AS CIVILIZAÇÕES DO ANTIGO ORIENTE MÉDIO
O
Homem apareceu na Terra há três milhões de anos, mas formou sociedade
complexamente organizadas (com escrita, Estado, leis, cidades) há somente cinco
ou seis mil anos. Ou seja, sua vida “história” é muito mais curta e recente que
a “pré-histórica”, sobre a qual temos informações fragmentárias, dispersas e
polêmicas. Sabemos, entretanto, que por volta de 4000 a.C. o homem descobriu a
agricultura, com ela sedentarizou e assim começaram a se desenvolve as
primeiras civilizações.
Conhecidas
como civilizações hidráulicas ou de regadio constituíram-se em torno e em
função de grandes rios: a Mesopotâmia estava ligada aos rios Tigre e Eufrates,
o Egito ao Nilo, a Índia ao Indo, a China ao Amarelo. Foi no Oriente Médio, com
as civilizações da Mesopotâmia e do Egito, que teve início a História. Tempos
depois desenvolveram-se ali outras sociedades, que, sem contar com o poder
fertilizador de grandes rios, ganharam características diversas: pastoris
(hebreus, filisteus, cananeus, hititas), mercantis (fenícios, lídios,
cretenses), militares (assírios, hititas, persas). Cada um desses povos teve,
além de uma rica história interna, longas e muitas vezes conflituosas relações
com os demais
As
duas principais civilizações foram a Mesopotâmia e o Egito. A Mesopotâmia,
planície aberta à constante movimentação de diversos povos, conheceu quatro
grandes períodos históricos: o sumério,
o babilônico, o assírio e o caldeu. Essa periodização clássica baseia-se na
complexa história político-militar da região. Em todas as fases, há um clara
continuidade social (elite, homens livres pobres, escravos) e econômica
(cerealicultura, pecuária, artesanato e comércio). Também do ponto de vista
cultural (escrita cuneiforme, códigos jurídicos, astronomia) e religioso
(politeísmo antropomórfico), os povos mesopotâmicos mostraram sua semelhanças.
O
Egito, por sua vez, mais isolado por mares e desertos, só passou a ter contatos
frequentes com outros povos numa época relativamente tardia, por volta do
século XVIII a.C. O fato de o faraó ser considerado um deus (enquanto os
governantes mesopotâmicos eram apenas representantes de deuses) contribuiu por
muito tempo para a estabilidade da região. Para preservar o corpo do faraó
falecido e assim perpetuar a sociedade, construíram as pirâmides.
Estruturalmente ligados ao Nilo, os egípcios concebiam o mundo como reflexo da
luta entre o rio (deus Osíris) e o deserto (deus Seth). A vida econômica desse povo dependia do Nilo:
agricultura em suas margens, transporte de pessoas e mercadorias em seu leito.
Fonte: História Geral - Hilário Franco Jr. e Ruy de O. Andrade Filho.
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