, havia mais 5 dias (6 nos Ano bissextos) para alinhar o calendário com o Ano trópico. Os dias de cada década recebem o nome de ''primidi, duodi, trididi, quartidi, quintidi, sextidi, septidi, octidi, nonidi e decadi''.
O dia foi dividido em dez horas que se subdividiam em cem partes (como minutos), as quais se subdividiam em mais cem (como segundos). Essa subdivisão mínima equivalia a 0,864 segundos. Conforme essa subdivisão, o presente horário de, por exemplo, 14:31:51 horas seria no ''calendário revolucionário'' 6:05:45 horas. Cada ''hora'' do Calendário Revolucionário equivale a 2h 24 min convencionais. A divisão do dia em base decimal jamais foi usada na prática, tendo sido abolida oficialmente em 1795.
Cada dia tinha uma designação única, que só se repetiria no ano seguinte, com nomes de plantas, flores, frutas, animais e pedras. Aos 365 dias acrescentava-se, anualmente, um dia complementar, e um sexto a cada quadriênio, consagrados à celebração de festas republicanas. O ano começava no equinócio de outono (22 de setembro, no hemisfério norte), data da proclamação da República francesa e os nomes dos meses eram baseados nas condições climáticas e agrícolas das estações em cada mês na França.
Os nomes dos dias e dos meses foram concebidos pelo poeta Fabre d'Églantine com auxílio do jardineiro do ''Jardim das Plantas de Paris''. Os criadores pretendiam que essas denominações fossem de natureza universal. Eram, porém, real e fortemente inspiradas na França|país de origem.
O primeiro mês chamava-se vindemiário (em referência a Víndima ou colheita de uvas), seguiam-se o brumário (relativo à bruma ou nevoeiro), o frimário (mês das geadas ou frimas em língua francesa|francês), o nivoso (referente à neve), o pluvioso (Chuva|chuvoso), o ventoso, o germinal (relativo à[germinação das sementes), o floreal (mês das flores), o pradial (em referência a prados), o messiador (nome originário de messis, palavra latim|latina que significa colheita), o termidor (referente ao calor) e o frutidor (relativo aos frutos); como cada mês tinha trinta dias, sobravam cinco dias no final do ano (de 17 de setembro|17 a 21 de setembro): eram os dias dos ''sans-culottes'', considerados feriados nacionais:

* No [[outono]]:
** [[Vindemiário]] (''vendémiaire''): [[22 de setembro]] a [[21 de outubro]]
** [[Brumário]] (''brumaire''): [[22 de outubro]] a [[20 de novembro]]
** [[Frimário]] (''frimaire''): [[21 de novembro]] a [[20 de dezembro]]
* No [[inverno]]:
** [[Nivoso]] (''nivôse''): [[21 de dezembro]] a [[19 de janeiro]]
** [[Pluvioso]] (''pluviôse''): [[20 de janeiro]] a [[18 de fevereiro]]
** [[Ventoso]] (''ventôse''): [[19 de fevereiro]] a [[20 de março]]
* Na [[primavera]]:
** [[Germinal (mês)|Germinal]]: [[21 de março]] a [[19 de abril]]
** [[Floreal (mês)|Floreal]] (''floréal''): [[20 de abril]] a [[19 de maio]]
** [[Pradial]] (''prairial''): [[20 de maio]] a [[18 de junho]]
* No [[verão]]:
** [[Messidor]]: [[19 de junho]] a [[18 de julho]]
** [[Termidor]] (''thermidor''): [[19 de julho]] a [[17 de agosto]]
** [[Frutidor]]: [[18 de agosto]] a [[20 de setembro]].

A data da revolução,  o 14 de julho, era nesse calendário o 26 Messidor, dia de nome "Sauge" (em Língua portuguesa|português Sálvia).
Esse calendário só vigorou de 22 de setembro de 1792 a 31 de dezembro de 1805, quando Napoleão Bonaparte ordenou o restabelecimento do Calendário Gregoriano, e também durante a Comuna de Paris.
Fonte: http://pt.wikipedia.org

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