Nada é Definitivo!

"Como o nome do Blog diz, não existe uma única verdade, portanto, sempre temos que investigar tudo o que nos dizem sobre a história, para que possamos chegar mais próximos de uma verdade. Este blog é apenas um dos vários caminhos que existem, sejam bem vindos."

sábado, 17 de novembro de 2018

Como lembrar as treze colônias ingleses

Ocorreu um desafio em sala de aula

O professor pediu as treze colônias ingleses?

É fácil ....é só seguir as frases abaixo:

Não Me Caso Por Dinheiro
Rádio Patrulha Vai Pegar Geral.

As iniciais representam as treze colônias,  sendo que é só seguir o número de colônias por iniciais, ou seja, 3  2  3  1  1  1  1  1  = 13    -    Não considerar a letra P que se repete.

Vamos as colônias:
Frase um -
 N = Nova York, Nova Jersey e Nova Hampshire;
M = Massachusetts e Maryland;
C = Connecticut, Carolina do Norte e Carolina do Sul;
P = Pensilvânia;
D = Deleware;

Frase dois -
R = Rhode Island;
V = Virgínia;
G = Geórgia.

Elaborado pelo Professor David Pereira.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Segundo Reinado do Brasil.




SEGUNDO REINADO – GOVERNO DE DOM PEDRO II (1840-1889)
Em 1840, ocorreu o Golpe da Maioridade, ou seja, D. Pedro II com apenas 15 anos assume como Imperador do Brasil.
Dom Pedro II


GOVERNO COM ESTABILIDADE POLÍTICA E ECONÔMICA
Na época existia dois partidos políticos:
Conservadores – queriam centralização do poder nas mãos de D. Pedro II, ou seja, na relação com as províncias (Estados), o governo que toma as decisões.
Liberais – As províncias (Estados) governam junto com D. Pedro II, ou seja as províncias teriam mais autonomia (poder de decidir)
D. Pedro II resolveu agir, para atender os dois partidos, em um momento apoiava os conservadores, no outro, apoiava os liberais, com isso contentava todos. Essa forma de agir ficou conhecido como Parlamentarismo às Avessas (1847).
D. Pedro II, manteve o poder Moderador, ou seja, além dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o poder Moderador dava ao imperador a decisão final em todas as questões.
Em 1844, foi criado a Tarifa Alves Branco, essa lei favorecia os produtos nacionais, pois cobrava mais impostos dos estrangeiros, assim D. Pedro II estimulou o crescimento industrial Brasileiro.
Em 1845, a Inglaterra aprovou a Lei Bill Aberdeen, essa lei dava a Inglaterra o poder de confiscar navios negreiros (navios que traziam escravos da África). Consequentemente, após essa lei o Brasil aprovou a Lei Eusébio de Queirós em 1850, essa lei determinou o fim do Tráfico Negreiro no Brasil.
Em 1850, D. Pedro II também fez aprovar a Lei de Terras, esta Lei fez com que a terra só poderia ser comprada do Estado, portanto a terra passa a ser mercadoria, consequentemente só os mais ricos conseguiram adquirir terras, fato esse que deixou os mais pobres afastados da terra.
Dom Pedro e a política entre os Conservadores e os Liberais.


O CAFÉ FOI O MELHOR PRODUTO PARA A ECONOMIA DO PAÍS.
Destaque para as regiões do Vale do Paraíba (São Paulo e Rio de Janeiro) e no Oeste Paulista (São Paulo).
Devido a Lei Eusébio de Queirós que proibia a chegada de escravos, os produtores de Café começaram a contratar mão de obra assalariada, assim começou a vinda de imigrantes para o Brasil, principalmente Italianos e Alemães.

O Café era o produto mais importante da economia do país.



