Nada é Definitivo!

"Como o nome do Blog diz, não existe uma única verdade, portanto, sempre temos que investigar tudo o que nos dizem sobre a história, para que possamos chegar mais próximos de uma verdade. Este blog é apenas um dos vários caminhos que existem, sejam bem vindos."

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

COMO FICOU A VIDA DOS EX-ESCRAVOS APÓS A LEI ÁUREA?

 


Como ficou a vida dos ex-escravos após à abolição.

Fonte: Escola Kids Uol

A primeira grande reação dos libertos com a Lei Áurea foi, naturalmente, comemorar. À medida que a notícia espalhava-se, grandes comemorações eram realizadas e festas aconteceram tanto nas grandes cidades, como nas zonas rurais do Brasil. Uma vez passada a euforia, a nova situação levou os libertos a procurarem melhores alternativas para viver, e Walter Fraga, utilizando o cenário do Recôncavo Baiano, fala que uma das reações dos libertos foi mudarem-se de lugar.|9|

Assim, muitos escravos acabaram abandonando as fazendas nas quais foram escravizados e mudaram-se para outras ou então foram para cidades. Essas migrações de ex-escravos aconteceram por múltiplos fatores. Os libertos mudavam-se para distanciarem-se dos locais em que foram escravizados, ou então iam para outros lugares procurar parentes e estabelecer-se juntos desses ou até mesmo procurar melhores salários, conforme descreve Walter Fraga.

Essas migrações, na maioria dos casos, eram uma ação mais realizada pelos homens jovens, por terem melhores possibilidades de estabelecerem-se em uma terra para cultivá-la. As mulheres que possuíam filhos e os idosos tinham menos possibilidades de migrar à procura de melhores condições.

A migração de ex-escravos gerou uma reação de grandes proprietários e das autoridades daquela época trazendo-lhes muita insatisfação, sobretudo porque os primeiros não aceitavam mais as condições de trabalho degradantes que existiam antes de 1888 e porque estavam sempre em busca de melhores salários. Assim, os grandes proprietários, sobretudo do interior do país, começaram a pressionar as autoridades para que elas reprimissem essa movimentação.

Com isso, os grupos de ex-escravos que migravam começaram a sofrer com a repressão e foram sendo taxados de vadiagem e vagabundagem. Essa medida focava, sobretudo, os libertos que eram mais insubordinados e que costumavam não aceitar as condições impostas pelos grandes proprietários.

Muitas vezes também, os grandes fazendeiros e antigos donos de escravos impediam que os libertos fizessem suas mudanças. Muitos desses eram ameaçados fisicamente para que não se mudassem, e outra estratégia utilizada era a de tomar a tutoria dos filhos dos ex-escravos. Inúmeros grandes proprietários acionavam a justiça para ter a tutoria sobre os filhos dos libertos e com isso forçavam esses a permanecerem em sua propriedade. Houve, inclusive, casos de filhos de libertos que foram sequestrados.

Existiram senhores de escravos que não aceitavam pagar salários para os ex-escravos, mas havia muita resistência por parte dos libertos quanto a isso. Após a Lei Áurea, os libertos passaram a questionar as condições que lhes eram oferecidas e essa atitude passou a ser vista como insolência. A repressão mencionada anteriormente foi uma resposta dos grandes fazendeiros a isso.

Se os libertos não encontrassem condições que lhes agradassem, e se tivessem outras condições, a migração era sempre uma opção. Os pagamentos exigidos eram realizados diariamente ou semanalmente e a jornada deveria ter um limite. Aqueles que se mudavam para as cidades acabavam aprendendo diferentes ofícios, tais como o de marceneiro, charuteiro (produtor de charuto), servente, pedreiro etc. As mulheres, na maioria dos casos, assumiam posições relacionadas com o trato doméstico.

