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terça-feira, 17 de setembro de 2019

Unificação da Itália


UNIFICAÇÃO ITALIANA

Por Ulisses Martins
Graduado em História pela PUC-RJ

A península Itálica era uma região dividida em várias unidades políticas independentes entre si. Com as decisões do Congresso de Viena, passou a ser dominada por austríacos e franceses, bem como pela Igreja Católica. O desenvolvimento industrial levou ao crescimento das cidades e à intensificação do comércio. Para dar continuidade ao processo de crescimento e expansão de suas atividades no exterior, a burguesia local desejava a unificação de toda a região.
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O rei do Piemonte-Sardenha, Carlos Alberto, liderou a primeira tentativa de unificação em 1848, declarando guerra contra a Áustria. Esta declaração, baseada nos ideais liberais e nacionalistas, incentivou rebeliões em vários estados na península, mas todas foram sufocadas pelas tropas austríacas e pela intervenção francesa. Com a derrota, Carlos Alberto abdicou ao trono em favor de seu filho Vitor Emanuel II.  Mas o ideal de unificação se manteve vivo pelos nacionalistas.

Somente o reino do Piemonte-Sardenha possuía uma constituição liberal. A burguesia incentivou o movimento a favor da unificação da Itália, liderado pelo primeiro-ministro Camillo Benso, conde de Cavour, e por manifestantes políticos como Giuseppe Mazzini, fundador do movimento Jovem Itália, que visava à criação de uma república italiana.

Cavour deu início, apoiado pela França, à guerra contra a dominação austríaca em 1859, conseguindo importantes vitórias. Enquanto isso, no sul da península, Giuseppe Garibaldi formou um exército de voluntários, conhecido como camisas vermelhas, e avançou pelo território.

Ao final de 1860, a unificação estava praticamente concluída. Vitor Emanuel II foi proclamado rei da Itália. Somente Veneza e Roma resistiram por algum tempo, sendo a primeira anexada em 1866 e a segunda, em 1870.

Questão Romana
O Papa Pio IX e a Igreja Católica, não aceitaram a perda de seus territórios. Mesmo com Roma anexada, o papa permaneceu no palácio do Vaticano, considerando-se um prisioneiro.

Essa questão resolveu-se apenas em 1929 com a assinatura do Tratado de Latrão, entre o papa Pio IX e o Estado italiano. Esse tratado determinou a criação do pequeno Estado do Vaticano, com área de 0,44 Km², sob o governo da Igreja Católica.
Fonte: educacao.globo.com



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