REVOLTAS NO SEGUNDO REINADO:
Revolta da Balaiada (1838-1841) – ocorreu no Maranhão, recebeu esse nome, pois a maioria eram produtores de Balaio (cesto), reivindicavam menos impostos.
Revolução Farroupilha (1835-1845), ocorreu no Rio Grande do Sul, queriam menos impostos para o charque (carne produzida na província) e também queriam mais autonomia para à província.
Revolta Praieira (1848-1849), ocorreu em Pernambuco, queriam o fim do poder moderador, voto universal (voto para todos), liberdade de imprensa e fim do domínio português no comércio local.

A GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870)
O Ditador Solano Lopes do Paraguai queria aumentar seu território e conseguir uma saída para o mar para seu país.
O início do conflito foi quando o Paraguai aprisionou um navio Brasileiro e invadiu o Sul do Mato Grosso. O Paraguai também invadiu terras da Argentina e Uruguai, tudo isso fez com que o Brasil se unisse com a Argentina e mais o Uruguai, formando a Tríplice Aliança e investisse contra o Paraguai.
A Guerra acabou em 1870 com a morte de Solano Lopes.
Embora o Brasil saiu vencedor, essa guerra trouxe uma dívida enorme ao nosso país.

Guerra do Paraguai


A ESCRAVIDÃO NO SEGUNDO REINADO
Começaram a surgiu leis para acabar com a escravidão.
Em 1871, surgiu a Lei do Ventre Livre – filhos de escravas nascidos a partir dessa lei estava livres, porém ainda precisavam trabalhar até a idade de 21 anos ao proprietário das fazendas.
Em 1885, Lei dos Sexagenários – escravos com 60 anos ou mais ganharam a liberdade.
Em 1888, a Princesa Isabel fez a Lei Áurea, essa lei decretou o fim da escravidão no Brasil, porém cabe lembrar que não inseriu os ex-escravos na sociedade.

Lei Áurea


QUEDA DO IMPÉRIO
Perca de apoio de alguns setores da sociedade:
Questão Religiosa – Igreja Católica.
As ordens do Papa não imperava antes de ser aprovada pelo imperador.
Ocorreu um fato – Seguindo ordem do Papa, dois Bispos puniram padres ligados a Maçonaria (sociedade secreta), porém Dom Pedro II condenou os Bispos a 4 anos de prisão. Esse episódio abalou a relação entre a igreja e o imperador.

Questão Militar - Após a Guerra do Paraguai, os militares achavam que não eram reconhecidos pelo governo, tinham baixos salários e não podiam se manifestar na imprensa.

Questão da Elite - Grandes proprietários de terra ficaram chateados com as leis abolicionistas (leis que favoreciam os escravos), pois eles tratavam os escravos como mercadorias e não queriam tomar prejuízos com o fim da escravidão.

POR FIM, COMEÇOU A SURGIR IDEIAS REPUBLICANAS, OU SEJA, FIM DA MONARQUIA.
Setores da sociedade convenceram o Marechal Deodoro da Fonseca.
Assim, no dia 15 de Novembro de 1889, foi Proclamada a República através de um Golpe Militar.
A família Real foi embora para à França.


Marechal Deodoro da Fonseca



Família Real em seus últimos momentos no Brasil.

FIM DO SEGUNDO REINADO.
Elaborado pelo Professor David Pereira.

terça-feira, 24 de julho de 2018

O Rio Nilo



RIO NILO

Rio Nilo é um rio caudaloso que está localizado no continente africano e sua bacia hidrográfica abrange cerca de 10 países: Egito, Etiópia, Uganda, Ruanda, Burundi, Quênia, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia, República Democrática do Congo.
Situado no nordeste da África, o Nilo é o rio de maior extensão do mundo com aproximadamente 7 mil quilômetros. Sua nascente é em Uganda, e sua foz é no Mar Mediterrâneo. Parte do rio Nilo passa pelo Deserto do Saara.

