Segue abaixo uma explicação:
DATAÇÃO POR CARBONO 14
1. Explique como os
cientistas obtêm idades de milhões de anos pelo método do carbono 14.
Isto não é feito. A datação por carbono-14 não pode dar resultados além de cerca de 70.000 anos. Idades de milhões de anos são baseadas em outros métodos inorgânicos.
2. Como funciona a
datação por carbono-14?
A datação por carbono-14 (C-14) é baseada no fato de que o C-14 é radioativo e se desintegra produzindo nitrogênio-14. Os seres vivos recebem o C-14 por meio do alimento e água, mantendo um nível constante de C-14 no corpo. Quando morrem, o C-14 que se desintegra não é mais substituído, assim o nível de C-14 diminui. Quanto maior o período depois da morte, menos C-14 permanece no corpo. A concentração do C-14 em uma amostra pode ser medida com precisão e comparada com a quantidade de carbono-12 não radioativo. Com estas medidas pode-se calcular o tempo necessário para que o nível inicial do C-14 existente no corpo antes de sua morte pudesse chegar a este novo nível medido. Esta será a "idade C-14" da amostra (1).
3. Quão precisa é a
datação por carbono-14?
As idades determinadas por carbono-14 (C-14) parecem ser precisas sempre que podem ser comparadas com relatos históricos. Algumas exceções são conhecidas, tais como quando os organismos não recebem a quantidade de C-14 igual à média do ambiente, mas estes casos geralmente são facilmente explicados. Além de cerca de 1500 A.C., os registros históricos existentes são escassos e a contagem de anéis de árvores pode ser usada para calibrar e corrigir as idades por C-14 (2).
A parte experimental da
datação por C-14 consiste em medir a proporção de carbono-14 e carbono-12, e
algumas vezes do C-13, em uma amostra. Isto pode ser feito com uma boa
precisão, embora seja difícil trabalhar com algumas amostras. Além disso, a
precisão do resultado depende da confiabilidade dos pressupostos usados na
interpretação das medidas.
4. Quais são os
pressupostos usados na determinação de idades por carbono-14?
A interpretação dos resultados é baseada em vários pressupostos. Aceita-se que a taxa de decaimento radioativo do carbono-14 não tem mudado ao longo dos anos. Não há nenhuma evidência contra este pressuposto, e ele parece ser confiável. Supõe-se também que não haja perda ou contaminação de C-14 na amostra. A confiabilidade deste pressuposto provavelmente depende do ambiente em que a amostra se encontra. Uma amostra isolada, relativamente à troca de átomos com o ambiente, terá mais probabilidade de evitar a contaminação ou perda do que uma amostra que se encontre freqüentemente exposta ao escoamento de água. Freqüentemente são identificados erros cometidos quanto a este pressuposto.
Outros três pressupostos
são feitos ao aplicar o método (3). Primeiro, a taxa de
produção do carbono-14 deve ter sido relativamente constante. Sabe-se que
ocorreram variações, mas acredita-se que se pode fazer a correção devida.
Segundo, as quantidades de carbono-14 presentes em reservatórios geofísicos
devem ser constantes. Os reservatórios geofísicos incluem a atmosfera, os
oceanos, a biosfera e os sedimentos. Este pressuposto tem sido questionado
recentemente (4). Terceiro, as várias taxas de fluxo do
carbono-14 entre os reservatórios geofísicos devem ser constantes, e o tempo de
residência do carbono-14 nos vários reservatórios deve ser curto em relação à
sua meia-vida. Se estas três condições forem satisfeitas, o resultado é que a
concentração inicial de C-14 na amostra pode ser estimada. Este resultado
parece funcionar bem quando pode ser verificado. Entretanto, seria
completamente invalidado para material que estivesse vivo antes do dilúvio.
O dilúvio deve ter
alterado drasticamente a concentração do C-14. Isto porque o C-14 antediluviano
estaria grandemente diluído em grandes quantidades de C-12 que agora estão
enterradas na forma de carvão mineral e petróleo (5). Isto
reduziria grandemente a concentração de C-14 antes do dilúvio, fazendo com que
uma amostra da época parecesse muito mais velha do que é realmente. De acordo
com esta interpretação, se plantas que viveram antes do dilúvio fossem datadas
por C-14 usando os padrões atuais, pareceriam muito mais antigas mesmo quando
ainda vivas. Isto significa que aqueles que crêem em um dilúvio mundial devem
esperar encontrar idades muito grandes para organismos que viveram antes do
dilúvio. O mesmo se aplicaria a plantas e animais que viveram logo após o
dilúvio, antes que o novo nível de concentração de C-14 fosse atingido.
Notas para as perguntas sobre datação por carbono-14
1. O método está descrito com maiores
detalhes em: Newcomb R. C. 1990. "Absolute age determination". Berlin
and NY: Springer-Verlag, p 162-180.
2. (a) Ver o capítulo 26 em Coffin H. G,
Brown R. H. 1983. "Origin by design". Hagerstown, MD: Review
and Herald Publ. Assn.; (b) Brown R. H. 1988. "The upper limit of C-14
age?" Origins 15:39-43; (c) Brown R. H. 1994.
"Compatibility of biblical chronology with C-14 age". Origins 21:66-79; (d) Giem PAL. 1997. "Scientific
theology". Riverside, CA: La Sierra University Press, p. 175-187; (e) O
uso de anéis de árvores para calibrar datações por carbono 14 é criticado por:
Brown R. H. 1995. "Can tree rings be used to calibrate radiocarbon dates?" Origins 22:47-52;
ver também Radiocarbon, volume 34(1), (1993), que trata da
calibração da datação por carbono 14.
3. Ver p. 158 no livro de Newcomb na nota 1.
4. (a) Hesshaimer V.,
Helmann M., Levin I. 1994. "Radiocarbon evidence for a smaller oceanic
carbon dioxide sink than previously believed". Nature 370:201-203; (b) Joos F. 1994. Nature 370:181-182;
(c) Ver os comentários de Brown R. H. 1994. "Compatibility of
biblical chronology with C-14 age". Origins 21:66-79.
5. Post W. M., et al.
1990. "The global carbon cycle". American Scientist 78:310-326.
De acordo com estes
autores, o carbono total em trânsito na biosfera (não carbonato) é cerca de
40.000-45.000 gigatons. A quantidade de carbono nos combustíveis fósseis é
estimada em 6.000 gigatons e a quantidade de querógenos (orgânicos) em
sedimentos é cerca de 15 milhões de gigatons. Isto dá uma proporção de 300:1
para o carbono antediluviano na biosfera em relação ao carbono atual na
biosfera. Este valor difere do valor de 143:1 buscado por Brown, por apenas um
fator dois (Origins 15:39-43, Ver a nota 2 para a referência
completa).