Logo após a abolição da escravatura, uma das questões mais importantes, e que foi definidora para garantir a manutenção do liberto como um indivíduo marginal e subalterno na pirâmide social, foi a questão da terra. Não foi realizada reforma agrária e, assim, a grande maioria dos 700 mil libertos, a partir de 1888, não teve acesso à terra, sendo esses forçados a sujeitarem-se aos salários baixos oferecidos pelos grandes proprietários.

A falta de acesso à educação por parte dos libertos, como mencionado em uma citação anterior, era uma preocupação para esses e foi uma questão fundamental para manter esse grupo marginalizado. Sem acesso ao estudo, esse grupo permaneceu sem oportunidades para melhorar sua vida.

Após a abolição, muitos libertos acabaram optando por retornarem ao continente africano, dada as dificuldades encontradas aqui para eles. Todas as dificuldades, porém, não foram impeditivos para fazer com que os libertos relembrassem e comemorassem o 13 de maio como um marco da sociedade brasileira.

|9| FILHO, Walter Fraga. Migrações, itinerários e esperanças de mobilidade social no recôncavo baiano após a abolição. Cadernos — trabalho e política. Acesso em: 30 abr. 2019. Para acessar, clique aqui.

Por Daniel Neves

Graduado em História"

Fonte: SILVA, Daniel Neves. "Como ficou a vida dos ex-escravos após a Lei Áurea?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/como-ficou-vida-dos-ex-escravos-apos-lei-aurea.htm. Acesso em 13 de fevereiro de 2023.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

A Queda do Império Romano do Ocidente

 

A Queda do Império Romano do Ocidente

"Desagregação é o termo que os historiadores utilizam para explicar a queda do Império Romano, que aconteceu em 476 d.C., quando o último imperador romano, Rômulo Augusto, foi destituído por Odoacro, rei do povo germânico hérulo. A parte ocidental do império foi ocupada pelos germânicos, e a parte oriental continuou existindo sob o nome de Império Bizantino.

 

Fonte: História do Mundo

Crise do Império Romano

A crise do Império Romano iniciou-se a partir do século II-III d.C. Marcaram esse período a crise econômica, a corrupção, os sucessivos golpes e assassinatos realizados contra imperadores e, como elemento final, as invasões germânicas.

 

O século III foi marcado por uma grande sucessão de imperadores, o que evidenciou a instabilidade desse período, pois, em um período aproximado de 50 anos, o Império Romano teve cerca de 16 imperadores – muitos deles mortos após conspirações.

 

Além disso, o fim da expansão territorial romana afetou fortemente a economia. A partir do século II, o Império Romano passou a priorizar a manutenção do gigantesco território conquistado. Isso afetou diretamente o sistema escravista, que era sustentado a partir dos prisioneiros de guerra levados ao Império como escravos. A crise do sistema escravista foi ampliada na medida em que os povos conquistados recebiam o direito à cidadania romana.

 

Esse contexto desencadeou uma crise econômica em razão da diminuição da produção agrícola e do encarecimento dos alimentos. O encarecimento dos alimentos gerou fome, e revoltas aconteceram em determinadas regiões. Além disso, essa crise econômica afetou diretamente a manutenção dos exércitos localizados nos limes, as fronteiras do Império Romano.

 

Germânicos

A crise econômica resultou na diminuição do contingente militar romano e, assim, as fronteiras tornaram-se vulneráveis aos ataques estrangeiros. As fronteiras sempre foram ameaçadas por povos estrangeiros, mas, a partir do século II, essa ameaça acentuou-se e, no século V, tornou-se insustentável com o fluxo migratório dos germânicos.

Os povos germânicos eram chamados de “bárbaros” pelos romanos por não compartilharem a mesma cultura e por não falarem latim. Eles habitavam regiões ao norte e leste das fronteiras do império, que eram chamadas de Germânia pelos romanos. Além disso, parte dos povos germânicos – em sua maioria, pagãos – converteram-se ao cristianismo arianista, que havia sido condenado pela Igreja Católica como heresia. Isso contribuiu para que a rivalidade entre romanos e germânicos aumentasse. O arianismo era uma interpretação teológica do Cristianismo que negava a divindade de Jesus Cristo."