Ele nasce da confluência de dois rios: Nilo Branco e o Nilo Azul, e sua bacia hidrográfica abrange cerca de 3 milhões de km², sendo utilizado como fonte de energia elétrica através do represamento de suas águas. A usina hidroelétrica de Assuã, construída em 1971, possui grande importância na região.
O rio Nilo apresenta grande irregularidade em seu volume de água e nos períodos de cheias (junho a setembro) fertilizam suas margens com os húmus (matéria orgânica) e irrigam as planícies que o circundam. Todavia, seu regime natural de cheias foi alterado desde a construção da hidrelétrica de Assuã.

Importância do Rio Nilo na Antiguidade

Para os egípcios o rio Nilo era sagrado. Algumas histórias bíblicas de Moisés citam o rio Nilo. Desde a antiguidade, o ele teve um papel preponderante na construção de diversas civilizações, posto que muitas populações ribeirinhas se desenvolveram em suas margens.
Sua existência permitiu o desenvolvimento da civilização egípcia, visto que maior parte do território está localizado em regiões desérticas.
Próximo ao rio, eles viviam da pesca e da agricultura (sobretudo cultivo de cereais) garantida pelas cheias do Nilo, que favoreciam a fertilização do solo.
Além da agricultura, o rio Nilo foi uma das mais importantes fontes de água para os egípcios e ainda, permitiu a intensificação do transporte (de pessoas e de mercadorias) e do comércio na região.

Rio Nilo Atualmente

Até os dias de hoje, o rio Nilo possui elevada importância para as populações africanas, uma vez que garante a sobrevivência de parte do continente. É um rio fronteiriço e, portanto, compartilha de suas águas com outros países, sendo essencial para o desenvolvimento social e econômico de diversos territórios africanos.
O turismo é uma das atividades muito apreciada por diversos estrangeiros. Entretanto, o impacto dessa atividade na região por meio da expansão de hotéis flutuantes, tem gerado muita poluição e perda da biodiversidade local.

Fauna e Flora

A região do rio Nilo apresenta grande biodiversidade com diversas espécies de peixes, aves, répteis. O animal que merece destaque é o crocodilo do Nilo, um dos maiores do planeta.
Parte do Nilo é cercado por florestas tropicais, donde encontra-se há grande variedade de espécies vegetais, com árvores de grande e médio porte. Destacam-se as seringueiras, bananeiras e bambus. A medida que se aproxima da região desértica a vegetação torna-se mais escassa.
Fonte: www.todamateria.com.br



O Rio Jordão



RIO JORDÃO
rio Jordão é um extenso rio e um dos mais importantes do Oriente Médio. Ele faz fronteira com Israel e Jordânia, passando também por parte da Síria.
Possui grande importância história sendo um dos locais mais antigos do mundo em que foram localizados vestígios de ocupação humana. Além disso, apresenta grande importância na história de algumas religiões.
Principais Características
O rio Jordão tem extensão de quase 200 km e apresenta uma largura máxima de 30 metros. Possui profundidade média de 1 metro e máxima de 30 metros.


Ele nasce no sul da Síria, no Monte Hermão, atravessa o lago Hulé e deságua no mar Morto. Em grande parte de sua trajetória ele está abaixo do nível do mar.
Seu nível de salinidade é baixo, no entanto, ele vai aumentando conforme suas águas se aproximam do mar da Galileia e do mar Morto. Seus principais afluentes são os rios: Rio Hasbani, Rio Dan e o Rio Banias.
Atualmente o rio Jordão vem sofrendo com ações humanas (aumento da poluição) e diminuição de seu volume original.
Rio Jordão na Bíblia
A história do rio Jordão possui um caráter muito místico e sagrado sendo citado muitas vezes na bíblia. Foi, portanto, no Rio Jordão que Jesus foi batizado, que ocorreu a manifestação da Santíssima Trindade, e ainda, a cura de um leproso.
Peregrinos no Rio Jordão - Batismo.

