D. Pedro I estava
muito prestigiado no Brasil nos momentos anteriores a independência e logo
depois com à Proclamação da nossa Independência, em 1822. Tudo estava correndo
bem, até que começaram a surgir desentendimentos entre brasileiros e
portugueses e sua popularidade foi caindo.
O fato de D. Pedro I
ser português, era um dos motivos dos brasileiros ficarem enciumados com suas
atitudes. Não obstante, a onda nativista, que crescia num povo cujos
sentimentos de nacionalidade acentuava-se, cada dia mais prejudicava a
popularidade do Imperador.
Em determinada
ocasião, no ano de 1831, o Imperador compareceu em um evento e o povo que
estava presente, saudou-o com “Viva D. Pedro I,
enquanto Constitucional”, por outro lado, outros gritavam o nome de
seu filho, ainda criança, a quem chamavam de D. Pedro II, como se já fosse
Imperador.
Um mês depois,
impunham os brasileiros a D. Pedro I a mudança do Ministério que acabava de
nomear, e a quem o povo apelidou de Ministério dos Marqueses, pois a maioria
era marquês.
D. Pedro I respondeu
que “tudo faria para o povo, nada,
porém, pelo povo”. Foi o bastante para o povo ferver de ódio contra o
Imperador; assim também o exército, a
quem D. Pedro I sempre prestigiara,
mesmo que isso, em parte, tivesse concorrido para diminuir sua popularidade.
No dia 6 de abril,
foi enviado ao paço de São Cristóvão o Major Miguel de Frias, para saber da
decisão do monarca. “Não quero que
ninguém se sacrifique por minha causa”, foi a resposta de D. Pedro I, e
mandou que as tropas aquarteladas em São Cristóvão fossem reunir-se às tropas
revoltosas. Duas hora depois, sem ouvir o conselho de ninguém, dirigia-se ao
Major de Frias, com um documento: “Aqui
tem a minha abdicação; estimarei que sejam felizes. Retiro-me para a Europa e
deixo um país que sempre amei e que amo ainda.”
O documento ainda
dizia: “Usando do direito que a
Constituição me confere, declaro que hei mui voluntariamente abdicado na pessoa
de meu muito amado e prezado filho, o senhor Dom Pedro de Alcântara. Boa Vista,
7 de abril de 1831.” Nomeou José Bonifácio tutor de D. Pedro II e partiu
para a Europa, deixando o país que havia criado e governado por dez anos.
Caros companheiros já
pensaram se o Sarney resolver deixar o senado e passar o bastão para a
família???
Conclusão:
É certo que D. Pedro
I, também estava preocupado com o trono de Portugal, tendo em vista que seu
irmão D. Miguel, teria usurpado o título monárquico de sua filha, D. Maria da
Glória, portanto tinha grande interesse em retornar para seu país de origem
para tentar reaver o trono de sua filha, mas por outro lado, sua atitude de
abdicar e por consequência, aceitar a vontade do povo, fica na história como
uma grande atitude que poderia seguir por nossos governantes atuais, que mesmo
contra a vontade do povo, insistem em não largar o poder.
Vocês já imaginaram
se houvesse a possibilidade de o povo, depois de analisar um determinado
político em suas funções, principalmente aqueles envolvidos em escândalos, tivessem
o poder de tirá-lo ou mantê-lo no poder, sem a necessidade dessas CPI’s que
ocorrem por ai e acabam em pizza, como seria mais disciplinado os nossos
parlamentares?
Infelizmente não é
assim, e temos que esperar 4 as vezes 8 anos para tirá-los do poder.
Assim
sendo ficar uma apelo aos nossos governantes:
Por
que não tomam uma atitude igual a de D. Pedro.
Fica
a sugestão para o senhor Demóstenes e companhia.