O que é
Neocolonialismo?
Processo de dominação
política e econômica das potências capitalistas sobre determinada nação.
Um bom exemplo foi o
que ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial.
Segue alguns textos
sobre o tema:
O
Neocolonialismo
Durante o século XIX, principalmente em sua
segunda metade, desenvolveu-se um processo de conquistas sobre a África e Ásia,
denominado Neocolonialismo. Praticamente todo o continente africano foi
conquistado, exceção à Etiópia e a Libéria, pelas potências europeias. Os
territórios dominados por Portugal e Espanha eram os mais antigos.
O Neocolonialismo foi a principal expressão
do imperialismo, forma assumida pelo capitalismo a partir da Segunda Revolução
Industrial. O domínio das potências europeias não foi apenas econômico, mas
completo, ou seja, militar, político e social, impondo à força um novo modelo
de organização do trabalho, que pudesse garantir, principalmente, a extração de
minérios, para as industrias da Europa. `A violência militar e a exploração do
trabalho, somam-se as imposições sociais, incluindo a disseminação do
cristianismo entre os povos nativos, num processo de aculturação e na maioria
dos casos, de destribalização.
Do ponto de vista ideológico, o
neocolonialismo foi justificado por uma teoria racista, que julgava que os
povos asiáticos e, principalmente africanos, não poderiam, sozinhos, atingir o
progresso e o desenvolvimento, cabendo ao europeu levar-lhes essa
possibilidade.
Essas características, que compõem o quadro de exploração afro-asiático, refletiam a nova ordem da economia a partir do século XIX, quando a burguesia tornou-se hegemônica em alguns países. Essa classe proprietária, possuía o poder econômico, passou a servir de modelo social e, por último, conquistou o poder político. A hegemonia burguesa e a rápida industrialização deu origem aos grandes conglomerados empresariais e ao capitalismo monopolista, que passou a buscar mercados monopolizados.
Essas características, que compõem o quadro de exploração afro-asiático, refletiam a nova ordem da economia a partir do século XIX, quando a burguesia tornou-se hegemônica em alguns países. Essa classe proprietária, possuía o poder econômico, passou a servir de modelo social e, por último, conquistou o poder político. A hegemonia burguesa e a rápida industrialização deu origem aos grandes conglomerados empresariais e ao capitalismo monopolista, que passou a buscar mercados monopolizados.
A Partilha Afro-asiática foi um processo
desigual, tendo a Inglaterra formado um verdadeiro Império Colonial, ao passo
que, Alemanha e Itália (que se unificaram tardiamente) ficaram com um número
menor de territórios, fato que é considerado uma das causas para a eclosão da
Primeira Guerra Mundial.
Um dos processos mais destacados durante o
avanço do imperialismo foi a abertura dos mercados chineses, primeiro através
da Guerra do Ópio (1839-42), que terminou com a derrota da China, que foi
forçada a aceitar o Tratado de Nanquim, pelo qual os chineses se comprometiam a
abrir cinco portos ao comércio inglês, destacando-se Xangai e Cantão, e além
disso cediam o de Hong Kong. Na década de 50, uma intervenção franco-britânica
obrigou o governo chinês a fazer novas concessões. Pelo Tratado de Pequim
(1860) abriram-se 11 outros portos no país e foram ampliadas as vantagens aos
comerciantes estrangeiros.
O Domínio econômico estrangeiro e a fraqueza do Império, fez surgir no país, diversos movimentos de cunho nacionalista, que atingiu o auge em 1900, quando os representantes estrangeiros em Pequim foram perseguidos e, em resposta, houve a intervenção militar conjunta da Inglaterra, França, EUA, Rússia, Alemanha e Japão.
O Domínio econômico estrangeiro e a fraqueza do Império, fez surgir no país, diversos movimentos de cunho nacionalista, que atingiu o auge em 1900, quando os representantes estrangeiros em Pequim foram perseguidos e, em resposta, houve a intervenção militar conjunta da Inglaterra, França, EUA, Rússia, Alemanha e Japão.
Fonte – historianet.com.br
Outro texto sobre o
assunto:
Neocolonialismo
Entre os séculos XVI e XVII,
os interesses econômicos europeus estavam direcionados essencialmente para a
América, em busca de mercados fornecedores de produtos tropicais e metais
preciosos.
Portugal e Espanha assumiram
a liderança no colonialismo, orientados pela política econômica mercantilista e
sustentada pelo monopólio do pacto colonial. No entanto, a industrialização
europeia nos séculos XVIII e XIX obrigou as metrópoles a buscarem novos
mercados consumidores, diante da produção em grande escala, substituindo o
exclusivismo comercial pela política econômica liberal.
A
Difusão da Indústria
No início do século XIX, a
industrialização que havia se iniciado na Inglaterra começou a expandir-se para
outras regiões.
