ARTIGOS SOBRE A GRANDE
DEPRESSÃO - 1929
A
Grande Depressão
Foi
a mais grave crise econômica mundial do século 20. Tudo começou por causa de um
grande desequilíbrio na economia dos Estados Unidos. Durante a década de 1920,
houve um rápido crescimento do mercado de ações no país, com os americanos
investindo loucamente nas bolsas de valores, acreditando que elas se manteriam
sempre em alta. Cidadãos comuns vendiam as próprias casas para comprar ações,
atrás de um lucro fácil e, teoricamente, seguro. No entanto, em meados de 1929,
a economia do país começou a dar sinais de que as coisas não iam tão bem assim.
Os Estados Unidos entraram em recessão (queda no crescimento econômico) e
muitas empresas haviam se endividado além da conta durante o período de
euforia. Em outubro de 1929, diante desses sinais negativos, os preços das
ações desabaram, provocando a quebra da Bolsa de Valores de Nova York.
Manchete do jornal “Brooklyn”: "Wall Street em pânico com a quebra do mercado acionário" (livre tradução). As manchetes refletiam o que, para muitos, foi o início da Grande Depressão, a crise econômica que abalou fortemente os países industrializados, no período de 1929 a 1941.
O
colapso na economia americana logo se espalhou pelo mundo, pois os Estados
Unidos haviam se tornado o principal financiador dos países da Europa após a
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), conflito que enfraqueceu o continente. A
crise também atingiu o Brasil, fazendo as vendas de café para o exterior, nosso
principal produto de exportação na época, despencarem. "A quase falência
da cafeicultura aumentou as tensões políticas, quando uma junta militar depôs o
presidente Washington Luís e empossou Getúlio Vargas, líder da Revolução de
30", diz o economista José Menezes Gomes, professor da Universidade
Federal do Maranhão (UFMA).
A
Europa também sentiu os efeitos políticos da crise, pois a democracia e as
idéias liberais ficaram desacreditadas, estimulando o surgimento do nazismo
alemão e do fascismo italiano. A crise mundial, nascida nos Estados Unidos,
começou a ser superada lá mesmo. Em 1933, o presidente Franklin Roosevelt
lançou um programa chamado New Deal ("novo acordo", em inglês),
realizando grandes projetos de obras públicas para promover a recuperação
econômica. Mas a Grande Depressão só seria definitivamente encerrada anos
depois, durante a Segunda Guerra (1939-1945).
Década perdidaColapso
da economia mundial marcou os anos 30
1929
Colapso
da Bolsa de Nova York dá início à Grande Depressão. No Brasil, muitas fábricas
fecham as portas e quase 2 milhões de trabalhadores perdem seus empregos
1932
O
desemprego chega a 25% na Alemanha. Nos Estados Unidos, a produção da indústria
cai para 54% dos níveis registrados em 1929
1933
Onze
mil dos 25 mil bancos existentes nos Estados Unidos estão falidos. O governo
americano lança o conjunto de reformas conhecido como New Deal
1936
A
crisetermina na Alemanha graças à implantação de grandes obras públicas e ao
aumento dos gastos militares pelos nazistas, que haviam chegado ao poder se
aproveitando da Depressão
1941
A
Grande Depressão é totalmente superada nos Estados Unidos depois que o país
entra na Segunda Guerra Mundial. Os gastos militares também impulsionam a
economia local
Fonte:
Revista Mundo Estranho – Abril.
Texto
elaborado por Cristiana Gomes
Após a primeira guerra mundial (1918), os EUA
eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA
também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo,
carvão....
Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava
crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a
famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O
mundo invejava o estilo de vida dos americanos.
A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O
consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes
e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão.
Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as
ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento
econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e
aparente, portanto logo se desfez.
De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa
prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no
dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.
Filas se formavam para receber uma ração de pão em Nova York. Entre os dias 29 de outubro e 13 de novembro de 29 a 30 milhões de euros desapareceram da economia norte-americana. Não havia trabalho e a busca por emprego era desesperadora.
Vários fatores causaram essa crise:
- Superprodução agrícola: formou-se um excedente
de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava
comprador, interna ou externamente.
- Diminuição do consumo: a indústria americana
cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse
crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em
pouco tempo, várias delas faliram.
- Livre Mercado: cada empresário fazia o que
queria e ninguém se metia.
- Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a
1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor
das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas
ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira
Negra” (24/10/1929 - dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).