"As invasões germânicas, em geral, são explicadas pelo resfriamento climático e pelo aumento populacional, o que criou uma necessidade por melhores terras para garantir a sobrevivência. Por essa razão, partes do Império Romano (Gália e Península Ibérica) já haviam sido invadidas desde o século III.

O principal motivo levantado pelos historiadores para explicar a grande migração germânica do século V foi a chegada dos hunos – um povo nômade que havia migrado desde as estepes da Ásia Central. Por onde chegavam, os hunos traziam pânico, e muitos povos escolhiam fugir da presença huna. A chegada dos hunos causou a migração de dois povos para as terras ocidentais do Império Romano: ostrogodos e burgúndios.

Em 410, a cidade de Roma foi saqueada pelos visigodos e, a partir daí, uma sucessão de povos invadiu as terras romanas: alanos, suevos, vândalos, alamanos, jutos, anglos, saxões, hunos, francos etc. Todos esses povos, ao perceberem o enfraquecimento da parte ocidental do Império Romano, instalaram-se nas terras e criaram novos reinos. Muitos deles foram absorvidos por outros a partir da guerra.

O Império Romano do Ocidente agonizou até 476, quando a cidade de Roma foi invadida pelos hérulos e o último imperador romano foi destituído. O estabelecimento dos povos germânicos nas antigas terras romanas levou ao surgimento de novos reinos, que originaram as nações modernas da Europa. As transformações que aconteceram nesse processo resultaram na formação das características que definiram a Europa no auge do período medieval.

Fonte da pesquisa acima:

SILVA, Daniel Neves. "Queda do Império Romano"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/queda-imperio-romano.htm. Acesso em 10 de fevereiro de 2023.

 

As Pirâmides do Egito

 

Pirâmides do Egito: tudo sobre os principais monumentos do país 


As pirâmides do Egito estão entre os principais motivos para que turistas de todo canto do mundo coloquem o país africano no roteiro de viagens.

Muitas pessoas, porém, podem se surpreender ao descobrir que elas não se restringem às famosas Queóps, Quéfren e Miquerinos, que ocupam o complexo de Gizé. Em todo o país há mais de uma centena desses impressionantes monumentos históricos.

O que são as pirâmides? Como elas foram construídas, o que há dentro delas? Descubra a resposta para as maiores dúvidas neste post sobre as “jóias” do Egito. 



Pirâmides do Egito: história e curiosidades 

É bem provável que as pirâmides façam parte do roteiro de nove em cada 10 pessoas com viagem para o Egito marcada — exagerando um pouquinho, podemos dizer que estão em todos os roteiros.

Não é por menos, afinal estamos falando dos grandes símbolos do país em todo o mundo.

Assim como a Torre Eiffel está para a França ou o Cristo Redentor está para o Brasil, as pirâmides representam o Egito internacionalmente.

Só que elas também simbolizam o glorioso passado de uma das mais notáveis civilizações da Antiguidade. As pirâmides egípcias traduzem, ao mesmo tempo, o enriquecimento, o poder, a fé e a inteligência dos egípcios.

Não acha possível tudo isso? Então este post é para você entender o que são essas imponentes construções e ter ainda mais vontade de vê-las bem de perto.

O que são as pirâmides do Egito?

As pirâmides egípcias são estruturas construídas há mais de 4.500 anos onde eram sepultados os faraós, os reis do Egito Antigo.

Feitas de enormes blocos de pedra, que pesavam, em média, mais de 2 toneladas, elas abrigavam em seu interior câmaras mortuárias, corredores estreitos e íngremes, galerias e passagens falsas. 

Por trás de toda essa arquitetura há uma explicação: como os faraós eram “enterrados” com suas riquezas, os locais eram alvos fáceis de ladrões e saqueadores, por isso a intenção era dificultar ao máximo que eles encontrassem o caminho até os sarcófagos. 

Pirâmides eram vistas como símbolo da prosperidade econômica da civilização egípcia por se tratarem de construções grandiosas e modernas para a época.