A Bélgica iniciou sua
industrialização precocemente graças aos investimentos ingleses e à abundância
de carvão e ferra na região.
Na França, a estrutura do
Antigo Regime dificultava o desenvolvimento industrial. Com a revolução de
1789, a burguesia capitalista assumiu o poder, mas foi a partir de 1830, no
governo de Luís Felipe, que a revolução industrial francesa tomou corpo,
desenvolvendo-se efetivamente com Napoleão III durante o Segundo Império.
Entretanto, a ausência de carvão e a perda de ricas jazidas de ferro da
Alsácia-Lorena para a Alemanha dificultaram o processo.
A Alemanha e a Itália encontraram condições favoráveis para o desenvolvimento de seu parque industrial somente a partir da unificação política, concretizada em 1870.
A Alemanha e a Itália encontraram condições favoráveis para o desenvolvimento de seu parque industrial somente a partir da unificação política, concretizada em 1870.
Fora da Europa, os Estados
Unidos foi o único país da América que encontrou condições de
industrializar-se, graças à descoberta de ouro na Califórnia, à Guerra de
Secessão e ao investimento de capitais ingleses. No final do século XIX, a produção
industrial norte-americana já superava a Inglaterra e a Alemanha. Além disso, o
expansionismo dos Estados Unidos chegou ao Japão, cuja modernização provocada
pela Revolução Meiji (Era das Luzes), em 1868, assimilou a tecnologia
norte-americana, partindo daí para um programa sistemático de industrialização.
Os Monopólios e as Invenções Tecnológicas
Os Monopólios e as Invenções Tecnológicas
A industrialização inglesa,
no século XVIII, provocou a formação de grandes empresas que passaram a
monopolizar a produção, substituindo o capitalismo concorrencial. A partir de
1860, iniciou-se uma segunda etapa da Revolução Industrial. Nessa nova fase, o
aço substituiu o ferro como material industrial básico, o vapor deu lugar à
eletricidade, e o petróleo passou a ser utilizado como força motriz em lugar do
carvão. Destacou-se, também, a introdução de uma maquinaria automática, o
crescimento da produção, a extrema divisão do trabalho e uma verdadeira
revolução nos meios de transporte e comunicação.
Nesse momento, o capitalismo
industrial foi sobrepujado pelo capitalismo financeiro, originando a
concentração de empresas e enormes complexos industriais. Com isso, surgiram
grandes conglomerados econômicos, como os trustes, cartéis e holdings.
O crescimento desenfreado da
indústria gerou um grande excedente de produção, que entrou em choque com o
desemprego provocado pela larga utilização de máquinas no processo industrial.
As grandes potências, visando manter o ritmo de desenvolvimento, necessitavam
de mercados. Surgiu, assim, uma expansão imperialista que atingiu
principalmente a África e a Ásia, que se tornaram palco de disputas e
rivalidades na divisão do mercado mundial.
A Corrida Colonialista
A Corrida Colonialista
A razão básica da
colonização era econômica. A Europa tinha vários países passando pela Revolução
Industrial, que necessitavam de matérias-primas essenciais para a
industrialização, tais como carvão, ferro e petróleo; produtos alimentícios,
normalmente carentes na Europa; mercados consumidores para os excedentes
industriais; e locais para o investimento de capitais disponíveis na Europa,
principalmente na construção de estradas de ferro e exploração de minas. Em
termos sociais, a colonização era uma válvula de escape para a pressão
demográfica. No plano político, o motivo essencial era a preocupação dos Estados
europeus em aumentar seus contingentes militares.
O Processo da Partilha Colonial
Em 1830, a França deu o
primeiro passo na conquista da África. Seus exércitos iniciaram a conquista da
Argélia, processo que somente foi completado em 1857. Leopoldo II, da Bélgica,
deu novo impulso ao colonialismo, em 1876, reunindo, em Bruxelas, um congresso
de presidentes com o objetivo de, segundo ele, difundir a civilização
ocidental.
Os países europeus
lançaram-se rapidamente à aventura africana. A França conquistou a Argélia,
Tunísia, África Equatorial, Costa da Somália, Madagascar; os ingleses anexaram
a Rodésia, União Sul Africana, Nigéria, Costa do Ouro, e Serra Leoa; a
Alemanha, que entrou tardiamente na corrida colonial, adquiriu apenas Camerum,
África Sudoeste e África Oriental; a Itália anexou o litoral da Líbia, Eritréia
e Somália.
Os antigos países
colonizadores da Europa, Portugal e Espanha, ficaram com porções reduzidas: a
Espanha, com o Marrocos Espanhol, Rio do Ouro e Guiné Espanhola; Portugal, com
Moçambique, Angola e Guiné Portuguesa.
A Conferência de Berlim,
convocada por Bismarck, primeiro-ministro da Alemanha, foi o marco mais
importante na corrida colonialista. Sua finalidade primeira foi legalizar a
propriedade pessoal do rei Leopoldo II, da Bélgica, sobre o Estado Livre do
Congo e estabelecer as regras da partilha da África entre as principais
potências imperialistas.