Se o valor das ações de uma empresa está desabando, o
empresário tem medo de investir capital nessa empresa. Se ele investe menos,
produzirá menos; se produz menos, então, não há motivo para tantos empregados,
o que levará o empresário a demitir o pessoal.
Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à
falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de
volta o empréstimo e faliram também.
A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência.
Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por
causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou.
A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia
norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma idéia,
logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio
também quebraram.
A crise fez com que os EUA importassem menos de outros
países, como conseqüência os outros países que exportavam para os EUA, agora
estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise.
Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi eleito
presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado
passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os
investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores.
Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas.
O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças,
canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com
isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego
também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os
trabalhadores e os desempregados.
Para acabar com a superprodução, o governo aplicava medidas
radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava estoques
de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não produzissem.
Fila para ração de pão
O New Deal alcançou bons resultados para a economia
norte-americana.
Essa terrível crise que atravessou a década ficou conhecida
como Grande Depressão.
Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados
com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado
tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A
guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista.
Na década de 30, ocorreu a chamada “Política de Agressão
(dos regimes totalitários – Alemanha, Itália e Japão) e Apaziguamento das
Democracias Liberais (Inglaterra e França)”.
A política de agressão culminou em 1939 quando a Alemanha
nazista invadiu a Polônia dando por iniciada a Segunda Grande Guerra
Fonte: infoescola.com
A Grande depressão de 1929
INTRODUÇÃO
A crise econômica desencadeada a partir de 1929, quando da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, reflete a crise mais geral do capitalismo liberal e da democracia liberal. No período entre guerras (1919 -- 39), a economia procurou encontrar caminhos para sua recuperação, a partir do liberalismo de Estado, ao mesmo tempo em que consolidava-se o capitalismo monopolista. Mesmo nos EUA, as leis anti-trustes perdiam o efeito e grandes empresas -- industriais e bancárias -- tomavam conta do cenário econômico, protegidas pela política não intervencionista adotada principalmente a partir de 1921.
A crise econômica desencadeada a partir de 1929, quando da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, reflete a crise mais geral do capitalismo liberal e da democracia liberal. No período entre guerras (1919 -- 39), a economia procurou encontrar caminhos para sua recuperação, a partir do liberalismo de Estado, ao mesmo tempo em que consolidava-se o capitalismo monopolista. Mesmo nos EUA, as leis anti-trustes perdiam o efeito e grandes empresas -- industriais e bancárias -- tomavam conta do cenário econômico, protegidas pela política não intervencionista adotada principalmente a partir de 1921.
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A PROSPERIDADE AMERICANA
Desde o final do século XIX, a indústria norte americana conheceu um grande crescimento, no quadro da Segunda Revolução Industrial.
Em 1912 foi eleito o presidente Woodrow Wilson, do Partido Democrata, a partir da defesa da Nova Liberdade, que começou a ser aplicada com a criação de leis trabalhistas específicas a algumas categorias profissionais como os marinheiros e de leis que pretendiam eliminar os grandes privilégios de pequenos grupos, através de mecanismos que coibiam o controle de mercado, aperfeiçoando a Lei Anti truste. No entanto o início da Primeira Guerra anulou essa política e a economia passou a ser dominada por Trustes, Holdings e Cartéis.
As transações de produtos industriais e agrícolas se ampliaram com a abertura de créditos aos aliados, seguida da concessão de empréstimos à Inglaterra e França.
A produção norte americana deu um salto gigantesco em vários setores, destacando-se a indústria bélica, de material de campanha, de alimentos e mesmo de setores destinados ao consumo interno, uma vez que o potencial de consumo no país aumentou com a elevação do nível de emprego; ou ainda para a exportação, principalmente para a América Latina, tomando o lugar que tradicionalmente coube à Inglaterra.
O PERÍODO ENTRE GUERRAS
Terminada a Guerra, realizou-se a Conferência de Paris, onde os três grandes tomaram as principais decisões e impuseram os tratados aos países vencidos. No entanto, apesar da participação do presidente Wilson, os EUA não criaram mecanismos que garantissem sua participação nas reparações de guerra ou o pagamento dos empréstimos e das vendas aos países aliados, ao mesmo tempo em que não reivindicaram nenhum território colonial.
O fim da guerra provocou a retração da economia norte americana, pois a industria de guerra diminuía o ritmo de produção, assim como os soldados que voltavam da guerra não eram absorvidos pelo mercado de trabalho, entre 1919 e 21 o país viveu a "Pequena Crise", determinando a derrota dos democratas.