Fonte: www.todamateria.com.br

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Organização Política saiba mais...


O que é Cidadania:
Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição de um país.
A cidadania também pode ser definida como a condição do cidadão, indivíduo que vive de acordo com um conjunto de estatutos pertencentes a uma comunidade politicamente e socialmente articulada. 
Uma boa cidadania implica que os direitos e deveres estão interligados, e o respeito e cumprimento de ambos contribuem para uma sociedade mais equilibrada e justa.
Exercer a cidadania é ter consciência de seus direitos e obrigações, garantindo que estes sejam colocados em prática. Exercer a cidadania é estar em pleno gozo das disposições constitucionais. Preparar o cidadão para o exercício da cidadania é um dos objetivos da educação de um país.

 

O que é o Estado democrático de direito:

O Estado democrático de direito é um conceito que se refere a um Estado em que existe o respeito pelos direitos humanos e pelas e garantias fundamentais. No Estado democrático de direito deve existir a garantia dos direitos individuais e coletivos, dos direitos sociais e dos direitos políticos.
Isto quer dizer que, para que um Estado atinja o objetivo de ser considerado um Estado democrático de direito, todos os direitos dos cidadãos devem ter proteção jurídica e ser garantidos pelo Estado, através dos seus governos.
No Estado democrático de direito os governantes devem respeito ao que é previsto nas leis, ou seja, deve ser respeitada a hierarquia das normas. Isso significa que as decisões não podem ser contrárias ao que diz a lei e, dessa maneira, os direitos fundamentais dos cidadãos são protegidos.

 

O que é República:

República é uma palavra que descreve uma forma de governo em que o Chefe de Estado é eleito pelos representantes dos cidadãos ou pelos próprios cidadãos, e exerce a sua função durante um tempo limitado.
Esta palavra deriva do latim res publica, expressão que pode ser traduzida como "assunto público".
Em uma República, o poder tem origem em um grupo de cidadãos, que delega esse poder a um elemento designado Chefe de Estado ou Presidente da República. A eleição de um Presidente da República é feita através do voto direto dos cidadãos ou por uma assembleia restrita. No âmbito de uma república, a função de presidente é exercida durante um período de tempo limitado, sendo que só podem exercer durante um número limitado de mandatos.

 

O que é o Presidencialismo:

Presidencialismo é uma forma de governo comum nas repúblicas, onde configura-se a separação das três esferas de poder: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Nos regimes presidencialistas, o Poder Executivo é liderado pelo Presidente da República, que exercer tanto a função de Chefe de Estado, como a de Chefe de Governo.
Entre algumas das principais funções do presidente em um regime presidencialista estão: a escolha dos ministros que trabalharão durante o seu governo, a execução de políticas públicas, representar o país interna e externamente, firmar tratados internacionais, encaminhar projetos para a votação do legislativo, comandar as Forças Armadas, entre outras.
O presidencialismo foi criado nos Estados Unidos da América, a partir da Constituição de 1787. Baseados na teoria política de divisão de poderes do filósofo francês Montesquieu, os estadunidenses criaram um sistema em que cada poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) teria a obrigação de fiscalizar os demais.

 

O que é Parlamentarismo:

Parlamentarismo é um tipo de regime político ou governo caracterizado por possuir um gabinete de ministros, que forma o parlamento. Todos os projetos, leis e demais decisões do governo estão submetidos a votação desse parlamento, em um sistema parlamentarista.
Em uma República Parlamentarista, o presidente da república é o responsável pela nação, enquanto que o controle do governo fica a cargo do primeiro-ministro, como é o caso de Portugal, por exemplo.
Já em uma Monarquia Parlamentarista, como é o caso do Reino Unido, ao contrário do absolutismo, em que o rei tem total poder de decisão sobre as leis do país, os ministros são os responsáveis por controlar o governo. O primeiro-ministro, também chamado de chanceler, exerce a chefia do Poder Executivo. A escolha do parlamento, no entanto, é feito a partir de um voto de confiança.
Em inglês, a palavra parlamentarismo pode ser traduzida para parliamentarism.

