Na Idade Média, a química chamava-se alquimia, mas não tinha nenhuma relação com a química moderna, porque os alquimistas não eram, salvo raras exceções, verdadeiros cientistas.
Não se entregavam, como os de hoje, a longas e minuciosas experiências; ao contrário, confiavam à magia a resolução dos seus problemas.
Os laboratórios eram sinistros, cheios de odores nauseabundos. As prateleiras e mesas estavam sempre cheias de frascos, de formas e cores bizarras; em torno, espalhavam-se, em desordem, papéis cobertos de sinais cabalísticos.
Um dos seus sonhos era a transmutação dos metais, isto é, a transformação de qualquer metal em ouro.
Acreditavam que todos os metais eram, na realidade, ouro, o "metal perfeito", em estado de impureza. Esforçavam-se, por isso, para achar um fermento misterioso, que tivesse a propriedade de transformá-los em ouro. Chamavam a esse fermento sólido a "pedra filosofal".
Outro sonho dos alquimistas era a fabricação do "elixir da longa vida". Este elixir curaria todas as doenças e conservaria a juventude.
Os alquimistas acabaram por ter tão má reputação, que foram desaparecendo pouco a pouco. Contudo, seus trabalhos não foram sem utilidade. Descobriram vários metais e vários produtos químicos.
Chegaram a numerosos aperfeiçoamentos na fabricação de frascos e tinturas. Os químicos de hoje utilizam, ainda aparelhos que eles inventaram. Finalmente, lançaram algumas bases da química moderna.
Fonte: Enciclopédia Delta Júnior.
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