A corrida colonial africana
produziu inúmeros atritos entre os países colonialistas, constituindo-se mesmo
num dos fatores básicos do desequilíbrio europeu, responsável pela eclosão da
Primeira Guerra Mundial.
A Penetração Europeia na Ásia
A Ásia mantivera-se isolada
até o século XIX. Apenas alguns portos estavam abertos aos comerciantes
ocidentais que aí recebiam os produtos orientais para comercialização no
Ocidente, permanecendo, assim, quase que imune às influências ocidentais.
Essa situação modificou-se
radicalmente, no transcorrer do século XIX. Os países ocidentais passaram do
simples comércio portuário para a política de zonas de influência, promovendo
uma verdadeira partilha. A Rússia era o país mais interessado na expansão
territorial da Ásia, devido à proximidade com seu território.
Os ingleses haviam tomado a
Índia dos franceses em 1763, ficando uma companhia inglesa encarregada da
exploração. Em 1858, com a revolta dos cipaios (nativos que serviam nos
exércitos coloniais) prontamente reprimida, a Índia passou a integrar o Império
Britânico.
Na China, a Guerra do Ópio, motivada pela destruição de carregamentos de ópio pertencentes a súditos ingleses, pelos chineses, permitiu a conquista de Hong-Kong, Xangai, Nanquim. A reação contra a invasão da China partiu de uma sociedade secreta conhecida como boxers, que promoviam atentados contra os estrangeiros residentes na China. As nações europeias organizaram uma expedição conjunta para punir a sociedade e o governo chinês que a apoiava, surgindo daí a Guerra dos Boxers, que completou a dominação da China pelas potências europeias.
Por outro lado, os japoneses ocuparam a Coréia, e os alemães, a península Chantung, enquanto a França dominava a Indochina.
Na China, a Guerra do Ópio, motivada pela destruição de carregamentos de ópio pertencentes a súditos ingleses, pelos chineses, permitiu a conquista de Hong-Kong, Xangai, Nanquim. A reação contra a invasão da China partiu de uma sociedade secreta conhecida como boxers, que promoviam atentados contra os estrangeiros residentes na China. As nações europeias organizaram uma expedição conjunta para punir a sociedade e o governo chinês que a apoiava, surgindo daí a Guerra dos Boxers, que completou a dominação da China pelas potências europeias.
Por outro lado, os japoneses ocuparam a Coréia, e os alemães, a península Chantung, enquanto a França dominava a Indochina.
A Administração Colonial
Na área de dominação
francesa, foram dois os tipos básicos de colonização: colônias e protetorados
(situação de um Estado posto sob a autoridade de outro). As colônias ficavam
sob direta supervisão do Ministério das Colônias, sendo governadas localmente
por um governador geral, responsável pela atividade local. Os protetorados, por
sua vez, mantinham elevado grau de autonomia. Praticamente todas as decisões
eram tomadas por elementos indígenas, com a supervisão de um representante da
metrópole.
Entre as colônias inglesas,
a variedade era muito grande: as colônias da Coroa, que dependiam diretamente
da metrópole; as colônias com certo grau de autonomia, com um parlamento eleito
localmente; e os domínios, que eram praticamente independentes.
A forma de organização administrativa nas demais colônias, pertencentes aos outros países europeus, não variava muito em relação aos dois tipos apresentados, isto é, colônias propriamente ditas e dependências semi-autônomas.
A forma de organização administrativa nas demais colônias, pertencentes aos outros países europeus, não variava muito em relação aos dois tipos apresentados, isto é, colônias propriamente ditas e dependências semi-autônomas.
A Exploração Colonial
De uma maneira geral, os
países colonialistas da Europa procederam de maneira empírica (sem caráter
científico, baseando-se na experiência) na organização do sistema de exploração
colonial.
Os ingleses se constituíram em exceção, porque possuíam um imenso império colonial que lhes permitia uma variedade extraordinária de recursos materiais e humanos. A política livre-cambista, adotada na Inglaterra após 1850, estendeu-se às colônias, uniformizando as relações econômicas.
Os ingleses se constituíram em exceção, porque possuíam um imenso império colonial que lhes permitia uma variedade extraordinária de recursos materiais e humanos. A política livre-cambista, adotada na Inglaterra após 1850, estendeu-se às colônias, uniformizando as relações econômicas.
A França, por sua vez,
adotou uma política tarifária variante. Dependia da colônia e dos tipos de
produtos que produzia e consumia.
A exploração econômica das
terras foi concedida a particulares, uma vez que somente as grandes companhias
capitalistas tinham condições de empreender a exploração, que necessitava de
uma vultosa soma de capitais.
Fonte: historia do
mundo.com.br