O que é a Constituição Federal:

Constituição Federal é o conjunto de leis fundamentais que organiza e rege o funcionamento de um país. É considerada a lei máxima e obrigatória entre todos os cidadãos de determinada nação, servindo como garantia dos seus direitos e deveres.
A Constituição Federal Brasileira de 1988 é a atual legislação do país, criada por uma Assembleia Constituinte e promulgada oficialmente em 5 de outubro de 1988.
Nos países democráticos, a elaboração de uma Constituição é feita pela Assembleia Constituinte, sendo que os seus participantes são todos escolhidos através de eleição popular.
Constituição Federal de 1988 ficou conhecida como a "Constituição Cidadã", pois marca a conquista da democracia entre todos os cidadãos do país, após anos sob um regime de ditadura militar.

 

Quais são as atribuições do Deputado Federal:
A principal função do deputado federal é legislar. Cabe a ele propor, discutir e aprovar leis, que podem alterar até mesmo a Constituição. É também o deputado federal quem aprova ou não as medidas provisórias, propostas pelo presidente.
Outra importante responsabilidade do deputado federal é fiscalizar e controlar as ações do Poder Executivo. Para isso, conta com o suporte do Tribunal de Contas da União (TCU), órgão responsável por avaliar a aplicação dos recursos públicos. Além disso, podem solicitar informações a órgãos do governo e aos ministros, que são obrigados a prestar explicações.
São os deputados federais que aprovam o Orçamento da União, uma lei editada todos os anos pelo Executivo, onde são listadas as receitas e despesas do governo federal.
Quando existem denúncias ou suspeitas de irregularidade, os deputados podem criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar um tema ou situação específica. São eles também os únicos com poderes para autorizar a instauração de processo de impeachment contra o presidente e vice-presidente da República.

O que é um Senador:
É um agente político eleito para um mandato de 8 anos por meio de eleições diretas. Um senador representa um estado da federação – ou unidade federativa – e compõe o parlamento, que é formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
O senador é, portanto, uma pessoa que trabalha no Poder Legislativo da esfera federativa da União – o Brasil é formado por três esferas federativas: as municipais, as estaduais e as da União.

Fonte:
www.politize.com.br


domingo, 15 de abril de 2018

As especulações sobre a Maldição da Múmia de Tutankhamon.



A descoberta do arqueólogo Howard Carter do túmulo totalmente intacto do Faraó Tutankamon, deu início a mais famosa de todas as lendas do egito antigo. 



Imagem do Arqueólogo - Howard Carter inspecionando a Múmia de Tutankhamon

Encontrada na região do Vale dos Reis e longe das principais, que acabaram vítimas de saqueadores, a tumba  do faraó só foi descoberta em 1922, e estava  inteiramente preservada e com todas as relíquias  junto com o sarcófago. Mas não é exatamente nisto que reside a história fantástica de sua múmia, e sim na notoriedade que criou após a ocorrência das mortes misteriosas dos ajudantes e pesquisadores envolvidos com sua descoberta, inclusive do próprio Carter. Na tumba do jovem Tutankhamon, uma inscrição ameaçava: “A Morte tocará com suas asas aquele que perturbar o sono do faraó”. A “Maldição de Tutankhamon”, se tornou a lenda mais popular e difundida na imprensa desde então. Muito se especulou sobre a causa das mortes. Chegou-se a cogitar em veneno, intoxicação por partículas inaladas, infecções por fungos e/ou bactérias e havia inclusive aquales que falaram em radioatividade.