Ao mesmo tempo, elas representavam o poder dos faraós e a fé que o povo tinha nesses representantes. Além de líderes políticos, eles eram cultuados como filhos de deuses, o que explica a importância religiosa dos faraós para os egípcios.  

Quantas são?

Quando falamos em pirâmides do Egito, a imagem clássica que vem à cabeça é a das Pirâmides de Gizé imponentes perto de outras pirâmides menores.

Bom, se você acha que são elas as únicas pirâmides presentes no país, é hora de saber que esse número é bem maior.

Ao menos 123 pirâmides foram conhecidas e catalogadas até 2008, ano em que aconteceu a última descoberta — sem contarmos as ruínas do que foram, um dia, pirâmides.

Vale ressaltar que nem todas elas apresentam bom estado de conservação, como Gizé, mas ainda assim são parte importante da história egípcia e podem ser vistas por quem viaja pelo Egito.  

Quem as construiu?

Difícil é não ficar imaginando quem construiu as pirâmides do Egito, mas também a forma como elas foram construídas.

Embora no passado esse trabalho tenha sido associado a obras alienígenas, a versão melhor aceita é de que as pirâmides são obras de trabalhadores livres, a maioria deles camponeses.

Nos períodos de cheia do Rio Nilo, os camponeses da região trabalhavam em obras públicas em troca de alimento e cuidados médicos, mas também em devoção aos faraós.

Ok, mas além de saber quem são os responsáveis, como foram construídas as pirâmides do Egito?

Esta sim é uma questão intrigante! O que cientistas e pesquisadores tratam como fato, com base em descobertas arqueológicas, é que os egípcios utilizam trenós de madeira para mover os enormes blocos de pedra — a mais pesada de Quéops tem 6 toneladas!

Para mover os trenós, eram utilizadas cordas, troncos, um sistema de alavancagem (os egípcios tinham conhecimentos avançados para a época) e até a água.

O Egito está entre os destinos turísticos do continente africano mais procurados pelos viajantes por suas construções incríveis, cidades históricas e por ser uma viagem barata.

Para conhecer o país, o seguro viagem não é obrigatório, porém deve ser visto como um dos itens essenciais para o seu passeio.

Lembre-se que você estará longe de casa e em um país de cultura bem diferente da nossa. E diante de situações inesperadas, como problemas médicos ou dentários, acidentes, perda de documentos, o seguro vai oferecer a assistência necessária nesses momentos.

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Qual é a função das pirâmides do Egito?

As pirâmides eram construídas para servirem de túmulo dos faraós do Egito Antigo.

Mas eles não eram os únicos: familiares, entre eles cônjuges, filhos e mães, sacerdotes e os funcionários de um faraó também eram sepultados nas impressionantes construções.

Isso explica, inclusive, o porquê do formato das obras faraônicas. Eles acreditavam que a estrutura apontando para o céu facilitava a ascensão do faraó ao céu, onde ele seria acolhido pela divindade Rá, após a morte.

A altura dos monumentos também se explica pela crença, pois quanto mais alto, mais próximo ele estaria do céu.

Embora essa seja a finalidade, outras teorias foram usadas ao tentar explicar para que serviam as pirâmides do Egito. Elas já foram ligadas a locais de refúgio e estoque de alimentos, mas nenhuma dessas hipóteses vingou.

O que tem dentro das pirâmides hoje em dia?

No imaginário, a ideia de que as pirâmides egípcias guardam os sarcófagos com corpos mumificados dos faraós e suas riquezas deve ser um grande atrativo para conhecê-las.

Mas, infelizmente, é bom tomar um pouquinho de cuidado com toda essa empolgação. 

Nem múmias, nem tesouros serão vistos por quem visita a parte interna das pirâmides. Como dissemos, elas sofreram com constantes saques de ladrões, atraídos pelas riquezas que eram enterradas junto aos faraós.

Só que isso não deve diminuir o interesse, pelo contrário. É possível ver bem de perto a arquitetura planejada das pirâmides e as salas construídas para abrigar os reis egípcios.

