Carlota Joaquina.

Bisneta de Luís XV, rei da França, Carlota Joaquina Teresa Caetana de Bourbon e Bourbon nasceu em 25 de abril de 1775, em Aranjuez (Espanha), e morreu em 7 de janeiro de 1830, em Portugal.
Apesar da fama de infiel e de todos os supostos casos amorosos e amantes, Carlota nem de longe lembrava os padrões de beleza da época. Suas feições eram masculinas e, de acordo com muitos relatos, ostentava um buço. Tinha menos de 1,50m, era magra e trazia na pele diversas cicatrizes da varíola que a atacou quando era criança.
Apesar de coxa, em virtude de uma queda de cavalo sofrida na infância, era uma exímia amazona.
Nos passeios pelo Rio de Janeiro, ordenava que todo aquele que cruzasse seu caminho se ajoelhasse e lhe prestasse reverências, exigindo que a guarda pessoal agredisse quem se recusasse a fazê-lo. Tal mania causou uma série de incidentes diplomáticos.
Era epilética e tinha momentos de profunda depressão.
Ao desembarcar no Rio de Janeiro, a então princesa, suas filhas e outras nobres tinham a cabeça raspada e protegida por turbantes, em virtude da infestação de piolhos que se deu na viagem. Logo, as mulheres da cidade pensaram que aquela era a última moda na Europa e passaram a usar turbantes na cabeça para imitar a realeza.
Detestava o Brasil. Ao deixar o País, em 1821, teria dito ainda no navio que levava de volta a Portugal: "Nem nos calçados quero como lembrança a terra do maldito Brasil'.
Após mais uma conspiração contra D. João VI, foi confinada a viver no Paço de Queluz, onde morreu.
Por Moacir Drska - Revista Conhecer Fantástico.