Autópsia dos pulmões de algumas vítimas de sua “maldição” viriam a resolver este famoso enigma. Nos pulmões foram encontrados numerosos esporos de  fungos do Histoplasma capsulatum. Um fungo conhecido por causar uma doença sistêmica no corpo, isto é, que atinge diferentes órgãos  levando o indivíduo a desenvolver pneumonia e podendo levá-lo à morte. A doença conhecida por histoplasmose ocorre principalmente em populações isoladas dos centros urbanos, pois o fungo é bem adaptado a ambientes cavernosos e a florestas fechadas longe da luz do sol, sendo também encontrado em excrementos de morcegos e algumas aves. A infecção ocorre pela inalação dos esporos dispersos no ar que ao entrarem nos pulmões germinam e formam levedura (forma unicelular e assexuada do fungo). Neste estágio, o fungo não poupa ninguém, se dispersa pela corrente sanguínea onde vai contaminar outros órgãos. A doença pode permanecer por muito tempo no corpo de pessoas infectadas (forma de latência), quando são fagocitados por macrófagos e neutrófilos (células de defesa do organismo).
No caso de tutankhamon, não existe dúvida: muitos pesquisadores morreram vítimas de pneumonia causada por este fungo. A grande divulgação dos meios de comunicação britânicos dada à morte dos pesquisadores levaram enormes especulações sobre o ocorrido. A própria inscrição presente na tumba de Tutakhamon citada neste texto nunca foi vista, acredita-se que se perdeu ou foi levada por ladrões. Howard Carter morreu de câncer em 1939, aos 66 anos, e provavelmente, sua morte não teve nenhuma relação com a famosa descoberta. Sendo assim, o resto é o tradicional “quem conta um conto aumenta um ponto”.


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

A Proclamação da República.

Proclamação da República
A Proclamação da República Brasileira aconteceu no dia 15 de novembro de 1889. Resultado de um levante político-militar que deu inicio à República Federativa Presidencialista. Fica marcada a figura de Marechal Deodoro da Fonseca como responsável pela efetiva proclamação e como primeiro Presidente da República brasileira em um governo provisório (1889-1891).

Marechal Deodoro da Fonseca foi herói na guerra do Paraguai (1864-1870), comandando um dos Batalhões de Brigada Expedicionária. Sempre contrário ao movimento republicano e defensor da Monarquia como deixa claro em cartas trocadas com seu sobrinho Clodoaldo da Fonseca em 1888 afirmando que apesar de todos os seus problemas a Monarquia continuava sendo o “único sustentáculo” do país, e a república sendo proclamada constituiria uma “verdadeira desgraça” por não estarem, os brasileiros, preparados para ela. 

Marechal Deodoro da Fonseca
Proclamação da República
Fonte: A História como Ela foi - Uol

