A SOCIEDADE AÇUCAREIRA NO BRASIL
Introdução
Denominamos
de sociedade açucareira aquela referente ao Ciclo do Açúcar na História do
Brasil. Esta sociedade se desenvolveu, principalmente, na área litorânea do
Nordeste brasileiro (regiões produtoras de açúcar) entre os séculos XVI e XVII.
Principais
características da sociedade açucareira:
-
Sociedade composta basicamente por três grupos sociais: senhores de engenho
(aristocracia), homens livres e escravos.
-
Sociedade patriarcal: poder concentrado nas mãos dos homens, principalmente,
dos senhores de engenho que controlavam e determinavam a vida dos filhos,
esposa e funcionários.
-
Uso, nos trabalhos pesados do engenho de açúcar, de mão-de-obra escrava
africana. Os escravos eram comercializados como mercadorias e sofriam com as
péssimas condições de vida oferecidas por seus proprietários.
-
Posição social determinada pela posse de terras, escravos e poder político.
Divisão
social (grupos sociais)
- Senhores
de engenho: possuíam poder social, familiar, político e
econômico. A casa-grande, habitação dos senhores de engenho e sua família, era
o centro deste poder. Este grupo social tinha forte influência nas Câmaras
Municipais, principal pólo de poder político das cidades na época colonial.
- Homens
livres: eram em sua maioria funcionários assalariados do
engenho (capatazes, por exemplo), proprietários de terras sem engenho,
artesãos, agregados e funcionários públicos.
- Escravos:
formavam a base dos trabalhadores nos engenhos de açúcar. Tinham como origem o
continente africano, sendo comercializados no Brasil. Era o grupo mais numeroso
da sociedade açucareira. Em função das péssimas condições em que viviam, dos
castigos físicos e da ausência de liberdade, possuíam baixa expectativa de vida
(no máximo até 35, 40 anos). Resistiram à escravidão através de revoltas e
fugas para a formação dos quilombos.
Crise
da sociedade açucareira
A
desestruturação deste modelo social começou com a crise da economia açucareira,
ou seja, com a concorrência holandesa no comércio de açúcar mundial (final do
século XVII).
No
século XVIII, com o início do Ciclo do Ouro, a região das minas transformou-se
no principal pólo de desenvolvimento econômico do Brasil. Um novo modelo social
mais dinâmico passou a vigorar, porém, várias características da sociedade
açucareira permaneceram ainda por muito tempo no Nordeste.
Fonte: historiadobrasil.net
A ECONOMIA AÇUCAREIRA NO BRASIL
Introdução e contexto histórico
Na
História do Brasil, a fase açucareira corresponde ao período em que a produção
e exportação do açúcar foram as principais atividades econômicas.
Cronologicamente, esta fase está situada entre os séculos XVII e XVIII.
Em
meados do século XVI, a coroa portuguesa resolveu colonizar o Brasil e, para
fixar o homem na terra e obter lucro, deu início ao processo de cultivo de
cana-de-açúcar no Nordeste do Brasil. O principal objetivo de Portugal era
colonizar o território brasileiro, principalmente a faixa litorânea, para
evitar o ataque de outros países. A região nordestina foi escolhida, pois seu
solo e clima eram favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar.
Principais
características da econômica açucareira
-
Cultivo da cana-de-açúcar nos engenhos com o objetivo de produzir açúcar para,
principalmente, vender no mercado europeu.
-
Uso, principalmente, de mão-de-obra escrava de origem africana. Havia também
trabalhadores livres remunerados nos engenhos, porém, em menor quantidade.
-
Estabelecimento dos engenhos em grandes propriedades rurais (latifúndios), que
eram propriedades dos senhores de engenho.
-
Poder econômico concentrado nas mãos dos senhores de engenho (formação da
aristocracia rural).
-
Transporte e comercialização do açúcar no mercado europeu realizados pelos
holandeses.
-
Neste período, o tráfico negreiro também gerou elevados lucros para os
comerciantes de escravos. Esta atividade também era fonte de renda, através de
impostos, da coroa portuguesa.
-
Sistema econômico da colônia definido e fiscalizado pela Coroa Portuguesa.
-
Existência do Pacto Colônia, fazendo que todo comércio da colônia fosse
praticado somente com a Metrópole (Portugal). Desta forma, os produtos
manufaturados não eram produzidos no Brasil, mas sim importados da metrópole.
Crise
da economia açucareira
A
crise da economia açucareira teve início no Brasil em meados do século XVII,
quando os holandeses foram expulsos do Nordeste e passaram a cultivar e
produzir açúcar em suas colônias nas Antilhas. O produto holandês ganhou grande
espaço no mercado europeu, deixando o açúcar brasileiro para trás. Portanto,
essa concorrência fez com que o cultivo e produção de açúcar no Brasil
diminuísse significativamente. Em meados do século XVIII, as atenções se voltam
para a região das Minas Gerais (exploração de ouro), colocando de vez a
economia açucareira em segundo plano.
Fonte:historiadobrasil.net
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