Fora isso, você estará dentro de alguns dos monumentos mais importantes de toda a história, ou seja, o passeio continua valendo a pena (e muito!).  

Este artigo foi tirado do site: https://www.segurospromo.com.br/blog/piramides-do-egito

 

A História de São Paulo

 

São Paulo é um estado brasileiro da região Sudeste. Trata-se da unidade de federação mais populosa do país, com 46 milhões de pessoas, e abriga também a cidade com maior concentração de habitantes do Brasil, que é a sua capital.

Fonte: Governo do Estado de São Paulo


O estado possui clima Tropical e relevo caracterizado pela presença de planaltos e depressões. Ainda no século XX, São Paulo se tornou um dos principais centros econômicos do Brasil.

Dados gerais de São Paulo

  • Região: Sudeste
  • Capital: São Paulo
  • Governo: democracia representativa
  • Área territorial: 248.219,481 km² (IBGE, 2020)
  • População: 46.289.333 habitantes (estimativa IBGE, 2020)
  • Densidade demográfica: 166,23 hab./km² (IBGE, 2010)
  • Fuso: Horário Padrão de Brasília (GMT -3)
  • Clima: Tropical

Geografia de São Paulo

São Paulo fica na região Sudeste do Brasil. Possui área territorial de 248,21 mil km², sendo assim o 12º estado brasileiro em extensão. A leste, dispõe de uma faixa costeira de aproximadamente 622 km. Faz divisa:

  • ao norte, com Minas Gerais
  • a leste, com Rio de Janeiro
  • a sul e sudoeste, com Paraná
  • a oeste, com Mato Grosso do Sul
  • Clima de São Paulo

O clima predominante no estado de São Paulo é o Tropical, havendo variações nas porções mais elevadas do território (Tropical de Altitude) e também nas áreas litorâneas (Tropical Atlântico).

No geral, os invernos são mais amenos e os verões são quentes. As temperaturas médias no estado ficam entre 18 ºC e 22 ºC, sendo a região oeste consideravelmente mais quente do que as terras mais elevadas e a leste. Os invernos tendem a ser secos na maior parte de São Paulo, e no verão, há a estação chuvosa. O volume anual de chuvas supera os 2000 mm no litoral, enquanto varia de 1500 mm, nas áreas centrais, até 1000 mm ou menos, nas cidades a oeste.

  • Relevo de São Paulo

O relevo paulista é formado por planaltos e depressões, concentrando as maiores elevações na porção oriental do território, próximo do litoral. As médias altimétricas variam na faixa dos 300 m aos 900 m.

As principais elevações do estado são as serras do Mar e da Mantiqueira, situadas a leste. Fica na Mantiqueira o pico dos Marins, com 2420 metros. Na divisa com o Rio de Janeiro, fica a pedra da Mina, a 2798 metros de altitude.

As formações vegetais características do Cerrado (32,7% da área estadual) e da Mata Atlântica (67,3%) recobrem o estado, enquanto no litoral são encontrados mangues e restingas, além das formações pioneiras nas áreas úmidas tanto da costa quando das zonas fluviais.

Hidrografia de São Paulo

O sistema de drenagem de São Paulo está dividido entre as bacias hidrográficas do Paraná e do Atlântico Sudeste. O rio Tietê é o principal do estado, atravessando-o de noroeste a sudeste. Outros importantes rios são o Grande, Paraíba do Sul, Paranapanema, Mogi Guaçu, Piracicaba e Ribeira do Iguape.

 

Demografia de São Paulo

O estado de São Paulo é o mais populoso do Brasil. De acordo com as estimativas do IBGE para 2020, a população paulista é de 46.289.333 pessoas, valor equivalente a 21,9% da população brasileira. A densidade demográfica do estado era de 166,23 hab./km² à época do Censo de 2010. Atualmente esse valor chega a 186,48 hab./km², tendo em vista que São Paulo ganhou mais de cinco milhões de habitantes em uma década.

