Foi assim no passado e continua sendo no presente.
Com certeza muitos Heróis ainda surgirão, outros com o tempo serão desmascarados e assim segue.
Devemos lembrar das palavras do alemão Bertolt Brecht "Infeliz o país que precisa de heróis".
ou ainda "Se queres entender o presente, conheça o passado" (confúcio)
Algumas criações:
Imagem de Tiradentes
D Pedro I
Marechal Deodoro da Fonseca
Abaixo um texto super interessante do historiador José Murilo de Carvalho sobre o tema:
Heróis são símbolos poderosos, encarnações de ideias e aspirações, pontos de referência, fulcros de identificação coletiva. São, por isso, instrumentos eficazes para atingir a cabeça e o coração dos cidadãos a serviço da legitimação dos regimes políticos. Não há regime que não promova o culto de seus heróis e não possua o seu panteão cívico.
Em alguns casos, os heróis surgiram quase espontaneamente das lutas que precederam a nova ordem das coisas. Em outros, de menor profundidade popular, foi necessário mais esforço na escolha e promoção da figura do herói.
É exatamente nesses últimos casos que o herói é mais importante. A falta de envolvimento real do povo na implantação do regime leva á tentativa de compensação, por meio da mobilização simbólica. Mas, como a criação de símbolos não é arbitrária, não se faz no vazio social, é aí também que se colocam as maiores dificuldades na construção do panteão cívico.
Herói que se preze tem que ter, de algum modo, a cara da nação. Tem de responder a alguma necesidade de aspiração coletiva, refletir algum tipo de personalidade ou comportamento que corresponda a um modelo coletivamente valorizado.
Na ausência de tal sintonia, o esforço de mitificação de figuras políticas resultará vão. os pretendidos heróis serão, na melhor das hipóteses, ignorados pela maioria e, na pior, ridicularizados.
Fonte: José Murilo de Carvalho - A formação das lamas.São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
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