É
interessante como os políticos manipulam o povo principalmente durante os
períodos eleitorais, como a propaganda é trabalhada no sentido de tecer elogios
a este ou aquele candidato, como os comícios estão sempre lotados, todo mundo
feliz como se tudo estivesse correndo as mil maravilhas, você já parou para
pensar, quantas pessoas estão lá por livre e espontânea vontade, ou seja, quantos
não estão lá por serem obrigados a aplaudir um determinado governante, pois o
chefe da sua repartição está vigiando, isso ocorre muito com o funcionalismo
público, que está sempre sendo vigiado,
proibido de participar e exigir seus direitos, pois devido estar sob a égide do
Estado, acaba por não poder realmente se expressar, pois teme ser punido.
Durante
o período de Getúlio Vargas, as manifestações de rua estavam sempre lotadas,
será que todos estavam lá por vontade própria?
Vejamos:
O
grosso das manifestações de fidelidade ao Estado Novo repousava (...) nos
estivadores e nos operários das fábricas de tecidos de Bangu. Os estivadores
porque (...) estavam sujeitos a um rígido controle policial e ministerial. As
carteiras profissionais eram apreendidas até a terminação da parada e só podiam
trabalhar no dia seguinte se tivessem passado pelo visto de comparecimento.
Quanto aos operários de Bangu, todos conheciam o íntimo grau de relações
existentes entre seus patrões e o Estado Novo. Havia livro de ponto e punição
para os faltosos. Um verdadeiro comboio de caminhões se encarregava de
trazê-los e levá-los depois da “parada trabalhista espontânea” (...) No tocante
aos trabalhadores das autarquias, a coisa era feita por intermédio de um alto
funcionário (...) os chefes das várias seções e divisões ficavam responsáveis
pelo comparecimento de seus subordinados, os quais(...) eram fiscalizados
(...). Uma classe que se portou com rebeldia contra essas farsas foi a dos
empregados do comércio, justamente por não existirem nela analfabetos (...)
(Affonso
Henriques, Ascensão e queda de Getúlio Vargas. Apude Nosso Século (1930-1945),
p. 204.)
Fonte:
Nos tempos de Getúlio – Da Revolução de 30 ao fim do Estado Novo – Sonia de
Deus Rodrigues Bercito – História em Documentos – 7ª edição – Atual editora.
Portanto,
devemos ter cuidado com as propagandas na hora da escolha de nossos candidatos,
ou seja, não foi por que saiu em um determinado jornal, rádio ou emissora de
televisão, não é por que um artista ou uma personalidade de destaque está
apoiando este ou aquele candidato que devemos fazer nossas escolhas, pensem
nisso meus amigos?
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