A crise no Império
O ultimo gabinete ministerial do Império, o “Gabinete Ouro Preto”, sob a chefia do Senador pelo Partido Liberal Visconde do Ouro Preto, assim que assume em junho de 1889 propõe um programa de governo com reformas profundas no centralismo do governo imperial. Pretendia dar feição mais representativa aos moldes de uma monarquia constitucional, contemplando aos republicanos com o fim da vitaliciedade do senado e adoção da liberdade de culto. Ouro Preto é acusado pela Câmara de estar dando inicio à República e se defende garantindo que seu programa inutilizaria a proposta da República. Recebe críticas de seus companheiros do Partido Liberal por não discutir o problema do Federalismo.
Os problemas no Império estavam em várias instâncias que davam base ao trono de Dom Pedro II:
  • A Igreja Católica: Descontentamento da Igreja Católica frente ao Padroado exercido por D. Pedro II que interferia em demasia nas decisões eclesiásticas.
  • O Exército: Descontentamento dos oficiais de baixo escalão do Exército Brasileiro pela determinação de D. Pedro II que os impedia de manifestar publicamente nos periódicos suas críticas à monarquia.
  • Os grandes proprietários: Após a Lei Áurea ascende entre os grandes fazendeiros um clamor pela República, conhecidos como Republicanos de 14 de maio, insatisfeitos pela decisão monárquica do fim da escravidão se voltam contra o regime. Os fazendeiros paulistas que já importavam mão de obra imigrante, também estão contrários à monarquia, pois buscam maior participação política e poder de decisão nas questões nacionais.
  • A classe média urbana: As classes urbanas em ascensão buscam maior participação política e encontram no sistema imperial um empecilho para alcançar maior liberdade de econômica e poder de decisão nas questões políticas.
A Proclamação da República
A República Federativa Brasileira nasce pelas mãos dos militares que se veriam a partir de então como os defensores da Pátria brasileira. A República foi proclamada por um monarquista. Deodoro da Fonseca assim como parte dos militares que participaram da movimentação pelas ruas do Rio de Janeiro no dia 15 de Novembro pretendiam derrubar apenas o gabinete do Visconde de Ouro Preto. No entanto, levado ao ato da proclamação, mesmo doente, Deodoro age por acreditar que haveria represália do governo monárquico com sua prisão e de Benjamin Constant, devido à insurgência dos militares.
A população das camadas sociais mais humildes observam atônitos os dias posteriores ao golpe republicano. A República não favorecia em nada aos mais pobres e também não contou com a participação desses na ação efetiva. O Império, principalmente após a abolição da escravidão tem entre essas camadas uma simpatia e mesmo uma gratidão pela libertação. Há então um empenho das classes ativamente participativas da República recém-fundada para apagar os vestígios da monarquia no Brasil, construir heróis republicanos e símbolos que garantissem que a sociedade brasileira se identificasse com o novo modelo Republicano Federalista.
A Maçonaria e o Positivismo
O Governo Republicano Provisório foi ocupado por Marechal Deodoro da Fonseca como Presidente, Marechal Floriano Peixoto como vice-presidente e como ministros: Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o Almirante Eduardo Wandenkolk, todos os presentes na nata gestora da República eram membros regulares da Maçonaria Brasileira. A Maçonaria e os maçons permanecem presentes entre as lideranças brasileiras desde a Independência, aliados aos ideais da filosofia Positivista, unem-se na formação do Estado Republicano, principalmente no que tange o Direito.
A filosofia Positivista de Auguste Comte esteve presente principalmente na construção dos símbolos da República. Desde a produção da Bandeira Republicana com sua frase que transborda a essência da filosofia Comteana “Ordem e Progresso”, ou no uso dos símbolos como um aparato religioso à religião republicana. Positivistas Ortodoxos como Miguel Lemos e Teixeira Mendes foram os principais ativistas, usando das alegorias femininas e o mito do herói para fortalecer entre toda a população a crença e o amor pela República. Esses Positivistas Ortodoxos acreditavam tão plenamente em sua missão política de fortalecimento da República que apesar de ridicularizados por seus opositores não esmorecem e seguem fortalecendo o imaginário republicano com seus símbolos, mitos e alegorias.
A nova organização brasileira pouco ou nada muda nas formas de controle social, nem mesmo há mudanças na pirâmide econômica, onde se agrupam na base o motor da economia, e onde estão presentes os extratos mais pobres da sociedade, constituída principalmente por ex-escravizados e seus descendentes. Já nas camadas mais altas dessa pirâmide econômica organizam-se oligarquias locais que assumem o poder da máquina pública gerenciando os projetos locais e nacionais sempre em prol do extrato social ao qual pertencem. Não há uma revolução, ou mesmo grandes mudanças com a Proclamação da República, o que há de imediato é a abertura da política aos homens enriquecidos, principalmente pela agricultura. Enquanto o poder da maquina pública no Império estava concentrado na figura do Imperador, que administrava de maneira centralizadora as decisões políticas, na República abre-se espaço de decisão para a classe enriquecida que carecia desse poder de decisão política.
Fonte: Por Valquíria Velasco Graduada em História (UVA-RJ, 2014)
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