Nada é Definitivo!

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Propaganda enganosa.


É interessante como os políticos manipulam o povo principalmente durante os períodos eleitorais, como a propaganda é trabalhada no sentido de tecer elogios a este ou aquele candidato, como os comícios estão sempre lotados, todo mundo feliz como se tudo estivesse correndo as mil maravilhas, você já parou para pensar, quantas pessoas estão lá por livre e espontânea vontade, ou seja, quantos não estão lá por serem obrigados a aplaudir um determinado governante, pois o chefe da sua repartição está vigiando, isso ocorre muito com o funcionalismo público,  que está sempre sendo vigiado, proibido de participar e exigir seus direitos, pois devido estar sob a égide do Estado, acaba por não poder realmente se expressar, pois teme ser punido.
Durante o período de Getúlio Vargas, as manifestações de rua estavam sempre lotadas, será que todos estavam lá por vontade própria?
Vejamos:
O grosso das manifestações de fidelidade ao Estado Novo repousava (...) nos estivadores e nos operários das fábricas de tecidos de Bangu. Os estivadores porque (...) estavam sujeitos a um rígido controle policial e ministerial. As carteiras profissionais eram apreendidas até a terminação da parada e só podiam trabalhar no dia seguinte se tivessem passado pelo visto de comparecimento. Quanto aos operários de Bangu, todos conheciam o íntimo grau de relações existentes entre seus patrões e o Estado Novo. Havia livro de ponto e punição para os faltosos. Um verdadeiro comboio de caminhões se encarregava de trazê-los e levá-los depois da “parada trabalhista espontânea” (...) No tocante aos trabalhadores das autarquias, a coisa era feita por intermédio de um alto funcionário (...) os chefes das várias seções e divisões ficavam responsáveis pelo comparecimento de seus subordinados, os quais(...) eram fiscalizados (...). Uma classe que se portou com rebeldia contra essas farsas foi a dos empregados do comércio, justamente por não existirem nela analfabetos (...)
(Affonso Henriques, Ascensão e queda de Getúlio Vargas. Apude Nosso Século (1930-1945), p. 204.)
Fonte: Nos tempos de Getúlio – Da Revolução de 30 ao fim do Estado Novo – Sonia de Deus Rodrigues Bercito – História em Documentos – 7ª edição – Atual editora.
Portanto, devemos ter cuidado com as propagandas na hora da escolha de nossos candidatos, ou seja, não foi por que saiu em um determinado jornal, rádio ou emissora de televisão, não é por que um artista ou uma personalidade de destaque está apoiando este ou aquele candidato que devemos fazer nossas escolhas, pensem nisso meus amigos?

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