Nazismo
O nazismo
caracterizou-se por ser, no século XX, um dos regimes políticos desenvolvedores
de ideologias perversas e de projetos políticos totalitários.
O termo nazismo advém
da abreviatura “nazi”, que sintetiza o nome do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Esse
partido foi fundado logo após o término da Primeira Guerra Mundial em
1918. Aquele que viria a ser seu principal articulador e líder absoluto, Adolf Hitler, entrou
para o partido em 1919. Com Hitler, o partido nazista começou a defender
posicionamentos políticos que se tornaram uma das ideologias mais perversas da
história.
Imagens G1 - Globo - Adolf Hitler
Contexto histórico
A situação da Alemanha no contexto de ascensão do
nazismo caracterizou-se pelas tentativas de reorganização política e
reestruturação econômica com a chamada República de Weimar, que se ergueu logo após a
derrota alemã na Primeira Guerra e as pesadas resoluções do Tratado de Versalhes. Dessa forma, nos anos 1920, a
Alemanha chegou a conseguir uma recuperação econômica que se tornou estável até
o ano de 1929, quando o mundo sofreu o grande abalo econômico decorrente da
quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
Nesse entretempo, Hitler já havia dado início às
suas articulações dentro do partido nazista, procurando penetrar a estrutura do
Parlamento de Weimar via eleições. No entanto, a representação nazista não
chegava a 4% das cadeiras ocupadas. No ano de 1923, Hitler tentou tomar o poder
no estado da Baviera, em Munique, mas foi preso e condenado. No seu julgamento,
suas palavras expressavam o ódio às sanções do Tratado de
Versalhes e o ressentimento nacionalista e
racista que daria o tom da sua ideologia.
Minha Luta (Mein Kampf) e Ideologia Nazista
Nos seis meses em que ficou preso, Hitler
desenvolveu sua ideologia no livro intitulado Minha Luta (Mein Kampf, em alemão), que se tornou política do Estado
totalitário quando os nazistas tomaram o poder em 1933. Entre as ideias
defendidas pelos nazistas, estava o antissemitismo, isto é, aversão aos judeus e atribuição
da culpa da decadência econômica alemã a esse povo, além da atribuição da
“degenerescência moral e física” da população alemã também à presença dos
judeus e de outros povos (como poloneses, ciganos, negros etc.) na Europa e, em
especial, nos países germânicos (Alemanha e Áustria).
A eugenia (a
ideologia da raça superior e perfeita) também era marca do nazismo e estava diretamente associada ao arianismo, isto é, à eleição da raça branca como uma
raça superior às demais. A política do “espaço vital”, ou seja, um espaço geográfico que comportasse a
expansão da raça ariana, também estava prevista nos planos de Adolf Hitler. A
construção dos campos de concentração, onde
os trabalhos forçados e o extermínio de povos considerados inferiores eram
gerenciados, expressou toda a perversidade dessa proposta política.
Características da política nazista
Com a crise econômica de 1929, todo o esforço de
reestruturação econômica da Alemanha arrefeceu. O partido nazista, nesse período de crise, conseguiu
conquistar simpatizantes de todos os nichos da sociedade alemã, desde veteranos
de guerra e trabalhadores até intelectuais e grandes industriais, atraídos pela
proposta econômica nacionalista e corporativista dos nazistas. Já nas eleições
de 31 de julho de 1932, os nazistas conseguiram 37% dos votos, ocupando assim
230 cadeiras no Parlamento. Era o primeiro passo para a dominação total.
A pressão da presença nazista no Parlamento obrigou
o então presidente Paul Von Hindenburg a nomear Hitler Chanceler da República.
Com o incêndio do Reichstag (Parlamento), os
nazistas puderam pressionar, mais uma vez, Hindenburg a assinar em fevereiro de
1933 um decreto de emergência, suspendendo assim os direitos civis da população
sob a justificativa de que a Alemanha sofria de risco que provinha do próprio
interior da sociedade.
Em março de 1933, Hindenburg aprovou a lei que
permitiu ao Chanceler legislar independentemente do Parlamento. Começava assim
a ditadura nazista, propriamente dita, na qual o
lider, Füher, tinha plenos poderes. A ditadura de Adolf Hitler
teve como características a militarização da sociedade alemã, a máquina de
propaganda intensiva em torno da figura do líder, bem como um cuidadoso culto
de sua personalidade e dos ritos e símbolos que o partido desenvolveu.
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