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domingo, 15 de abril de 2018

As especulações sobre a Maldição da Múmia de Tutankhamon.



A descoberta do arqueólogo Howard Carter do túmulo totalmente intacto do Faraó Tutankamon, deu início a mais famosa de todas as lendas do egito antigo. 



Imagem do Arqueólogo - Howard Carter inspecionando a Múmia de Tutankhamon

Encontrada na região do Vale dos Reis e longe das principais, que acabaram vítimas de saqueadores, a tumba  do faraó só foi descoberta em 1922, e estava  inteiramente preservada e com todas as relíquias  junto com o sarcófago. Mas não é exatamente nisto que reside a história fantástica de sua múmia, e sim na notoriedade que criou após a ocorrência das mortes misteriosas dos ajudantes e pesquisadores envolvidos com sua descoberta, inclusive do próprio Carter. Na tumba do jovem Tutankhamon, uma inscrição ameaçava: “A Morte tocará com suas asas aquele que perturbar o sono do faraó”. A “Maldição de Tutankhamon”, se tornou a lenda mais popular e difundida na imprensa desde então. Muito se especulou sobre a causa das mortes. Chegou-se a cogitar em veneno, intoxicação por partículas inaladas, infecções por fungos e/ou bactérias e havia inclusive aquales que falaram em radioatividade.

Autópsia dos pulmões de algumas vítimas de sua “maldição” viriam a resolver este famoso enigma. Nos pulmões foram encontrados numerosos esporos de  fungos do Histoplasma capsulatum. Um fungo conhecido por causar uma doença sistêmica no corpo, isto é, que atinge diferentes órgãos  levando o indivíduo a desenvolver pneumonia e podendo levá-lo à morte. A doença conhecida por histoplasmose ocorre principalmente em populações isoladas dos centros urbanos, pois o fungo é bem adaptado a ambientes cavernosos e a florestas fechadas longe da luz do sol, sendo também encontrado em excrementos de morcegos e algumas aves. A infecção ocorre pela inalação dos esporos dispersos no ar que ao entrarem nos pulmões germinam e formam levedura (forma unicelular e assexuada do fungo). Neste estágio, o fungo não poupa ninguém, se dispersa pela corrente sanguínea onde vai contaminar outros órgãos. A doença pode permanecer por muito tempo no corpo de pessoas infectadas (forma de latência), quando são fagocitados por macrófagos e neutrófilos (células de defesa do organismo).
No caso de tutankhamon, não existe dúvida: muitos pesquisadores morreram vítimas de pneumonia causada por este fungo. A grande divulgação dos meios de comunicação britânicos dada à morte dos pesquisadores levaram enormes especulações sobre o ocorrido. A própria inscrição presente na tumba de Tutakhamon citada neste texto nunca foi vista, acredita-se que se perdeu ou foi levada por ladrões. Howard Carter morreu de câncer em 1939, aos 66 anos, e provavelmente, sua morte não teve nenhuma relação com a famosa descoberta. Sendo assim, o resto é o tradicional “quem conta um conto aumenta um ponto”.


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