A partir de 1922 a França e a Inglaterra começam o processo de recuperação e passam a saldar suas dívidas com os EUA, porém esse procedimento somente será colocado em prática, na medida em que os alemães pagarem as reparações de guerra. A partir de 1924, os EUA passam a colaborar com a recuperação da economia alemã, fazendo investimentos no país, garantindo assim o pagamento das reparações e consequentemente das dívidas da época da Guerra esse período, após o ano de 1921, até a crise de 29 ficou conhecido como Big Bussines, caracterizado por grande desenvolvimento tecnológico, grande aumento da produção em novas áreas como a automobilística, geração de emprego e elevação do nível de consumo das camadas médias urbanas. Os edifícios tronaram-se os símbolos da prosperidade norte americana. A política econômica adotada pelos republicanos estimulava o desenvolvimento industrial em setores variados, a concentração de capitais ao mesmo tempo em que inibia as importações; essa política caracterizava-se pelo nacionalismo, que do ponto de vista social traduziu-se em preconceito e intolerância.
A CRISE
Alguns componentes são fundamentais para a compreensão da crise: 1) a superprodução que desenvolveu-se durante e mesmo após a Primeira Guerra Mundial, quando o mercado consumidor estava em expansão. Após a guerra e com o início da recuperação do setor produtivo dos países europeus, a produção norte americana entrou em declínio. Essa situação expressou-se principalmente no setor agrícola.
2) A especulação na década de 20 foi um fenômeno que também alimentou a crise, pois como as empresas estavam obtendo altos lucros, suas ações tenderam a crescer, originando sociedades anônimas e empresas responsáveis apenas por gerir e investir dinheiro.
A primeira expressão da crise ocorre no campo, na medida em que as exportações diminuíam, os grandes proprietários não conseguiam saldar as dívidas realizadas no período da euforia, além disso eram forçados a pagar altas taxas para armazenar seus grãos, acumulando dívidas que os levou, em massa, à falência.
A crise no campo refletiu-se nas cidades com o desabastecimento pois o poder de compra diminuía na medida em que a mecanização da indústria passou a gerar maior índice de desemprego; e ao mesmo tempo promoveu a quebra de instituições bancárias, que confiscavam as terras e ao mesmo tempo não recebiam os pagamentos dos industriais que passavam a não vender sua produção
Muitas famílias tiveram que abandonar seus lares, naqueles dias. Largavam suas casas e sua terra natal, imigrando para estados mais prósperos.
A QUINTA-FEIRA NEGRA
A decadência nas vendas determinou um
grande aumento dos estoques e ao mesmo tempo privou os industriais de capital
necessário para saldar suas dívidas ou mesmo manter sua atividade. Dessa forma,
muitos empresários passaram a vendar suas ações no mercado financeiro, elevando
seu valor, como forma de levantar recursos e manter a produção; porém a
elevação das ações fez com que milhares de pessoas passassem a vender as ações
que, ao não encontrarem compradores despencaram, provocando vertiginosa queda
nas cotações, levando bancos e industrias à falência, determinando a queda dos
preços dos produtos agrícolas, provocando o desemprego de milhares de pessoas:
3 milhões em abril de 1930, 4 milhões em outubro do mesmo ano, 7 milhões um ano
depois, 11 milhões m outubro de 32, de 12 a 14 milhões nos primeiros meses de
1933.
A CRISE MUNDIAL
A crise espalhou-se rapidamente pelo mundo,
devido a interdependência do sistema capitalista. Os EUA eram o maior credor
dos países europeus e latinos e passaram a exercer forte pressão no sentido de
receberem seus pagamentos. Com a quebra industrial, o bastecimento do mercado
latino americano foi afetado, provocando a falte de produtos e a elevação de
preços, as importações norteamericanoas diminuíam e mais uma vez os países
latinos sentiam os efeitos da crise, pois viviam da exportação de gêneros
primários ou mesmo supérfluos, como o café no Brasil.
Na medida em que a economia européia se retraía, as áreas coloniais na Ásia e na África eram afetadas, pois aumentava a exploração das potências imperialistas.O único país a não sentir os efeitos da crise foi a URSS, que naquele momento encerrava o primeiro Plano Quinquenal e preparava o segundo, ou seja, desenvolvia uma economia fechada, que não utilizou-se de recursos externos, apesar das grandes dificuldades do país após a Revolução Russa e a Guerra Civil
Fonte: historianet.com.br
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