A taxa de urbanização do estado é de 95,9%. A cidade de São Paulo é seu município mais populoso e também a maior capital do país, reunindo hoje 12.325.232 habitantes. Outros dois municípios possuem população acima de um milhão de habitantes: Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, e Campinas. Destacam-se, ainda, São José dos Campos, São Bernardo do Campo e Santo André.

O município de São Paulo é o mais populoso do estado e também do Brasil.

Divisão geográfica de São Paulo

O estado de São Paulo é composto por 645 municípios. O IBGE agrupa essas unidades territoriais em 53 regiões geográficas imediatas, as quais se subdividem em 11 regiões intermediárias:

  • São Paulo
  • Sorocaba
  • Bauru
  • Marília
  • Presidente Prudente
  • Araçatuba
  • São José do Rio Preto
  • Ribeirão Preto
  • Araraquara
  • Campinas
  • São José dos Campos

Governo de São Paulo

São Paulo é uma democracia representativa, o que significa que a população elege os seus governantes periodicamente, a cada quatro anos, por meio das eleições estaduais. O chefe do Poder Executivo é o governador. O Legislativo é representado por três senadores, 70 deputados federais e 94 deputados estaduais.

Infraestrutura de São Paulo

transporte rodoviário é o principal modal utilizado para o deslocamento de pessoas e cargas em São Paulo. O estado possui uma densa rede rodoviária de 37 mil km, contabilizando as estradas federais e estaduais. Entre as vias federais que cruzam o território paulista estão: um trecho da BR-050 conhecido como Rodovia Anhanguera (SP-030), BR-101, BR-116, BR-153, BR-364 e outras.

A malha ferroviária paulista é importante para o transporte de cargas derivadas, principalmente, do setor primário exportador, fazendo a conexão das áreas produtoras com outros modais, como a Hidrovia Tietê-Paraná, e com os portos tanto em São Paulo quanto em estados vizinhos. O Porto de Santos, localizado no litoral paulista, é atualmente a principal via de exportação nacional e um dos maiores complexos portuários da América Latina.

Cultura de São Paulo

A cultura de São Paulo é bastante plural, o que se deve à sua composição populacional diversa. Encontram-se aspectos derivados das populações indígenas, africanas, europeias e de vários outros locais do mundo. Vivem atualmente em São Paulo mais de três milhões de imigrantes que vieram de outras regiões do país e diversas nações, contribuindo de maneira direta para a diversidade cultural observada no estado.

História de São Paulo

As populações indígenas eram predominantes no território paulista quando da chegada dos primeiros portugueses, que aconteceu logo no início da colonização. Martim Afonso de Souza aportou no litoral de São Paulo e fundou a Vila de São Vicente, no ano de 1532. O povoamento das terras situadas além da faixa costeira teve início com os padres jesuítas da Companhia de Jesus, que construíram o chamado Colégio São Paulo de Paraitinga, em 1554. A edificação fica no atual centro histórico da capital paulista sob o nome de Pátio do Colégio.

São Paulo era o local de partida das expedições conhecidas como bandeiras, que tinham como objetivos a captura de indígenas para se tornarem mão de obra escravizada e a descoberta de metais preciosos pelo interior do Brasil nos séculos XVII e XVIII.

O desenvolvimento econômico da região se deu de forma acelerada com a introdução das lavouras cafeeiras no interior paulista, no século XIX. Com a abolição da escravidão no final do período, intensificou-se a entrada de imigrantes no estado. A economia cafeeira possibilitou um grande acúmulo de renda e o despontar tanto da infraestrutura de transportes, com o advento das ferrovias, quanto da indústria.

O processo de urbanização se intensificou nos séculos XX e XXI, ao mesmo tempo em que houve a ampliação e diversificação da indústria paulista, consolidando São Paulo como um dos principais centros econômicos e industriais do país.

O artigo acima foi tirado do Site:  brasilescola.uol.com.br

Autora do texto: Paloma Guitarrara- Professora de Geografia