O IMPÉRIO BIZANTINO
Um dos impérios mais importantes da história foi o Império Bizantino, que nasceu no século IV quando o Império Romano dava sinais
da queda de seu poder, principalmente por conta das invasões bárbaras nas suas
fronteiras. Diante de tantos problemas, o Imperador Constantino transferiu a
capital do seu império para a cidade do Oriente, Bizâncio, a qual mais tarde passou a ser chamada de Constantinopla. Apesar de essa mudança significar a queda do
poder no Ocidente, a localização do novo lugar facilitava bastante o comércio
da região, já que ficava entre o Mar Negro e o Mar Mármara, o que favoreceu
muito a restauração da cidade e chegou a transformá-la em uma Nova Roma.
Emblema do Império Bizantino. | Imagem: Reprodução
O governo
de Justiniano
Mesmo com a bonança no comércio, o auge do Império
só foi atingido durante o governo do Imperador Justiniano. Ele visava a
reconquista do poder do Império Romano que
havia sido perdido e acabou sendo um legislador que mandou as leis romanas
serem compiladas desde a República até o Império. Justiniano também combateu as
heresias, sempre buscando dar unidade ao cristianismo, afinal isso facilitaria
a monarquia.
Divisão
da sociedade do Império Bizantino
A sociedade bizantina era uma hierarquia. Confira a
seguir a sua organização:
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No topo
encontrava-se o Imperador e sua família;
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Logo
abaixo, ficava a nobreza, que era formada pelos assessores do Imperador;
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Em
seguida, o alto clero, que era privilegiado com sua posição hierárquica;
·
Depois
vinha a elite, que era composta de fazendeiros, comerciantes e donos de
oficinas artesanais;
·
Havia uma
camada média da sociedade formada por pequenos agricultores, baixo clero e
trabalhadores de oficinas de artesanato;
·
A maior
parte era formada pelos pobres camponeses que ganhavam pouco e tinham de pagar
altas taxas de impostos.
Religião,
crise e tomada de Constantinopla
Os caminhos religiosos do Império Bizantino eram os
mesmos da sociedade romana, ou seja, o Cristianismo era
a doutrina seguida. Era costume fazer várias manifestações artísticas
representando Cristo e os santos para que os fiéis adorassem essas imagens, o
que enriquecia os monges e os dava grande poder de manipulação sobre a
sociedade. Todo esse poder incomodou o governo, que passou a proibir a
veneração de imagens, com exceção da de Jesus, e a pena de morte foi decretada
para aqueles que insistissem em adorar os objetos. Isso gerou uma pequena
guerra civil conhecida como A Questão Iconoclasta.
Quando
Justiniano veio a falecer, o Império Bizantino ficou a mercê de várias invasões
que começaram a gerar muitos problemas para a capital, começando assim a sua
queda. Com o passar do tempo, Constantinopla se encontrava ainda mais
enfraquecida e o império acabou se dividindo em diferentes cidades feudais. A
cidade teve sua queda definitiva no ano de 1453, após a invasão dos turcos.
CONSTANTINOPLA
Pintura do final do século XV, retratando o Cerco de Constantinopla. | Imagem: Reprodução
A
posição geográfica – cercada por água e uma muralha que protegia de ataques – e
a eficiência administrativa são, provavelmente, as razões que elevaram a Constantinopla ao
posto de nova capital do Império Romano Oriental. Esta cidade e seu grande
crescimento superaram Roma e logo ela transformou-se no centro comercial e
urbano da Europa.
O Início
Não foi à toa que o Império
Romano ou Império Bizantino (como veio a ser chamado posteriormente) “enxergou”
potencial em Constantinopla. Esse território foi tomado pelo imperador romano
Constantino I (o nome da cidade foi em sua homenagem) numa das expedições de
seu exército, pois a futura Constantinopla oferecia presença no Império Romano
e o controle de uma importante localização para o mundo antigo – ponto de
encontro entre Europa e Ásia. Em 11 de maio de 330, Constantino a nomeou como
capital do Império Romano, pois a cidade mostrava um crescimento e
desenvolvimento enormes.
Informações
Importantes
·
Também
foi a capital do Império Latino (1204–1261), quando as forças da Quarta Cruzada
a capturaram. Porém em 1261 voltou a ser capital do Império Bizantino.
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Constantinopla
conseguia conciliar perfeitamente os negócios e a religião. O seu comércio era
tão grande quanto a fé de seu povo. Os bizantinos debatiam bastante sobre a
Bíblia e religiões.
·
Durante
seis séculos, as moedas bizantinas (solidus, semissis, tremissis, miliarense,
siliqua, follis e nummus) foram as primeiras a se tornarem universais, pois
eram aceitas e cambiadas na maior parte dos mercados asiáticos e europeus.
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Em seu
auge, chegou a ter mais de 34,5 milhões de habitantes.
·
Sua economia
era diversificada e abrangia atividade agrícola, comércio e manufaturas. O
comércio era muito superior ao do ocidente.
A Queda
de Constantinopla
A queda da
Constantinopla foi o evento que marcou o fim da Idade
Média na Europa e que acabou com o último vestígio do Império
Bizantino. Após 1261, quando voltou a ser a capital dos bizantinos, a cidade
não conseguiu recuperar todo o esplendor do seu auge e começou a cair em
decadência. Quase dois séculos depois (em 29 de maio de 1453), a cidade que já estava
sob o cerco do Império Otomano há quase dois meses, foi oficialmente
conquistada pelo sultão Maomé II – contudo, tentaram resistir, em vão. A grande
muralha não impediu o avanço dos turcos. Este fato marcou a destruição final do
Império Romano do Oriente e a morte de Constantino XI (último imperador
bizantino).
Constantinopla
foi capital do Império Otomano até o seu fim, em 1922. Em 1930, foi renomeada
Istambul pela República da Turquia.
Fonte: estudopratico.com